Borboletas

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Ficamos até tarde ontem trocando presentes, bebendo e comendo, hoje para acordar foi difícil, mas a festa iria continuar, provavelmente a gritaria que eu estava escutando eram as meninas que acabaram retornando para o almoço.

Levantei, tomei um banho, percebi haver dormido mais do que o habitual, já estava tarde, meu sono estava acumulado depois das últimas aventuras a 200/hora. Só de lembrar já sinto um arrepio na espinha.

Seus beijos, seu abraço, seu olhar, seu cheiro, aquele pequeno corpo encaixado no meu feito pluma, senti novamente o calafrio por toda o meu corpo.
Precisava tê-la aqui comigo, estava com urgência daquele sentimento e de nós, mas não poderia demonstrar a possessividade que possuía para não assustá-la.

Como ela ainda não havia me mandado mensagem, resolvi tomar essa iniciativa.

''As borboletas do meu estômago sentem falta da que está pendurada em seu pescoço"

Uma hora ela leria e me responderia, já era quase a hora do almoço, desci e todas já estavam na piscina, a minha mãe chegou próxima e me perguntou se estava tudo bem. Disse a ela que sim, que estava feliz por tê-las comigo, e pelas diversas oportunidades que eu estava tendo referente ao trabalho.

Ela perguntou como estava meu coração, sabia que ela iria insistir até saber um pouco mais sobre o buquê. A minha mãe era a minha melhor amiga, contar para ela o que estava sentindo não era errado, muito pelo contrário, acredito que me sentiria até mais leve, dividir esse fardo faria com que eu me sentisse melhor, porque sei que a minha mãe não iria me julgar, ela entenderia sobre meus sentimentos e provavelmente apoiaria mais do que qualquer outra pessoa.
Mas o problema é que por ser recente e termos a situação com o pai dela, eu preferi esperar antes de dizer qualquer coisa.
Se ela continuasse perguntando, eu provavelmente falaria, o que me salvou foi a Pam ter vindo até nós.

Pam
- Irmã Faye, venha para a piscina conosco.


Me juntei a elas e minhas irmãs e ficamos por ali, preparamos um delicioso almoço com direito a guerra de tomate o que obviamente deixou a minha cozinha insalubre, mas haviam várias mãos para ajudar a limpar, nos divertimos muito, depois ficamos na piscina a tarde toda, às vezes a minha mente vagava para outro lugar, estava com saudades, queria notícias, mas não queria incomodá-la.
As meninas pediram para eu tocar violão, e qualquer música me lembrava ela, principalmente as músicas do Nunew.


Gub
- Tem uma música que você gravou com a Lapisara há um tempo, toca ela?



Pensei comigo, Lapisara? Agora que havia me livrado da situação com ela, as meninas me fizeram lembrar desse tormento na minha vida.
A Lapisara era diferente de todas as meninas que geralmente eu tinha ao meu redor, o fato dela ter virado amiga da Lux fazia com que esbarrássemos quase toda semana, e geralmente nos meus piores momentos, ela realmente conhecia somente uma parte de mim e gostava estranhamente disso.
Depois do que aconteceu comigo e com a Yoko, eu tentaria ficar o mais longe possível das confusões causadas pelas duas.

Voltei a conversa com as meninas e perguntei qual era a música.

- Qual delas? Devo ter gravado umas 6 músicas com a Lapisara. Tocarei uma mais recente que gravei o cover sozinha, pode ser?

Pam
- Acho que sei qual música meu amor está falando, sempre colocamos ela para tocar no salão, mas pode ser essa última que você gravou, ela é legal também.


Essas duas foram feitas uma para outra, eu gostava do jeito que elas se tratavam, a Gub sempre muito acolhedora e atenciosa, e a Pam sempre divertida e fofa ao mesmo tempo, já fazia um tempo que elas estavam juntas, tive vontade de perguntar qual era a receita para essa longevidade.

Faye e Yoko - Blank The Series - GLOnde histórias criam vida. Descubra agora