sessenta e dois.

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Farto de dar voltas na cama, e de controlar a raiva que tinha de mim mesmo.

Ouvi um bater na minha porta, e sem autorização a mesma abriu-se.
Ryan, was com o cabelo todo despenteado.

Ryan - Ainda bem que estás acordado. A Caitlin acabou de adormecer. - Falou sentando-se na minha casa.

Levantei o tronco, encostando-me á parte de trás na cama.

- Como é que ela está?

Ryan - Ela recupera. - Murmurou. - A pergunta aqui não é como ela está.. Mas, sim como é que tu estás?

- Não percebi.

Ryan - Bro, eu conheço-te desde de puto. Não me digas que estás bem, nem tentes fazer-te de forte.

Mais uma vez, ele estava certo. Conhecia-me demasiado bem. Nada escapava aos seus olhos.

Levei as mãos ao cabelo, puxando-os.

Ryan - Fizeste mesmo figura de otário na sala. O Chris ficou mesmo desiludido contigo.

- Ryan, eu sou líder do gangue. - Balancei a cabeça. - Não posso mostrar tudo aquilo que sinto. Não é bom para eles, nem para mim.

Ryan - Fodasse tu és um homem, não uma pedra. Todos nós temos sentimentos, apesar de uns mostrarem mais que outros. Apesar de sermos um gangue, somos uma família. Nós começámos desde putos. Eu, tu o Chris, e o Chad. Disse, e volto a repetir. Primeiro de tudo somos uma família. - suspirou.

- Como é que ela estava? A Katherine.

Ryan - De rastos. Via-se que olhava para todos os lados, na esperança que tu aparecesses.

- Se eu fosse, ela poderia mudar de ideias, e eu não podia correr esse risco.

Ryan - Então não te importas que ela tenha ido embora?

- Claro que sim. Só a queria perto de mim, neste momento. Eu estou completamente apanhado por aquela rapariga.

Ryan - Que novidade. Tu dependes dela, como ela de ti. Vocês é que tornam as cenas complicadas.

- Ryan, diz-me como é que seria a vida dela aqui? Os Crips estão mortinhos por apanhar um de nós. Se a apanhassem, eu nunca me perdoaria. Prefiro que ela me odeie, e que pense que a abandonei, do que ter o corpo dela sem vida nos meus braços.

Ryan - Isso chama-se amor Jason.

- Eu amo-a Ryan. Já o tinha dito ontem, e tudo o que disse foi genuíno. Mas não podia ser egoísta ao ponto, de a manter aqui.

Ryan - Ela volta daqui a um mês.

- Por mais que queira que sim, espero que não.

Ryan - Percebo que só queiras o bem dela mas, não te esqueças que a maior felicidade dela eras tu, e isso notava-se em ambas as caras. Tens alguma intenção de esquecê-la?

- Não.

Ryan - Então não a faças esquecer-se de ti. - Tocou-me no ombro, saindo do meu quarto.

Filho da puta.

Ele conseguia sempre por-me a pensar de uma tal maneira.. Sobre mim, sobre as minhas atitudes...

Tirei o telemóvel do modo de avião, recebendo imensas chamadas, e mensagens.
Verifiquei, e algumas eram deles, mas a maioria era da Katherine.

De mensagens, a maioria eram deles, e da Katherine apenas 4 tinha.

De: Babe
Mensagem: Quando é que pensavas em contar-me que deste a ideia á minha mãe de eu viajar até ela?

De: Babe
Mensagem: Jason, liga a merda do telemóvel.

De: Babe
Mensagem: Que bom ser ignorada.

De: Babe
Mensagem: Não acredito que mais uma vez deixaste-me. Trais-te a minha confiança. Mentiste-me. Afastaste-me de ti, quando foi a única coisa que pedi que não o fizesse. Abandonaste-me. Desististe de nós, quando me disseste para não o fazer. Iludiste-me.
Mostraste-me que és um egoísta, e só pensas em ti. Não vou continuar com expectativas para nós. Estou sempre a sofrer Jason, talvez seja melhor eu seguir em frente. Farta de ser humilhada, e jogada como um objeto.
Até um dia McCann.

Aquele mensagem foi a pior que podia lido.

Ela odiava-me.

O meu coração estava completamente desforçado e mole. Dei por mim, a secar os olhos com as costas da mão.

{..}

Katherine's Point Of View

Tinha acabado de aterrar.

A viagem foi bastante longa, e eu estava super cansada. Ashley, mantinha-se com uma almofada debaixo do braço, o que me fez rir. Tinha o cabelo todo desmanchado.

Ashley - Se te estás a rir da minha figura, desculpa mas eu estou bastante cansada. Preciso de dormir em condições.

- Também eu. - Olhei em redor. - Aqui já é de manhã. - Sorri.

Ashley - Infelizmente. - Ri-me. - E agora eu não sei onde a tua mãe vive, nem onde trabalha.

- Estás a gozar? - Arquei a sobrancelha.

Passamos por aquelas barreiras, depois do procedimento todo das malas, e segurança.

Olhava em redor, e não via ninguém conhecido.

Secret Agent - FollowOnde histórias criam vida. Descubra agora