Karol correu para a cama, saltando em cima da mesma.
- Hey! Eu vou dormir aí, e tu também. - Ri-me. - Não queres que fique tudo sujo..
Ela riu-se e saiu de cima da cama.
Ashley - Estou tão cansada. Sinto-me num zombie.. - Disse jogando-se para cima da grande e larga cama.
- É melhor vestir-mos qualquer coisa confortável, e depois dormimos.
Ashley - Não tenho fome. A comida do avião, era horrível mas encheu-me. - Falou de olhos fechados.
- Pelo menos muda de roupa. - Ela assentiu.
Trocamos de roupa, e Ashley fez logo o seu caminho para debaixo dos cobertores.
Fui até ao andar inferior, deixando o "zombie" no quarto escuro.
A minha mãe, tinha acabado de posto as panquecas em dois pequenos pratos.
Mãe - Eu tenho de ir trabalhar. - Sorriu. - Ficam bem?
- Já não tenho cinco anos. - Ri-me.
Notei que Karol forçava para manter os olhos abertos enquanto comia.
Kristal, acabou por me dar um beijo na testa, e de seguida á Karol. A porta principal fez-se ouvir fazendo-me sorrir.- Finalmente podemos dormir até mais tarde. - Disse dando pequenas festas na cabeça da Karol.
Acabei de comer, e levantei ambos os pratos, pondo-os dentro do lavatório. Peguei a minha irmã ao colo, subindo as escadas. Ela logo pousou a sua cabeça no meu peito. Entreguei-lhe um beijo nos seus cabelos. Assim que cheguei ao quarto, pouco se via. O ressonar da Ashley, era bastante audível.
Aconchegamos-nos, ficando a Karol no meio das duas. A cama era suficientemente grande para as três.
Depois de sentir a respiração pesada da Karol, aí consegui relaxar.
{..}
Acordei de tanto barulho que ouvia. Abri os olhos lentamente, sentido-os ainda pesados.
- Mas que merda é esta? - Murmurei, percebendo que estava sozinha no quarto.
Levantei-me da cama, abri a porta do quarto, e as luzes estavam basicamente todas ligadas. Comecei-me a rir, assim que percebi que o barulho vinha das vozes desafinadas que se faziam ouvir. Desci as escadas, e a minha mãe assim que me pôs a vista em cima não conteve o riso.
- Acordei para ouvir isto?
Ashley - Katherine, estás a dormir á dois dias. - Arregalei os olhos. - Estou só a brincar. - Empurrei-lhe, mas mesmo assim, isso não a impediu de cantar o solo no jogo. Deu um grito, que para ela era um falseto.
A Karol também cantava, e a sua postura era de morrer a rir. Parecia ser uma estrela.
A minha mãe continuava a cantar com a Ashley.. Enquanto isso aproveitei para ir á cozinha, devido ao roncar que o meu estômago insistia em fazer.Fiz uma tosta, enchendo um copo com o sumo fresco que a minha mãe tinha no frigorífico. Assim que engoli o líquido, um sabor a morango fez com que me deliciasse.
Depois de pronta, dei uma dentada na tosta mista que estava no prato. Fui até a sala, e as continuavam na rebuliço do karaoke.
Sentei-me no sofá, momentos depois, a minha mãe sentou-se a meu lado.Mãe - Descansaste bem? - Assenti. - Eu ia fazer o jantar agora, não deverias estar a comer.
- É assim tão tarde?
Mãe - Já olhaste lá para fora? - Riu-se. - É de noite.. Portanto respondendo á tua pergunta.. Sim é assim tão tarde. - Deu-me uma leve chapada na perna, levantando-se de seguida.
Talvez fosse fazer o jantar.
De tanto tempo, finalmente se tinham fartado e desligado o jogo.
- Vou precisar de terapia para poder tirar os vossos cantos dos meus ouvidos. - Gozei.
Ashley - Adoraste.. Podes admitir. - Assenti, rindo-me a seguir.
Karol - Eu não canto mal. - Fez cara de aborrecida, cruzando assim os seus braços.
- Tu não amor. Mas, aqui a Ashley— Ela é que estragou tudo. - Ri-me, recebendo um certo golpe com a almofada do sofá.
Ashley - Galdéria! - Gritou, abandonando a sala.
Karol - O que é galdéria?
- É uma princesa Karol, se tu fores á cozinha e chamares isso á mãe vais ver que ela vem falar comigo.. - Ri-me. - Ela irá ficar orgulhosa.
A Karol correu para a cozinha, e eu seguia-a mas, não até a cozinha, perto o suficiente para ouvir a conversa.
Karol - A mãe é uma galdéria! - Cantou. - A mãe é uma galdéria. - Cobri a minha boca para não soltar a gargalhada alta que tanto queria.
Mãe - Karoline! - Gritou. - Quem te ensinou isso?
Karol - A Ashley chamou galdéria à mana, e a mana disse que galdéria era uma princesa. - Cantou. - Eu também sou uma galdéria! Somos todas umas galdérias.
Já não conseguia aguentar as gargalhadas que engolia. O momento era demasiado engraçado.
Mãe - Katherine Marie Johnson! - Gritou.
Tentei fazer cara séria, e fui até á cozinha.
- Eu? - Mantinha uma expressão trancada.
Mãe - Podes explicar onde é que uma galdéria é uma princesa?
Karol - Eu sou uma grande galdéria. - Cantou, e eu desmanchei-me a rir.
Mãe - Karol, tu não és nenhuma galdéria filha.. - Tentou acalmar a sua animação.