Véspera de Natal

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Alguma coisa me dizia intimamente que resolveríamos isso, ainda mais depois da noite que tivemos, impossível ela tratar um erro como se fosse o protagonista de todo o tempo em que estivemos juntas.

Se fosse o contrário, provavelmente eu surtaria, ou melhor, faria pior.
Mas era ela, ela era muito mais madura e cabeça fria do que eu.

Não posso pedir muito dela em plena véspera de Natal, sabia que se ela ficasse, ou voltasse comigo, arrumaria problemas com a família.
E a única coisa que eu não precisava nesse momento dos pais dela bravos comigo.

Tracei um plano na minha cabeça, voltaria para Bangkok e após ela retornar eu iria a procurar. Depois dessa noite eu tive a certeza de que eu estava perdidamente apaixonada e ficando enraizada nela, ela me pertencia por completo agora.

Teve um momento essa noite em que nossos corações chegaram a bater juntos, eles estavam no mesmo compasso e assim acredito que ficará.

Minha mente vagava por aquele quarto, deitei na cama sentindo uma vontade incontrolável de te lá ali novamente.
Eu estava a espera de algo que ainda não conhecia verdadeiramente ainda, só sei que a espera aparentava ser eterna. Quanto mais tempo sobrava naquele lugar, mais minha mente parecia trabalhar contra a vontade de ir embora.

O lençol ainda continha evidências da melhor noite da minha vida, marcas que eram impossíveis de serem apagadas.
Tentaria dormir um pouco, a ideia era pegar a estrada ainda de dia, não tinha mais o que eu fazer ali, iria respeitá-la e dar esse tempo para que ela pudesse processar, como ela mesma disse.

Acordei e resolvi tomar um banho, a temperatura da água quente me acobertava, acalentava, me parecia um abraço reconfortante para quem teria uma longa viagem pela frente.
Sai do banho, coloquei um roupão e passei arrumar minhas coisas.

No ápice da saudade a gente passa a ouvir a voz pessoa, a sentir o cheiro e até inventar diálogos. Escutei até o som da sua batida na porta. Realmente a saudade enlouquece.

Passado alguns segundos ouvi novamente o som de batidas na porta, minha mente ficou tão desconfigurada que eu estava confundindo fantasia com realidade.

Abri a porta e para minha surpresa lá estava ela, diante de mim, não se tratava de uma fantasia embora parecesse.

Faye
- O que está fazendo aqui?

Que pergunta estúpida a minha, isso não importava! Era tudo que queria.
Ela me olhou faminta, estava me invadindo com olhar de irá e predadora, eu estava perplexa e indignada.

O que fiz com aquela garota inocente?
Em um golpe rápido, ela entrou, fechou a porta e foi desamarrando meu roupão e me desarmando.
Eu não impedi, desejava o mesmo que ela, já estava com saudades daquele pequeno corpo encaixado ao meu.
Baixei um pouco para que ela pudesse fazer o que estava destinada.
Então ela me puxou para um beijo quente, possessivo.
Sentia sua raiva em suas ações, tudo nela transpirava ciúmes, desejo e irá.

Ela tirou meu roupão, e a roupa dela com urgência e me empurrou sobre a cama.
Na hora que ela sentou em mim eu soltei um
Gemido baixo.
Que sensação desgraçadamente deliciosa, ela continuou me beijando e deslizando nossas línguas, seu cheiro estava me dando mais tesão ainda, comecei a lamber seu pescoço, enquanto a apertava e a agarrava com força.

Ela começou a rebolar em mim ao ponto de arquear o corpo para trás.
Estávamos tão excitada que nossos sexos ficaram lambuzados, o que facilitou ela esfregá-lo ainda mais no meu.


Yoko
- Fala para mim, ela já fez isso para você?



Sem forças eu apenas resmunguei



Faye e Yoko - Blank The Series - GLOnde histórias criam vida. Descubra agora