Todas as fibras do meu coração a desejam, e tudo que ela faz passa diante de mim em câmera lenta, sua voz ecoa pelo ambiente feito canção angelical.
O dia havia raiado friamente em Bangkok, e o que me aquecia era esse sentimento.Esse clima até me lembrou da pessoa que eu era, fria, e calculista, com traumas enraizados, e situação e desconfortos que eu mesma causei nas pessoas.
Esse inverno e essa nebulosa nuvem me seguiu por muito tempo, cada ano que se passava era um inverno mais rigoroso que o outro, talvez a muralha fosse até esculpida em gelo.
Conheci o verão ao conhecê-la, na verdade, conheci a primavera, porque aqui dentro ela fez brotar flores.
Não é à toa que existiam tantas borboletas dentro de mim.
Despertei do meu transe com o comunicado da Wan.Wanwand
- Meninas, peço desculpas por avisar em cima da hora, mas amanhã todas teremos que ir para Pattaya gravar as próximas cenas, vamos passar o final de semana por lá. Assim também conseguimos descansar um pouco. E hoje à tarde eu ia dar folga para a Yoko enquanto gravamos a cena da Khum Nueng no castelo, mas resolvi a trazer para aula de canto, precisamos treinar a música da abertura, pretendo gravar na segunda-feira, assim que voltarmos de viagem.Não esperava vê-la ali hoje cedo, havíamos combinado de almoçar, mas como ela estava por ali, não conseguia parar de olhá-la.
O pouco raio de sol que invadia a sala reluzia em sua pele, quando a Luz dourada a tocava, tudo parecia renascer, e eu a olhava como um girassol que sempre se volta ao sentido do sol.
Seu olhar atravessava a sala e descansava no meu, era repleto de desejos ocultos, ternura, meu coração batia em um ritmo desconhecido e vibrante.
Sentia meu sangue percorrer por todo meu corpo em uma corrida infinita pelo DNA dela.São pequenos momentos como esse que incendeiam a minha alma, meus dias já não são mais monótonos como costumavam ser.
Passava o dia todo no salão, trabalhando e geralmente à noite ia para algum restaurante com as meninas ou me juntava à Lux, quase sempre arrumava confusão, e quando não, saía para jantar com alguma modelo nova do Miss Grand.
Tudo ali havia espaço, tudo era frio e monótono, tudo era sem emoção, e um excesso de repetição de erros e ciclo vicioso.
A maioria das noites eu transpirava álcool, talvez fosse para fugir do que tanto me assombrava.
Do outro lado da sala, ela acenou para mim enquanto sorria insistentemente.
Eram golpes de fofura um atrás do outro.
Lembrei-me da música que ela havia me enviado na noite anterior e comecei a sorrir involuntariamente.Ploy
- Conheço bem esse olhar e esse sorriso.- Que olhar, o quê?
Eu sabia do que ela estava falando, estava provavelmente estampado na minha cara o quanto eu estava nitidamente apaixonada.
Ploy
- Esse olhar de apaixonada.- Não é isso, é apenas admiração pelo trabalho que ela está fazendo.
Ela se retirou da sala com a Wanwand e eu permaneci ali com a Ploy.
Não adiantava eu tentar fugir de perguntas como essas, as pessoas estavam constantemente perguntando.Ploy
- No começo, a gente tenta se enganar, meu olhar de admiração pelo Kitti era igual ao seu, até ele acabar com a minha vida e aparecer um dia depois com a Heidi.Eu sabia que havia acabado mal as coisas entre eles, mas não sabia que havia terminado mal a esse ponto.
Eu conhecia a Heidi do Miss Grand, ela concorreu no mesmo ano que eu.
Era uma pessoa atraente, e as duas tinham personalidades bem diferentes, até me espantei quando soube que ele havia traído a Ploy com ela.
Geralmente, seguimos alguns perfis quando nos apaixonamos, né?
Eu, por exemplo, gosto de garotas fofas, delicadas, femininas, que demonstram cuidados e sejam carinhosas.
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Faye e Yoko - Blank The Series - GL
FanfictionFanfic Sáfica criada por uma fã da novel Blank the Series, universo GL Gap the Series. Novos capítulos: Segunda, quarta e Sexta-feira. Playlist Spotify: Fanfic Yoko e Faye