vinte e quatro.

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- Francamente, isso é óbvio. - Olhei-a, cruzando os braços. - Também não me chegaste a contrariar.

Kristal - Contrariar para quê? - Riu-se. - Se o fizesse, irias arranjar algo mais para desconfiar. Preocupa-te menos com coisas mínimas, minha querida.

Entregou-me uma leva festa na bochecha.

Fiquei confusa, mas acabei por não dizer mais nada, pois ela sabia como me por mais confusa. Ri-me com os meus pensamentos, lavando o meu prato e o copo que ainda continha sumo de laranja.

Fui para a sala encontrando a Karol ainda adormecida. Não era normal dormir tanto tempo.

Fui lhe dar uma pequena festa na testa e tirei rapidamente a mão. A sua testa estava a ferver.

- Mãe!

Kristal - Aí Katherine! O que se passa?

- A Karoline está a ferver de febre.

A minha mãe colocou a sua mão por cima da testa da Karol e percebeu que a mesma estava a ficar doente.

- Eu vou á farmácia comprar-lhe qualquer coisa.

Kristal - Sozinha?

- Mãe tens outra ideia? - Arqueei a sobrancelha.

Kristal - Não tens carro.

- Vou ligar a Ashley.

Kristal - E o telemóvel?

Fiquei a pensar, não lhe respondendo pois, estava de mãos atadas.

Kristal - Esperamos que eles venham, eu vou fazer um xarope de cenoura e limão.

- Mães e as suas receitas caseiras. - Sorri

A minha mãe sorriu-me de volta, indo novamente á cozinha. Deitei-me perto da Karol, dando-lhe pequenas festas.

(...)

Karol bebeu umas duas colheres do xarope de cenoura e limão.

A porta de casa foi aberta, e a sala invadiu-se de gente, incluindo o Mac.

- Mac, podes ir comigo á farmácia? A Karol está doente. - Disse, aproximando-me dele.

Ele olhou para mim, e assentiu com a cabeça.

Despedi-me deles, indo para dentro do carro do Mac.

Chegamos á farmácia mais perto, e o Mac tomou a iniciativa de pedir os medicamentos.
Entramos para dentro do carro novamente, indo para casa.

Rapidamente entrei em casa, entregando os medicamentos á minha mãe. A Karol estava bastante mole, e agarrava-se a Kristal.

Encontravam-se todos na minha mansão, excluindo o Za e o Jackson.

O olhar preocupado do Mac era visível, tal como o da Ashley. Mac permanecia bastante próximo de Kristal e da Karol. Eu estava na cozinha a tentar processar a conversa da Kristal, que antes me soara estranha.

"Estás a pensar no quê?"

Uma voz feminina ecoou nos meus ouvidos, fazendo-me olhar para Caitlin.

- Nada, estou a apenas a processar a minha vida ultimamente. - Falei, baixando a cabeça.

Caitlin - Está tudo num caos..

- Pior que isso.

Caitlin - Vê pelo lado positivo, encontraste o teu "suposto" irmão. - Fez aspas com os dedos.

- Suposto? É mesmo o meu irmão.

Vi o seu sorriso, e fiquei um pouco confusa.

Caitlin - Quem diria? - Olhou para o teto. - O Mac? Já me dou com ele á alguns anos.

- Sempre o achei parecido ao meu irmão, as atitudes, de feições também mas, nunca tinha posto a hipótese de ele ser realmente um Johnson. - Sorri, tal como ela. - Como foi a vossa reação quando o Jason vos contou?

Caitlin - Sobre.. o teu disfarce? - Assenti. - Ficamos todos um pouco abalados, principalmente o Jason e desiludidos. Ele ficou muito mal, ficou muito distante e— - Parou.

- E o quê?

Caitlin - Nada.. - desviou o olhar, o que me fez ficar mais curiosa.

- Começaste e agora acabas.

Caitlin - Meteu-se bastante na droga, como podes ver pelos seus olhos.

Sai da cozinha, vendo-o no sofá sentado. Tentei encontrar o seu olhar mas, o mesmo era coberto por uns óculos escuros.
Voltei para a cozinha.

- Ele está de óculos de sol...

Caitlin - Não vale a pena.. Ninguém lhe pode dizer nada. O Ryan é o único que o consegue acalmar minimamente.

- Porque é que vocês me salvaram?

Caitlin - Porque apesar disso, eles confiam em ti, incluindo o Jason mas, ele tenta esconder. - Suspirou. - Ele é das melhores pessoas a esconder os verdadeiros sentimentos, que já conheci.

Desviei o olhar.
Caitlin - Quando te encontrámos no meio daquela confusão, o Jason mandou uma boca do género "deixem-na aí, pode ser que morra" - Arrepiei-me com tais palavras, imaginando-o a dizê-las. - Mas o Ryan preferiu trazer-te e ainda bem que o fez. Sempre confiei em ti Katherine, sabia que não me ias desapontar.

Sorriu.

- Mas sabes que o meu objetivo era esse...

Caitlin - Mas não o fizeste e isso provou muita coisa.

Abri os braços indo na sua direção.

- Obrigada por teres confiado em mim.

Caitlin - Sempre as ordens.

Rimos.

- Posso-te fazer uma pergunta?

Caitlin - Claro.

Secret Agent - FollowOnde histórias criam vida. Descubra agora