Efeito borboleta

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Ainda no sofá, a Yoko percebendo minha tristeza, se deitou e me ajeitou para que eu me deitasse sobre seu peito. Como ela era pequena, seu encaixe era um pouco desajeitado, mas ainda, sim, perfeito para mim.
Ela continuou fazendo carinho em mim, só que agora em meu rosto.
Seus dedos passaram pela minha boca e ela a desenhou delicadamente, em seguida ergueu sua blusa e eu fiquei deitada diante de seu sutiã rendado preto.
Senti um arrepio em minha espinha ao perceber sua intenção e acompanhar seus pequenos movimentos.
Ela estufou o peito e, como eu estava deitada sobre seus braços, o seu peito esquerdo ficou diante da minha boca.
Eu removi o sutiã e, ao ver seu peito exposto e ficando visível sua fragilidade, eu senti ondas pelo meu corpo como se tivesse utilizado um aparelho desfibrilador.
Fiquei excitada no mesmo momento, senti meu corpo rígido.
Abocanhei e permaneci deitada ao seu lado enquanto chupava firmemente, estava delicioso, ele era redondo e macio, o cheiro da sua pele me alucinava.
Era um cheiro floral sutil, fresco e, ao mesmo tempo, doce e delicado, assim como ela.
Nós duas já transpirávamos. Queria senti-la piscando para me receber e, quando eu a invadisse fundo, queria escutar suas respiração de afago completamente relaxada e realizada por me ter dentro dela.
Seu gosto era indescritível, minha mão a apertava quase a sufocando, enquanto seus olhos quase que reviram sem direção. As lagrimas, teimosas, se acumulam, os fazendo se tornar brilhantes, e ela pressiona minha cabeça contra seu bico enrijecido, enquanto minha língua serpenteia.

Nesse momento, em minha mente, veio a voz da Lux como um trem-bala, eu pulei do sofá na mesma rapidez com que um cometa corta os céus, ou como um foguete da Nasa decola.

Yoko
- O que foi? O que aconteceu?

Eu assustei ela e a mim com essa atitude.
Mas a minha mente estava me assombrando, ainda de pé, a olhei e permaneci calada, sem saber o que falar, a voz em minha mente permaneceu ecoando, eu parecia uma maluca negando aquilo internamente.

Lux
[Esqueci que você ainda vai trepar hoje]

Balancei a cabeça em negativa e a Yoko permaneceu sentada sem entender nada.
Estava tão gostoso, tão excitante, eu tinha que lembrar da Lux agora? Justamente agora?

- Eu não sei, a situação com a Lux me deixou reflexiva, os meus pensamentos estão desalinhados.

Yoko
- Eu imagino, não precisa dizer mais nada, senta aqui.

Eu permaneci como estava, apenas a olhando e a questionei.

- Yooo, agora no sofá, o que você acha que estávamos prestes a fazer?

Encarei a espera por uma resposta que poderia ter o poder de consertar essa bagunça que a Lux havia deixado dentro de mim.

Yoko
- Como assim?

- Digo, o que fazemos, o que iríamos fazer antes de me levantar?

Eu gaguejei, mas ainda, sim, consegui perguntar a ela o que eu precisava saber.

Yoko
- Eu acho melhor mostrar, invés de falar.

Ela me encarou como uma felina prestes a me atacar, mas sua expressão mudou ao notar que dei um passo para trás.

Yoko
- O que está te atormentando?

- Você acha que nós apenas trepamos?

Visualizei seu rosto corando e ela ficando sem jeito para falar, óbvio que aquela era uma pergunta atípica, mas significava exatamente aquilo, e eu precisava de uma resposta clara.

Ela pegou minhas mãos e eu voltei a me sentar no sofá.

Yoko
- O que nós fazemos só diz respeito a nós duas, e para mim, isso é amor. Quem trepa é quem não possui sentimento, quem não pertence a ninguém, e nós pertencemos uma à outra. Esse é o meu pensamento sobre o que iríamos fazer.

Faye e Yoko - Blank The Series - GLOnde histórias criam vida. Descubra agora