1 de janeiro de 2024

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Os olhos pequenos, puxados e escuro feito turmalina negra se abriram um pouco, com certa dificuldade, e eles se retraíram imediatamente, quando a dor de cabeça a atingiu, ela soltou um múrmuro de reclamação enquanto eu perguntava se estava tudo bem.
Provavelmente eram resquícios de uma ressaca, ela voltou a abri-los devagar, enquanto ao lado da cômoda já havia um copo com água e um analgésico para o problema que eu já havia previsto.
Ela não tinha costume de beber, não como eu, uma taça ou duas já seria o suficiente para causar esse efeito destruidor em seu pequeno organismo.
Voltei a deitar e ali a aninhei em meus braços.

- Volta a dormir, está cedo ainda.

Yoko
- Umm

Ela resmungou, mas ainda, sim, se arrumou e repousou sua cabeça em mim.
A paz era tanta que ali encontrei a plenitude, em seu abraço eu aliviava o cansaço, não o cansaço de uma noite de amor, mas sim o cansaço do mundo, o aconchego da cura, onde eu poderia esquecer todas as minhas dores, o alívio no peito era por conta dessa anestesia, a onda sonora que passava pelo lado de fora era o cantar dos pássaros, na grande turbulência que era Bangkok, até a maior cidade da Tailândia e uma das maiores do mundo pausou para a contemplar, e ali dentro o som mais bonito era o de sua respiração serena, sua calmaria era tanta, que eu também acabei pegando no sono.

Primeiro de janeiro de 2024 e o ano não poderia começar melhor.
Acordamos por volta do meio-dia, daria para aproveitar o restante do dia antes dele findar, o combinado era voltarmos a trabalhar só dia 03, porém a Wanwand enviou no grupo da NineStar convocando todo mundo amanhã.
Enquanto ela tomava banho, eu preparei o nosso café e o expus na área externa da piscina, depois voltei para aproveitar o banho junto a ela.

Quase perdi a respiração quando a vi nua no chuveiro, encostei meu corpo ao dela, pedindo espaço para ficar na ducha quente. Ela se virou e os seios fartos da garota roçou na minha barriga. Minhas mãos longas envolveram sua cintura e a trouxe para perto para um abraço. Permanecemos ali, sem pressa de viver, saímos apenas quando as pontas dos nossos dedos enrugaram, típico momento de casais apaixonados.

Após o café ficamos pela piscina, precisava aproveitar aquele clima de praia e o caminhão de areia que eu havia encomendado.
Seus olhos estavam vidrados na minha barriga, pedi a ela para passar protetor só para ver sua reação. Afastei um pouco o shorts para baixo.

Yoko
- Você está me provocando?

- Está funcionando?

Yoko
- Digamos que sim! Eu queria beijar, eu posso?

Essa tensão entre nós permanecia a todo momento.

- Você gosta do que vê?

Yoko
- Muito!

Ela ajoelhou, e antes de começar a passar o protetor começou a dar pequenos beijos em minha barriga e aquilo me fez arrepiar. Seus lábios eram suaves, seus olhos acompanhavam cada gomo da minha barriga e enquanto ela beijava ali, ela me olhava com seus olhos curiosos, observando de perto a minha reação, e eu comecei a ficar excitada só de ver ela diante daquela posição, de cima, seus seios fartos ficavam evidenciados, e para mim a cena era de que ela estava submissa.

Sua pequena mão deslizava por ali parecendo que não bastava só ver, ela teria que usar todos os sentidos possíveis, até mesmo o paladar.
Quando ela fez um pequeno movimento de querer baixar de vez, eu a parei. Sabia qual era sua intenção, ficaram bem claras através de seu olhar, por enquanto era somente um carinho, mas ela sabia muito bem provocar.

O clima estava quente, tanto quanto a noite anterior, entramos na água e, vendo-a refletir na água, eu pensei: quero me dissolver a ela.

Era muita beleza e perfeição, era ela, meu remédio, minha cura, minha salvação, cada vez que a vejo me derreto como vela quando se acende, meu mundo agora era o seu mundo, cada canto daquela casa parecia pertencer a ela, mais do que a mim.
Passamos o restante do dia rindo e compartilhando sonhos e planos, até que fui surpreendida por uma pergunta inesperada.

Faye e Yoko - Blank The Series - GLOnde histórias criam vida. Descubra agora