-Tá, desculpa. -Ele me deu um selinho e me abraçou de novo.
-... Ai eu tava sem sono, peguei o livro que eu tenho que ler e fui pra piscina e acabei pegando no sono. -Contei tudo.
-Viu João Pedro? Falei que...
-BBoy, o... O Enzo tá aqui na barreira principal. -Falaram no radinho, João Pedro apertou minha mão, Diego e Sthe se olharam e depois olharam pra mim, meus amigos já foram levantando.
-O que ele quer?
-Ele... Quer falar com a Isabella (?).
-Já estamos indo. -Diego se levantou.
-JP, você e sua mãe vem comigo. -Diego falou.
-Pai, eu não vou...
-É uma ordem! -Ele falou severo. -Gustavo, pega aqui. -Ele entregou um radinho e uma arma do Gusta que assentiu. -Sabe o que fazer, agora, vem João Pedro. -Mandou Diego e JP me deu um selinho e depois um beijo na testa.
-Eu voltou logo, se cuida. -Assenti e os três saíram.
Agora o que nos resta é esperar.
P.O.V JP
Saímos de casa e eu subi na minha moto e meu pai subiu na dele com a minha mãe. Fomos pra barreira principal ver o que aquele verme queria. Pela velocidade que estávamos, não demoramos muito.
-O que você quer, Enzo? -Meu pai já foi perguntando.
-Eu quero falar com a Isabella. -Falou ele.
-Você não vai chegar perto dela, ela é fiel do JP agora. -Falou meu pai e Enzo me olhou.
-Quero falar com ela.
-Você não vai. -Meu pai repetiu.
-Tá com medo? -Meu pai odeia quando falam isso, olhei pra ele apreensivo, ele pegou o radinho e me olhou, eu neguei com a cabeça.
-Gusta, trás ela.
-Mas BBoy...
-É uma ordem!
-Sim senhor.
Olhei pro meu pai e ele desviou os olhos.
-Quero que larguem as armas e deem três passos pra trás. -Meu pai falou e eles o olharam.
-Como assim?
-Larga as armas e vai pra trás. -Eles olharam pro Enzo que largou a arma dele e deu três passos pra trás, seus outros vapores fizeram o mesmo. Logo escuto o ronco do motor de uma moto e olho pra trás, vejo o Gusta sem capacete e a Isabella com capacete, eles se aproximam e Isabella sai da moto. Estendo a mão pra ela e ela pega, vindo na minha direção, ela está com outra roupa, uma calça jeans, um tênis e meu moletom. Abraço ela e dou um beijo em seu ombro.
-Não fala nada. -Sussurrei pra ela que assentiu milimetricamente.
-Ora, ora, ora. -Enzo deu um passo pra frente e todos da barreira levantaram suas armas e apontaram pra ele que voltou pra trás sorrindo. -Isabella, você continua linda. -Ele falou e a Isa me abraçou. -Não precisa ter medo, lindinha, não vou te machucar. -Falou ele e ela olhou pra mim.
-O que quer falar com ela, Enzo? -Meu pai perguntou e ele riu.
-Ah é... Sabia que o seu paizinho tá te procurando? -Isa olhou pra ele. -É, ele mandou invadir a Rocinha, vez um trato comigo, ou eu te entregava, ou ele me matava. -O olhei. -Mas eu falei que não estava com você e ele riu. Seu pai é um insolente, sabia? -Ele perguntou. -Ai ele perguntou a onde a filhinha dele estava e eu que sou um homem honesto, tive que falar. -Coloquei Isabella atrás de mim e peguei minha arma. -É isso mesmo, JP. -Ele começou a rir. Peguei no braço da Isabella e da minha mãe e comecei a puxar elas morro à cima. -Surpresa. -Ele falou e os tiros contra o morro começaram.
-ALGUÉM LEVA ELAS LÁ PRA CIMA! -Gritei e algumas pessoas apareceram e começaram a levar ela lá pra cima. Olhei pra barreira é são os ratos, o que?!
Subi junto e fui na casa do meu tio, entrei na casa e Mel estava com a babá, as duas no chão, Mel chora muito.
-TIO JP! -Ela gritou e veio correndo, peguei ela no colo.
-Mel, Mel calma, vem com o tio. -Falei e escondi a cabeça dela no meu pescoço. -Vem você também. -A mulher se levantou. -Pega ela, a gente vai sair daqui e vamos subir pra minha casa, você vai correndo, não olha pra trás e nem para, tá me ouvindo? -Perguntei e a mulher assentiu.
Saímos da casa e a mulher começou a correr pra minha casa, eu corria de costas, ia atirando em todo rato que eu podia, não demorou muito e logo chegamos, entramos na casa e Isabella veio correndo.
-Isa, calma, fica calma e cuida da Mel. -Falei e ela me deu um selinho.
-Mel, oi meu amor, lembra de mim? -Isa perguntou se aproximando da pequena.
-Tia Bella... O que tá acontecendo? -Ela perguntou indo pro colo da Isa que abraçou ela.
-É uma brincadeira que tá tendo, Mel, não se preocupa tá? É só um jogo. -Isa falou indo pro sofá com ela.
-Um jogo? -Ela perguntou parando de chorar.
-Sim, é só um jogo de gente grande.
-Você joga esse jogo?
-Não, meu amor, só gente grande pode jogar, eu não sou gente grande, eu sou quase que nem você. -Isa falou e Mel deu um sorrisinho.
-Eu fiquei com medo. -Ela falou baixinho e abaixando a cabeça.
-Não precisa ter vergonha, eu também tenho medo desse jogo, ainda mais porque meu namorado tá nele, meu sogro também. -Isa falou. -Mas agora, a gente vai subir, lavar esse rostinho, esquecer o jogo lá fora, vamos fazer um bolo, o que você acha? -Perguntou Isa e Mel sorriu esquecendo os barulhos de tiro.
-Eu quero. -Ela falou animada.
-Então vamos subir. -Isa falou e pegou na mão da Mel, elas estavam subindo as escadas e Isa me olhou, mas logo desviou o olhar.
-Eu vou voltar, cuidem delas. -Falei e saí correndo, está estranho, os cop não tão matando, tão só atirando na perna ou no braço... Estranho.
-JP! POR FAVOR VOLTA! -A voz da Isa soou pelo radinho um tempo depois, estranhei e voltei correndo.
-Isa? Isa, cadê você? -Vi a porta do cofre aberta, fui lá e não tinha ninguém, senti alguém me empurrando pra dentro e olhei pra trás, é a Isa.
-Não posso deixar ele machucar ninguém. -Ela fechou a porta do cofre, como é que é?!
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Aconteceu 1: Me Apaixonei Pelo Herdeiro do Morro
RomanceEla não tinha uma vida fácil. Era negligenciada pelos pais que eram os típicos brasileiros classe média alta cujo dinheiro importa mais que amor, lealdade e fidelidade. Ele, nunca teve uma vida fácil, apesar de ter amor, foi criado na vida errada e...