Será?

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Queria lembrar que esse livro foi um dos meus primeiros livros, escrito em 2016, eu tinha apenas 14 anos e não tinha muita noção, apenas relatava conforme lia em outros livros.

 !!! Alerta de Gatilho!!! 

P.O.V Isa

Estou dormindo e do nada, escuto um estrondo alto e me assusto, sentando no chão, e me encolhendo rapidamente no canto e escuto passos em direção ao meu quarto.

Logo a porta é aberta e eu vejo ele...

-Enzo?

-Oi, amorzinho, tudo bem?

-O que você faz aqui? -Perguntei confusa e assustada, sem entender nada.

-O JP pediu para eu te buscar, ele falou que seu pai não pode desconfiar. -O olhei desconfiada.

-O JP? Meu JP? Te pediu alguma coisa?

-Sim, ele tá te esperando no morro, vem, eu te levo. -Não acreditei nem um pouco mas vamos ver até quando isso vai.

Fui com ele, ainda desconfiada e ele me acompanhou até lá em baixo, quando a gente estava fora dos portões da minha casa, eu sai correndo de perto dele, fui correndo em direção a guarita, infelizmente era bem longe, mas eu corri sem olhar pra trás, ouvi barulho de moto e não demorou muito eles estavam na minha frente, ia gritar, mas alguém me pegou por trás, colocando a mão na minha boca e me impedindo de gritar.

-A cadela é arisca. -Enzo comentou e me prendeu, jogou dentro de um carro e o carro saiu em disparada, gritava, mas não adiantava nada. -Cala a sua boca! -Ele falou e me deu um tapa na cara. -Pro morro! -O carro ia em disparada, percebi que não era em direção ao Alemão... Como eu queria ter me alimentado bem essas semanas, todas as minhas energias eu usei correndo... Agora já era.

Desmaiei.

Acordei sem saber a onde estava, ouvia vozes, tentava identificar a onde estava, era um quarto pequeno, sem acabamento, sem janelas, apenas uma porta de madeira. Estava em um colchão que fedia a mofo, velho e podre, e eu estava sem roupa.

Ouvi a porta se destrancar e Enzo entrar pela porta, tentei me cobrir, mas não adiantou muita coisa.

-Que delícia, meu Deus, o que acha de falar com o seu namoradinho? -Ele perguntou pegando o celular dele, estava desesperada, com medo, e uma vontade de chorar, mas não iria dar esse gostinho pra ele.

-JP? Amigão? É você?

-Quem é? -Estava no viva-voz.

-Amorzinho, acho que você tem que falar com ele, talvez ele lembre.

-JP! -Falei desesperada.

-Isa? Isabella!

-Amor... -Comecei a chorar, queria ele comigo.

-Você tá na Rocinha? Eu tô indo! Enzo, eu vou te matar!

-Boa sorte, enquanto você tenta, eu vou curtir um pouco ela, você já viu ela pelada? Pois eu estou vendo, e é uma linda vista. -E logo Enzo desligou.

-Me solta, Enzo, por favor. -Falei e ele riu.

-Sabe, eu espero por esse dia desde que te conheci. -Ele tira uma seringa do bolso, a seringa tinha um liquido meio amarelo âmbar, parecia gasolina.

-O que é isso? -Perguntei vendo ele se aproximar de mim com aquilo.

-Um negocinho pra te deixar calminha. -Ele falou e tentou injetar em mim, mas tentei bater nele e ele segurou minha mão, me olhando com raiva, infelizmente ele conseguiu me segurar e injetar.

Senti aquilo entrar no meu sangue e tudo começou a ficar em câmera lenta, só vi o Enzo começar a tirar a roupa e logo ele estava em cima de mim, senti uma dor horrível na minha intimidade, como se estivesse sendo rasgada, tudo estava em câmera lenta, menos minhas lágrimas. Sentia suas mãos passando pelo meu corpo inteiro com força, apertando, batendo, beliscando, não sentia meu corpo, como se não conseguisse me mexer e tudo sentia tudo muito intenso, tudo doía, o caminho que as mãos dele faziam já tinha ficado marcada, ouvia os gemidos asqueroso daquele homem e sentia meu corpo ficar sujo por fora e imundo por dentro, a única coisa que ainda estava no tempo normal são as lágrimas que caem em abundância.

Meu corpo já estava fraco, com aquela droga, depois daquilo, não aguentei... Apaguei novamente.

Acordei em movimento, estava em um carro, olhei pra janela tentando identificar alguma coisa e consegui... Era a fazenda da minha família. Aos 5 anos, eu e a Mavi passamos alguns fins de semana da nossa infância aqui, o Rafa nunca foi, mas a Mavi sim, até porque sempre fomos inseparáveis.

Senti o carro parar, conseguia me mexer, mas meu corpo todo dói.

-Pega ela logo. -Ouvi a voz do... Do meu pai?

Fechei os olhos para fingir estar desacordada e senti me pegarem sem delicadeza alguma, me carregaram durante um tempo e logo me jogaram em um chão duro, com brutalidade, o que fez eu bater a cabeça e senti bastante dor,

-Olha quem acordou. -Olhei pra frente meio zonza e vi meu pai me olhando e sorrindo.

-O que você quer de mim? Por que está fazendo isso? -Perguntei fraca e ele riu.

-Sabe... eu nunca esqueci a morte do Isaac, nunca mesmo. Eu sempre te culpei pela morte dele, você sabe e a culpe é realmente sua. -Ele falou. -Agora eu vou me vingar, vou te matar também. -Ele falou e arregalei os olhos. -Mas calma, filhinha, não é agora, quero que você morra sofrendo. -Ele falou e três caras altos, musculosos e com cara de mal apareceram. -Podem começar. -Ele falou e saiu do quarto, que eu acho que era o porão, os três sorriram maldosos e vieram pra cima de mim, implorei pra eles pararem, mas não adiantou, o inferno começou três vezes pior.

[...]

Eu não sei quanto tempo estou nesse lugar, perece anos. Depois dos três, vieram mais quatro, três juntos e um separado, que é o de agora... Fui estuprada por oito caras, esse é o último, ele é sadomasoquista, ou seja... Estou apanhando.

Eu grito, choro, imploro pra eles pararem mas eu pareço ser muda, ou eles são surdos, mas sinto que minhas forças estão acabando.

Ouvi a porta ser destrancada e Enzo estava no telefone, as coisas não estão muito claras pra mim, minha visão está turva e mal consigo enxergar, estou cansada tanto física quanto psicologicamente.

-Para ai, Mako. -O cara parou de me estuprar e me bater e saiu de cima de mim, saindo de dentro do quarto. -Amorzinho, seu namoradinho quer te ouvir, pra ter certeza que está viva.

-JP? -Minha voz cansada falou.

-Isa? Amor, eu vou te tirar daí.

-JP... -Eu tenho que sair daqui... -Eu tô na fazenda da minha família. -Falei rápido e Enzo me deu um tapa na cara.

-Eu vou te tirar daí, eu prometo.

-Boa sorte. -Enzo falou e desligou o meu celular, ele me olhou com raiva e saiu de dentro do quarto, logo... Dez caras entraram de uma vez e começaram a tirar a roupa, meus olhos se encheram de lágrimas e voltei a gritar por socorro, eles subiram em cima de mim e tudo ficou preto.

Aconteceu 1: Me Apaixonei Pelo Herdeiro do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora