Yoko - Eu não te amo

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Uma mulher realizada, era assim que eu me sentia, queria gritar para todo mundo.
Mulher, dona de mim, enfim me despedi daquela garota inocente.

Ela ateou fogo em mim de diversas maneiras dos pés à cabeça, e meu coração estava incendiado nesse processo, estava amando seu fogo e ardência, amava me queimar com ela, senti até vergonha por pensar nisso.

Não vou negar, já havia virado refém do que ela tinha, me apaixonei pela sua alma, pela energia que ela transmitia quando estava comigo, mesmo nos momentos mais sombrios.

Eu não deixava ninguém entrar em meu coração, essa porta já estava trancada fazia um longo tempo, e de repente ela chegou na porta da minha vida com chave e tudo.

Agora eu já havia deixado essa porta aberta sem me preocupar, já gritei aos quatro cantos que estava apaixonada, entendo quando falam que se apaixonar e ser correspondida faz que sensações inesperadas e avassaladoras disparem o nosso músculo cardíaco, é como se a gente estivesse infartando, me sinto assim todas às vezes que ela faz algo fofo, como o presente que eu havia ganhado, ou quando seus olhos descansam sobre os meus.

Era um turbilhão de emoções, era tornado e calmaria, o amor nos torna previsíveis, o calor pelo corpo aquece a alma, e as borboletas se debatem na barriga.

Liguei para a minha irmã antes de retornar para a casa da minha avó, perguntei qual foi a desculpa que ela havia dado para as versões serem iguais.

E ela me disse que falou para todos que fui procurar um lugar mais calmo, pois teria que participar de uma audição online de última hora.
Aquela desculpa foi perfeita, diria qualquer coisa no meu retorno apenas para que ninguém desconfiasse.

Minha mãe estava no jardim e eu me aproximei dela.

Mãe
- Que felicidade é essa? Foi aprovada nas audições?

Teria que disfarçar melhorar, o que eu diria agora?

- Não sei mãe, estou feliz porque eu me saí bem, demora uns dias para sair o resultado.

Entramos e graças a desculpa da minha irmã ninguém me questionou nada, exceto pelo tormento do Gus, que correu ao me ver.

Gus
- Yo, e então? Deu tudo certo?

- Já falei para você parar de me chamar assim.

Gus
- Desculpa pela noite passada, podemos conversar?

- Vou ficar um pouco com a minha família Gus, não vejo eles há muito tempo, e por conta do trabalho está ficando cada vez mais difícil, mais tarde conversamos.

Gus
- Ok.

Eu já estava ficado sem paciência para ele, tentei evitá-lo ao máximo.
Meu pai estava tão entretido com meu tio e o amigo dele que nem notou minha ausência.
Provavelmente no pensamento dele os planos estavam dando certo.

Estava preocupada se ela chegaria bem em Bangkok, por ser final de ano e datas festivas provavelmente ela não pegaria nenhum trânsito. Pensei em ligar, mas seria desespero da minha parte e não queria distrai-la na viagem.

A tarde já havia findado dando espaço à noite, as mulheres estavam na cozinha preparando o banquete, ia auxiliar a minha mãe quando a minha irmã me chamou para tomar um ar.

Neko
- Irmã, em que planeta você está?

- Eu não sei, só sei que não queria estar aqui! Não por vocês, mas pela situação.

Neko
- Você sabe que você pode falar qualquer coisa para mim.

- Sim! E foi até bom você me trazer para cá. O Gus me pediu em namoro, e para piorar com o consentimento do Papai! Na verdade, ele pediu a minha mão primeiro para ele.

Faye e Yoko - Blank The Series - GLOnde histórias criam vida. Descubra agora