Agora Sim

10K 528 39
                                    

-Eu também. -Ele me deu um selinho e depois beijou minha bochecha.

Deitamos e logo ela apareceu com algumas bolachas, abri e mordi a primeira, mastiguei e os dois olhavam atentamente. Engoli e a bolacha continuou no meu estômago. Sorri e a enfermeira também.

-Vou buscar mais bolachas. -Ela piscou pra gente e saiu do quarto. Comi as bolachas junto com o João e logo ela chegou com biscoitos.

-Muito obrigada. -Falei e ela sorriu.

-Não tem o que agradecer. Bom descanso pra vocês. -Ela falou e saiu.

Comemos e bebemos água, depois voltamos a dormir.

Acordamos só de manhã, com o médico dizendo que já tinha ganhado alta. Tiraram a agulha de mim e estava liberada. Sai do hospital junto com o João e entramos no carro.

João dirigiu com calma, o que pareceu um milagre, chegamos no morro e fomos direto pra casa.

-Bom, agora você vai para a cama. -Falei e ele me olhou.

-Que? Por quê?

-Porque eu vou te levar o café da manhã na cama, vai logo. -Falei e ele riu assentindo.

Ele subiu e eu fui para a cozinha, fiz algumas coisinhas, como sanduíche, café, suco, ovos, cereal com leite, tudo que ele come de manhã e levei pra cima em uma bandeja. Abri a porta do quarto e ele estava deitado, sem camisa e só de bermuda.

-Uau. -Falou se sentando. Coloquei a bandeja na frente dele. -Cadê pra você? -Perguntou.

-Eu como depois. -Falei e ele riu.

-Você acabou de voltar do hospital. -Falou me entregando o prato com o sanduíche e o cereal.

Comemos e desci com a bandeja lavei a louça e Diego entrou, ele me olhou.

-Como foi? -Perguntei baixinho.

-Eles apareceram no horário. Conseguimos matar todos. -Ele falou e o olhei com os olhos brilhando. -Está finalmente livre do Enzo. -Falou e sorri o abraçando. -Vim falar isso com o JP.

-Como vai ser?

-Almoço lá em casa, festa aqui, depois baile e de noite você que cuida. -Ele falou e sorri animada.

-João tá lá no quarto. -Ele assentiu e subiu, eu fiquei na sala assistindo desenho.

P.O.V JP

Estava deitado, esperando a Isa voltar e ela estava demorando um pouco, fiquei preocupado e quando decidi ir ver como ela tava, a porta se abre, mas é o meu pai que entra.

-Feliz aniversário, filho. -Ele falou e vem me abraçar. Dou um sorriso e abraço ele também, claro.

-Valeu pai.

-Poderia te dar diversos presentes, mas acho que você prefere a paz. -Ele falou e fiquei confuso. -Enzo está morto. -Ele falou.

-Morto? Quem te falou isso? -Perguntei.

-E... O filho da Roberta não é seu. -Ele falou.

-Como descobriu essas coisas? -Perguntei confuso.

-Roberta ligou pra Isa. -Ele falou e meu coração congelou. -Falou que era tudo um plano pra separar vocês, que o filho era de um burguês, e falou que o Enzo ia atacar. Ele atacou e eu mesmo matei ele. -Falou. -Feliz aniversário.

-Por que ela não me falou? -Perguntei.

-Acho que a Roberta não tem seu número. -Ele falou.

-Você sabe que eu tô falando da Isabella. Por que ela falou pra você e escondeu isso de mim?

-Por que hoje é o seu aniversário e ela quer que seja um dia feliz e sem preocupações, então você não vai falar nada sobre isso com ela, vai aproveitar o dia com seus amigos e sua família e isso é uma ordem. -Ele falou. -Até o almoço. -Ele completou e saiu do quarto e logo a Isa chegou.

Não tocaria no assunto, então ficamos assistindo filmes até dar o almoço, que foi quando começamos a nos arrumar. Isabella colocou um vestido e eu coloquei uma calça jeans e uma regata preta.

Fomos pra casa do meu pai e o churras já estava rolando.

Cumprimentei todos e perdi a Isa de vista, depois que cumprimentei todos e ouvi eles me desejarem feliz aniversário, fui procurar ela.

-Te achei. -Falei abraçando ela por trás e ela soltou um gritinho de surpresa.

-Você me assustou! -Ela falou e eu ri beijando o ombro dela.

-Gente, eu tô aqui. -Ouvi a voz da Mavi e a olhei.

-Magrela! -Soltei a Isa e abracei ela que me bateu.

-Feliz aniversário, encosto. -Falou me abraçando.

-Valeu, magrela. -Voltei a abraçar a Isa.

-Eca. Eu vou procurar o meu namorado. -Falou e saiu. Ri e fiquei beijando a Isa, mas logo a carne chegou e fomos comer.

-TIO JP! -Ouvi aquela voz que não ouvia fazia tempo. Logo vi a cabeleira ruiva entrar pela casa e pular no meu pescoço.

-Mel! -Falei abraçando ela de volta.

-Papai falo' que você tá fazendo aninhos hoje. -Ela falou com aquela voz fininha.

-Eu tô. Hoje eu faço 22 aninhos. -Respondi colocando ela no meu colo.

-Isso são muitos aninhos, tio. -Ela falou e gargalhou.

-E eu? Não ganho abraço? -Isa perguntou e Mel pulou no pescoço dela.

-Dexcupa', tia Isa, é que o papai falo' que hoje é o dia do tio JP, mas se você não conta' po' papai, eu posso passa' um tempinho com você também. -Ela falou e Isa riu.

-Já está assim, Mel? Acho que quando começar a se interessar por garotos, terei que te trancar no sótão. -Cato apareceu a fez um toque comigo, e me abraçou. -Feliz aniversário, filho que nunca tive.

-Valeu, segundo pai. -Respondi e voltei a me sentar.

-Papai, eu nunca vou me interessar por meninos, eles são nojentos e bobões. -Mel falou revirando os olhos.

-Isabella, você ensinou a minha filha a revirar os olhos e ela não para mais. -Cato falou e Isa riu. -É assim que se falha, filhona. Meninos, nunca. -Ele falou e fez um toquinho com ela.

Ficamos conversando e matando um pouco da saudade da Mel.

Mel está a coisa mais fofa do mundo!


Aconteceu 1: Me Apaixonei Pelo Herdeiro do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora