sessenta e três.

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Poucos momentos depois vejo uma criança a correr com alguma dificuldade na minha direção. Torci um pouco o nariz, pois não reconhecia. Assim que tive melhor visão.. Karol corria com alguma velocidade para perto de mim. Cai no chão, de braços abertos, deixando cair também tudo o que suportava.

Um abraço muito apertado recebi, retribuindo.

A minha pequenina, já começava a ter tamanho. Não que estivesse muito grande mas.. Cresceu um pouco.

Rapidamente fui abraçada pela minha mãe. Ficando assim, eu, Karol e Kristal abraçadas.

- Tive tantas saudades vossas. - Beijei a cara da minha mãe, e os cabelos da Karol.

Pelo o canto do olho, via que a Ashley estava bastante abalada. Mesmo com os óculos de sol, notava-se que estava a chorar. Afastei-me delas, e abracei com alguma brutalidade a Ashley. Ela desabou completamente em lágrimas, fazendo-me a mim também continuar o choro.

Ashley - Tenho tantas saudades deles Katherine. - Soluçou.

Ashley era filha única, perdeu os pais quando tinha 17 anos. Nessa altura, já a conhecia. Foi uma altura muito difícil. Agora, tinha 19 anos. Ela fez anos, quando ainda estava em trabalho em Los Angeles.

- Nós somos a tua família. - Disse num tom choroso, afastando-me dela.

A minha mãe não sabia. Ela ouviu, e rapidamente nos separou, ficando no meio de costas para mim.

Mãe - Ashley, tu és a minha filha emprestada. Sempre tiveste lá para a Katherine, e sempre foste uma melhor amiga. Até mesmo para mim, enquanto ainda tentava recuperar a confiança dela, tu ajudaste-me. - Sorri. - Tu és uma filha para mim também, e sempre poderás contar comigo. Como a Katherine disse, nós somos a tua família.

Kristal abraçou-lhe, enquanto Karol saltou para o meu colo. Assim que a minha mãe se afastou, Karol inclinou-se indo para o colo da Ashley.

Karol - E eu sou tua irmã. Já que não tens irmãos, eu posso ser? - Ashley assentiu, ainda com lágrimas.

Nos olhos da Karol, Ashley era como se fosse uma irmã também. Cada vez que não estava, e até mesmo por vontade própria Ashley ficava sempre com Karol, e divertiam-se imenso.

Mãe - Bom.. - Limpou as lágrimas. - Chega de chorar, e vamos sair deste aeroporto. Aposto que têm fome, e estão bastante cansadas. A Karol daqui a pouco tem escola.

Karol bateu o pé, e fez cara de aborrecimento.

Mãe - Vais sim á escola, nem me dês esse olhar.

Karol - A mana não vai à escola, porque é que eu tenho de ir? - Resmungou.

Rimos com a sua atitude.

- A mana quando chegar a casa, vai comer e depois dormir.

Karol - E eu também tenho sono. Estou sempre a acordar cedo.

Olhei para a minha mãe, que tentava conter o riso.

- Acho que hoje tens desculpa. - Olhei para a minha mãe, e ela assentiu. - Ficas em casa connosco. - Sorri.

Ela começou aos saltos, agarrando na minha mão e na da Ashley. Seguimos a minha mãe até ao exterior do aeroporto. Estávamos em Londres. O terreno londrino.

- Agora é mesmo para ficar?

Mãe - Não, eu agora trabalho com o David. Estou em Londres, a tratar-lhe de convites e isso.

- Então a Karol, tem de estar sempre a mudar de escola?

Mãe - Basicamente sim. É só por mais uma semana, depois voltamos para a América, e é mesmo para ficar.

- Em que parte da América?

Mãe - Nova Iorque. - Sorriu. - Sempre foi um desejo meu viver em Nova Iorque.

- E já lá tens trabalho?

Mãe - Claro Katherine. A loja do David. - Sorriu-me.

- Onde é que esse está?

Mãe - Neste momento, Dubai.

- Ele é que teve sorte na vida.

Entramos dentro do carro.

- Como conseguiste ter o carro de volta?

Mãe - Katherine.. - Riu-se. - Foram buscá-lo.

Não tinha percebido a piada. Talvez tivesse a fazer demasiadas perguntas. Estava mesmo cansada, e já não dizia nada de jeito.

Enquanto a minha mãe conduzia, eu ficava com a minha cabeça encostada á janela. Tentava forçar os olhos a manterem-se abertos.

Acordei com um abanar.

Mãe - Já chegamos. - Sorriu.

Ouvi a minha irmã a tentar acordar a Ashley.

Ambas acordamos.

Ashley estava com um aspeto horrível, o que me deu piada. Dei uma pequena gargalhada, saindo do carro.

A casa era grande, demasiado grande para um mês.

Naquele momento senti um certo orgulho. Orgulho da minha mãe ter conseguido repor a sua vida, e dar uma melhor á Karol. Apesar de ter tido a obrigação de aprender tudo "sozinha", não era a minha intenção isso acontecer com a minha irmã mais nova.

Entramos naquela mansão, e era bastante confortável, e apresentável. As divisões eram bem decoradas, e com bastante iluminação.

Mãe - Karol, mostras o quarto a elas enquanto eu vou fazer algo para comer? - Disse baixando-se ao tamanho da Karol.

Logo agarrou-nos nas mãos, e subimos umas largas escadas. Assim que a pequena menina, abriu a porta. Um quarto enorme se localizava por trás da porta. A decoração era linda, e bastante acolhedora.

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