Escola

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Meu nome é Isabela Berthier (Morena da mídia) tenho 15 anos e moro na Zona Sul do Rio de Janeiro, moro com meu pai (moreno da mídia), Ian Berthier e minha mãe (loira da mídia) Barbara Berthier. Na verdade eles nem param em casa, eu passo os dias com os empregados e seguranças.

Meu pai é diretor de uma empresa e minha mãe... É, minha mãe não faz nada, ela simplesmente viaja e gasta o dinheiro do meu pai... Sou filha única, tenho dois melhores amigos, que são o Rafael Lange e a Maria Victoria, mas eles preferem Rafa e Mavi.

-Vamos acordar? Hoje você tem aula, menina Isa. -A voz da minha babá soou pelo meu gigante quarto.

-Sai daqui, Marina! Quero dormir mais. -Resmunguei me cobrindo mais.

-Vamos, Menina Isa! Sua aula já vai começar. -Ela insistiu, bufei e me levantei.

Ela saiu do quarto e eu fui para o banheiro, escovei meus dentes e fiz xixi, depois botei para o quarto, coloquei o uniforme (Uma saia, uma blusa de botões branca e o blazer, tudo nas cores da escola, azul marinho e branco) coloquei a meia e meus vans azul marinho. Arrumei meu cabelo, coloquei minha gargantilha, meus brincos, meus anéis e pulseiras. Ai peguei minha mochila vazia. Coloquei meus livros de geografia, português, matemática, geometria, inglês e história, meu estojo com meus lápis e canetas, meu caderno de 10 matérias, um caderninho que uso de agenda, minha garrafinha de água, uma régua, meu celular e meus fones. Arrumei tudo e simplesmente desci, como fazia todos os dias, depois de passar meu perfume.

-Marina, eu já tô indo. -Dei um beijo na bochecha dela e sai de casa. -Bom dia, Bruno. -Falei para o motorista.

-Bom dia, Isa. -Ele fechou a porta do carro pra mim e coloquei minha mochila do lado, droga! Não carreguei meu celular de noite! Eu vou precisar dele depois... Eu peço pro Rafa.

Bruno logo chegou na minha escola, ela é particular, mas tem bolsistas, assim como a Mavi. Me despedi do Bruno e sai do carro, logo entrei e fui até minha amiga, que falava com outras meninas.

-Oi Isa. -Elas me cumprimentaram.

-Oi meninas, Mavi, viu o Rafa? -Perguntei e ela suspirou.

-Ele tá lá na frente, do outro lado da rua... Na boca. -Quando ela completou, eu suspirei.

Digamos que o Rafa é pressionado pelos pais, então ele começou a usar drogas pra gastar o dinheiro do pai dele, e ele vive na boca da frente da escola, como podem colocar uma boca na frente de uma escola?

-Tá, pode olhar minha mochila? -Perguntei e ela assentiu, sai da escola e atravessei a rua, cheguei perto da boca de fumo, já tem um cheiro forte, respirei fundo e entrei, muitos alunos, tem até nerd! Tem gente vendendo e os alunos comprando, logo todos pararam de falar e me olharam, respirei fundo e andei até o meu amigo.

-Isa?! Você não pode ficar aqui! -Ele me repreendeu.

-Nem você. -Retruquei e ele suspirou. -Eu só quero o carregador do celular. -Falei e ele assentiu, colocou a mochila no chão e se abaixou pra pegar o carregador.

-Menina, você não pode ficar aqui, é perigoso. -Um homem falou, ele vende para um aluno.

-Eu sei, mas muita gente não deveria estar aqui. -Falei.

-Não, eu tô falando sério, não são só alunos que vem aqui, são pessoas perigosas. -Ele insistiu.

-Pessoas perigosas tem em... -Fui interrompida pelo ronco do motor de uma moto que parou bem na entrada da boca, todos pararam de falar de novo, mas dessa vez assustados, senti me puxarem e vi o Rafa com medo, ele me colocou sentada no chão sujo e nojento, escondida, atrás de uma lixeira.

-Fica quieta, não dá um piu. -Ele sussurrou pra mim e saiu, eu comecei a espiar, um garoto de um 19 anos desceu da moto, ele não usa capacete, que maluco, ele se aproximou de um dos vendedores, ele tá sentado atrás de uma mesa, parece ser o chefe.

-Fiquei sabendo que tem filho da puta devendo pro meu pai. -O garoto falou firme e frio, de dar medo.

-JP... Tudo bem, parça? -O cara se levantou, ele treme na base, da pra ver.

-"Parça" é sua mãe de quatro na minha cama, caralho! -Que porco!

-Calma, par... JP. -O cara falou e o garoto deu um soco na mesa.

-RESPONDE, FILHO DA PUTA! -O tal JP gritou nervoso.

-Na-na verdade, eles vão pagar. -O cara gaguejou.

-Tu me falou isso semana passada, David! Se passou uma semana! Isso são seis dias! -O garoto falou e tive vontade de rir.

-Sete. -Um nerd corrigiu, obrigada, leu a minha mente.

-Como é?

-Uma semana são sete dias. -O nerd falou e o JP se aproximou dele que tremeu de medo.

-Eu te perguntei alguma coisa? -Perguntou o JP e o menino negou freneticamente. -ENTÃO NÃO SE METE, CARALHO! E VOCÊ, DAVID, EU QUERO A PORRA DA MINHA GRANA SEU FILHO DA PUTA, SE TU NÃO PAGAR TUDO, EU CORTO TEU PAU! -JP gritou nervoso apontando pro cara que tremeu.

-Si-sim senhor... Pode falar para o BBoy que eu passo no morro ainda hoje com todo o dinheiro dele. -O David falou com medo.

-É assim que eu gosto. -JP falou e deu as costas, ele já tava indo embora, ele subiu na moto e minha perna escorregou, fazendo bater em uma lata de lixo e a mesma caiu no chão, fazendo o maior barulho, Rafa fechou os olhos com força e eu me escondi mais no fundo, ouvi a moto ser desligada e logo em seguida... Passos se aproximando, encolhi minhas pernas e fechei meus olhos, logo os passos pararam.

-Por favor... -Ouvi a voz do Rafa.

-Eu te dou dois segundos pra sair da minha frente. -Ouvi a voz do JP, ninguém fala nada, acho que nem respiram.

-Por favor, JP... -Ouvi o barulho de um soco, um grunhido de dor e um corpo caindo no chão, abri meus olhos e vi pés na minha frente, olhei pra cima, seguindo o Supra preto, depois a calça jeans preta, depois a regata branca, os braços tatuados e chegando no rosto dele... Um rosto muito bonito, o cabelo bagunçado, os olhos castanhos, a boca carnuda. -Ora, ora, ora... Olha o que temos aqui. -Falou ele e me puxou pra cima, me colocando em pé. -O que faz aqui, gatinha?

-Não é da sua conta. -Vi o sorriso dele desaparecer por completo, os olhos ficarem negros e o rosto nervoso.

Aconteceu 1: Me Apaixonei Pelo Herdeiro do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora