Amigas e sonhos

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Já se passava de duas da tarde quando Carol e Anne acordaram. Ainda era visível os sinais da noite anterior; era possível ver roupas de Anne espalhadas pelo chão. Carol sorriu ao ver a cena, lembrando-se do ocorrido.

— Pode esperar, em algum momento eu irei retribuir isso — disse, fazendo Anne rir.

— Irei esperar por isso — respondeu Anne, com um sorriso no rosto.

As duas se levantaram, ainda sentindo o cansaço da noite anterior. Elas decidiram tomar um banho antes de arrumar a sala, aproveitando o momento de tranquilidade. Enquanto isso, a animação entre elas se intensificou, e a energia positiva começou a fluir.

Depois de se arrumarem, Carol e Anne estavam mais dispostas, mas acabaram se distraindo e esqueceram do encontro que haviam marcado com as amigas. Assim que saíram do quarto, Gabi, Rosa Maria, Thaisa, Macris, Roberta, Gattaz e Dairot chegaram ao apartamento.

— Ei, por que vocês não nos avisaram que estavam acordadas? — Gabi perguntou, olhando para as duas. — Estávamos esperando!

— Desculpe, ficamos tão envolvidas que esquecemos do horário! — Carol respondeu, um pouco envergonhada.

Gabi não perdeu tempo e foi em direção aos quartos e ao banheiro, mas logo foi interrompida por Carol.

— Gabi, nada de ligar o chuveiro, porque da última vez que você ligou um chuveiro quente, terminou em quatro caminhões de bombeiro! O mesmo vale para a sanduicheira e o micro-ondas que você explodiu!

As amigas caíram na gargalhada, lembrando do incidente, e Gabi se sentou na sala, derrubando sem querer o vaso de plantas ao seu lado.

— Ai, não! — Gabi exclamou, tentando pegar o vaso antes que caísse.

— Você é um desastre ambulante! — Thaisa brincou.

— Só espero que o seu futuro filho não herde essa habilidade! — Roberta riu.

A conversa fluiu, e logo Macris começou a flertar com Roberta, que retribuiu o olhar. Porém, o clima romântico foi rapidamente quebrado por Rosa Maria e Thaisa, que começaram a zoar as duas.

— O que está acontecendo aqui? Está rolando um romance? — Rosa Maria provocou, piscando para elas.

Macris e Roberta entraram na brincadeira, tentando se defender.

— Estamos apenas discutindo a técnica do vôlei! — Macris disse, sem jeito.

— É isso que você chama de flerte? Porque eu vejo mais como uma competição de quem consegue se distrair mais — Thaisa respondeu, rindo.

— Ah, você não sabe do que está falando! — Roberta se defendeu, rindo também.

Logo, a conversa mudou de direção quando Macris mencionou Cristal, despertando a curiosidade de todas, inclusive de Carol, que pulou a bancada da cozinha para ouvir a fofoca.

— Espera aí, quem é essa Cristal? — Carol perguntou, inclinando-se para frente, interessada.

— Ah, só uma amiga nossa que é um pouco... especial — Macris disse, piscando.

As amigas começaram a compartilhar detalhes divertidos sobre Cristal, e Anne, rindo, decidiu se juntar à conversa. Mas, então, um incidente inesperado aconteceu. Anne pegou acidentalmente o celular de Gabi, pensando que era o seu, e se deparou com uma mensagem de Sheila Castro.

— Ei, quem é essa Sheila Castro? — Anne perguntou, visivelmente confusa.

Gabi ficou desesperada ao perceber que estava com o celular de Anne, já que a mensagem era um convite para um encontro. Carol percebeu a tensão no ar e decidiu conduzir a zoação.

— O que você está escondendo, Gabi? Algum segredo? — Carol provocou, com um sorriso travesso.

— É só uma amiga... de trabalho! — Gabi tentou se defender, mas a pressão estava aumentando.

Thaisa, Gattaz e Dairot começaram a zombar de Gabi, pois conheciam bem a personalidade ardilosa de Sheila, especialmente porque ela havia jogado com elas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.

— Ai, Gabi, você realmente precisa tomar cuidado! — Thaisa disse, entre risos. — Você sabe como a Sheila é, né? Sempre aprontando!

— Ah, sim! Não vamos esquecer daquela vez em que ela quase arruinou nosso jantar! — Dairot acrescentou, rindo.

As risadas eram contagiosas, e a pressão em Gabi só aumentava.

— Meu Deus, isso é tão constrangedor! — Gabi exclamou, cobrindo o rosto com as mãos.

Carol, percebendo a situação, resolveu entrar na brincadeira.

— Gabi, você é meu maior teste para poder ser mãe. Você dá um trabalho igual a uma criança! — Carol brincou, fazendo todos rirem ainda mais.

A conversa sobre maternidade então tomou conta do ambiente, e as amigas começaram a compartilhar seus sonhos. Anne revelou seu desejo de ter um filho chamado Theo, e Rosa Maria, ao ouvir isso, disse:

— Eu também sonho em ser mãe! Sempre imaginei como seria ter uma filhinha ou um filhinho correndo pela casa. Acho que seria uma experiência maravilhosa. Quero poder passar tudo o que aprendi e ser uma boa mãe.

— Isso seria incrível! — Macris exclamou. — Você seria a melhor mãe! Imagina a criançada correndo em volta de você enquanto você tenta cozinhar!

— E você sempre pode levá-los para as aulas de dança, Rosa! — Gabi brincou. — Assim, eles cresceriam com o ritmo no corpo!

Rosa sorriu, imaginando a cena.

— E quanto a você, Gabi? Você também já falou sobre seus sonhos de maternidade, não é? — Anne perguntou, curiosa.

Gabi assentiu, a expressão dela mudando para uma mais séria.

— Sim, eu sempre quis ser mãe! — disse, olhando para suas amigas com um sorriso no rosto. — Meu sonho é ter uma grande família, cheia de crianças correndo pela casa. Quero ter pelo menos três filhos, se conseguir!

— Três? — Thaisa perguntou, com os olhos arregalados. — Uau, você realmente quer transformar sua casa em um parque de diversões!

— Exatamente! — Gabi respondeu, empolgada. — Quero que eles tenham um ao outro para brincar, para crescer juntos e viver muitas aventuras. Para mim, família é tudo!

— Nossa, vocês duas têm tanto amor no coração — Carol disse, olhando para Anne e Rosa. — É lindo ouvir vocês falarem sobre isso.

— E imagina como seria ter uma turma de crianças! — Rosa continuou, animada. — Um time completo de pequenos atletas, que poderiam até se juntar a nós nas quadras um dia!

— E quem sabe se eles não se tornam estrelas do vôlei como suas mães? — Macris brincou, fazendo todos rirem.

— Ah, se eles forem como a gente, vão dar trabalho! — Anne respondeu, piscando.

A conversa fluiu naturalmente, e as amigas se sentiam mais conectadas do que nunca. A troca de sonhos e desejos sobre maternidade trouxe uma nova profundidade à amizade delas.

Ouvindo as esperanças e aspirações de cada uma, todas sabiam que, independentemente de como suas vidas evoluíssem, elas estariam juntas nessa jornada. E assim, entre risadas, sonhos e promessas de futuro, o grupo se divertiu, criando um laço ainda mais forte que se estenderia para além da amizade e da camaradagem que já existia

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