cinquenta e sete.

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- Vim falar com o Jason. - A sua expressão tornou-se séria.

Caitlin - Ele está no quarto. - Abriu a porta, e eu entrei.

Estavam todos na cozinha, menos o Jason, cumprimentei todos com apenas um sorriso, e subi as escadas.
Bati na sua porta, não obtendo resposta. Bati mais uma vez.

"Pensei que tinha dito que não queria ser incomodado." - Falou num tom alto.

Abri a porta, farta de esperar.

Fechei-a atrás de mim, e ele estava de costas para mim, devido a estar na varanda, a fazer algo.

Jason - Quando digo que não quero ser incomod— - Virou-se para trás. - O que é que fazes aqui?

- Vim falar contigo.

Jason - Quem disse que queria falar contigo? Já te disse tudo. - Disse num tom rude.

- Eu sei. - Aproximei-me. - Só tens de me ouvir.. Depois vou-me embora, não te preocupes. Não estou a pensar em chorar e pedir-te desculpa. - Disse usando um pouco das suas palavras.

Ele veio para dentro, deixando a porta da varanda aberta.

Jason - Despacha-te, tenho coisas para fazer.

- Eu duvido bastante daquilo do que dizes que sentes por mi—- Interrompeu-me.

Jason - Já falamos sobre isso.

- Vais-me interromper? Ou deixas-me dizer tudo de uma vez, e ir embora? - Ele desviou o olhar.

Jason - Diz, então.

- Eu duvido daquilo que dizes porque, mostras totalmente o contrário. Compreendo, que eu seja a primeira pessoa que gostes mesmo e não tenho qualquer dúvida do que sentes. Se não o sentisses, não farias certas coisas por mim mas, tu és uma pessoa super complicada Jason. - Olhei para ele.

O tatuado mantinha-se de cabeça baixa.

- Sei o quão é estranho de um momento para o outro estares agarrado a alguém, como é estranho para mim mas, ambos temos maneiras diferentes de lidar com isso. Tu és bruto, e super rude comigo por isso, enquanto eu, sou calma e faço de tudo para não deixar isso meter-se no meio. - Respirei fundo. - Acabei por me apaixonar por ti da maneira mais banal mas, a verdade é que fiquei rendida a ti, talvez já estejas habituado a isso. Não quero que penses que duvido totalmente do que dizes, porque não é verdade. Salvaste-me tantas vezes, e nos momentos em que eu precisei de alguém, foste tu que estiveste lá. Foste tu que, quando mais me apetecia chorar, e desistir de tudo, foste tu que me puseste a rir durante minutos, e por tal fico-te grata. - Aproximei-me. - De um momento para o outro deixei de estar apaixonada, e comecei a amar, a amar uma pessoa que por mais que mostre que seja super frio, e distante, quando estamos sozinhos, é a pessoa mais carinhosa e atenciosa que alguma vez conheci. Talvez eu não seja a rapariga que te consiga mudar, nem eu o queria, porque amo a maneira que és, mesmo sendo um estupido às vezes, e teres as atitudes ruins que tens. Mas é de ti que gosto, e é a ti que sempre vou amar, mesmo estando separados. - Suspirei.

Afastei-me, deixando-o boquiaberta com a minha conversa..

- Pronto, era só o que queria dizer. - Dirigi-me até a porta. - Toma conta de ti, e não mudes por ninguém. Quem gostar de ti, vai gostar dos teus defeitos, e torná-los qualidades para os seus olhos. - Sorri.

Sai do quarto, e assim que ele já não tinha os olhos em mim, respirei fundo, tentando controlar as emoções. Desci as escadas, passando pela a cozinha. As suas caras eram preocupadas.

- Ninguém morreu está tudo bem. - Sorri. - Até amanhã.

Despediram-se de mim, e eu dirigi-me á porta. Vanessa veio a correr.

Já no exterior, ela falava comigo.

Vanessa - Como correu? Acabaram de vez?

- Nunca tivemos nada em concreto. Mas sim, acho que estamos separados. - Sorri. - Já está tudo bem, espero que ele encontre alguém que lhe faça feliz, é só o que quero. Amo-o demasiado para o ver com alguém, mas— - Senti lágrimas acumuladas nos olhos, respirando fundo para me controlar.

Vanessa - Nunca vai gostar tanto de alguém como gostou de ti, isso tenho a certeza. Nem sei, se vai haver próxima. O Jason não é de gostar, e meter-se em relacionamentos sérios.

"Isso não vai acontecer."

Olhamos para a porta, e o Jason mantinha-se imóvel, enquanto a luz da casa lhe iluminava.

Vanessa - Talvez seja melhor eu— - Jason interrompeu-lhe.

Jason -Não precisas de ir embora. Se sei dizer merda á frente de vocês, também consigo dizer outras coisas. - Engoliu a seco. - Aquilo que quero, és tu Katherine. Consigo ser um filho da puta contigo, quando fazes de tudo para me ver feliz.

Desviei o olhar, enquanto ele se aproximava de nós.

Jason - A última coisa que quero, é ver-te com outra pessoa. Tu és minha, e sinto que foste feita para mim.. Não quero amar mais ninguém mas, a ti. Eu amo-te a ti. - Olhou-me nos olhos. - Eu tenho os meus defeitos, e mesmo que tu penses que não, tu consegues lidar com eles da melhor maneira. Quero-te fazer sentir amada, e não te quero magoar. Não são meras palavras, Katherine porque eu sei que daria a minha vida por ti. Isso assusta-me p'ra caralho.. Fiquei muito assustado quando te vi a sangrar daquela maneira.

- Eu n—

Jason - Deixa-me acabar tudo de uma vez. - Mordi o lábio inferior. - Eu não te quero perder. Não quero olhar para ti e não te poder agarrar ou beijar Katherine. Eu ajo pensar, e é, e sempre foi, dos meus maior defeitos.. Desculpa, se sou insensível contigo mas, quando algo me afeta com tanta dimensão, eu não sei como reagir. Fico chateado porque me colocares nessa situação.. Nós somos diferentes sim mas, ao mesmo tempo bastante semelhantes e isso fascina-me. Fica comigo e não desistas de nós porque eu não o vou fazer Katherine.

Sem poder conter mais, as lágrimas saltaram dos meus olhos, e os meus braços agarram-se ao pescoço do Jason, envolvendo-nos num abraço apertado.

Jason - Amo-te. - Sussurrou, no meu ouvido. - Amo-te muito foda-se.

Secret Agent - FollowOnde histórias criam vida. Descubra agora