Good morning, my love

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Carol havia acordado mais cedo e, deitada ao lado de Anne, observava as costas da holandesa ainda adormecida. As marcas de chupões e os arranhões deixados por suas unhas na noite anterior estavam visíveis. Um sorriso malicioso surgiu nos lábios de Carol enquanto ela passava suavemente as unhas pelo corpo de Anne, brincando com as cicatrizes recentes. Anne, ainda imersa no torpor do sono, sentiu a mistura confusa de sensações – o leve desconforto causado pelas marcas e o prazer inesperado que aquilo provocava.

— Carol... para com isso — murmurou Anne, com a voz arrastada, um protesto tímido que mal disfarçava o efeito que aquilo tinha sobre ela.

Sem perder a oportunidade, Carol a puxou pela cintura, colando seus corpos ainda mais. Com a voz baixa e provocativa, sussurrou no ouvido de Anne:

— Isso o quê? — A inocência falsa na pergunta só aumentava o tom de travessura.

Anne abriu os olhos lentamente, o corpo ainda reagindo àquela mistura de dor e prazer, enquanto sua mente tentava acompanhar o jogo de Carol. Era fascinante o quanto Carol conseguia se fazer de sonsa, como se não tivesse consciência do efeito que seus toques provocavam, deixando Anne presa entre o desejo de ceder e a tentativa de manter algum controle.

Carol, como sempre, sabia exatamente o que estava fazendo.
Carol sentiu Anne se remexer, mas ignorou o protesto da holandesa, continuando a traçar o caminho de suas unhas por suas costas nuas. A ponta dos dedos de Carol deslizou pela pele marcada, e ela sorria com o canto dos lábios, apreciando cada pequeno tremor que provocava em Anne.

Anne apertou os olhos e respirou fundo, tentando resistir à onda de sensações conflitantes que tomava conta de seu corpo.

— Carol... — Anne tentou protestar novamente, mas a voz saiu ainda mais fraca.

Carol soltou uma risadinha suave, o suficiente para deixar claro que sabia exatamente o que estava fazendo. Ela desceu os lábios até a nuca de Anne, depositando um beijo leve, e sussurrou com a voz cheia de malícia:

— Ainda não entendi... você quer que eu pare com o quê?

Anne sentiu um arrepio percorrer seu corpo. O toque de Carol era ao mesmo tempo gentil e provocativo, e ela sabia que a brasileira estava se divertindo com aquilo. Carol era mestre em se fazer de desentendida, mas Anne conhecia bem aquele jogo. Tentando resistir ao efeito que Carol tinha sobre ela, Anne virou a cabeça de leve, lançando um olhar de aviso por cima do ombro.

— Você sabe muito bem o que está fazendo.

Carol ergueu as sobrancelhas, fingindo surpresa, enquanto suas mãos começavam a explorar a cintura de Anne, puxando-a para mais perto, até que seus corpos estivessem completamente encaixados.

— Eu? Não faço ideia do que você está falando, Anne. — A voz de Carol era suave, mas cheia de provocação. Seus lábios agora estavam perto da orelha de Anne, soprando uma respiração quente que fazia o coração da holandesa acelerar ainda mais.

Anne, sentindo o corpo inteiro reagir àquela proximidade, deixou escapar um suspiro de rendição. Carol tinha essa habilidade de a fazer perder o controle sem muito esforço, e agora, com aquela mistura de dor e prazer ainda viva em sua pele, estava ficando impossível resistir.

— Você é terrível — sussurrou Anne, fechando os olhos, resignada ao poder de Carol.

— Só estou aproveitando a vista... — Carol respondeu com uma risadinha, deslizando os dedos pelas marcas que tinha deixado, antes de beijar a curva do pescoço de Anne.

Anne soltou um suspiro frustrado e, com um movimento rápido, se virou para encarar Carol. Seu olhar, antes sonolento, agora misturava irritação e desejo, como se estivesse prestes a reclamar de verdade.

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