CAP 73 - Eu deveria te dizer uma coisa antes, só que...

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Eu não disse que mesmo a história em pausa,  alguns capítulos podiam surgir?

Não  sou de guardar dinheiro,  então  imagine capítulos?  ...rs 

Gente, obrigada  pelas mensagens  de apoio.
Vocês  são  demais!

Bjs!

       @ @ @ @ @

Revisão  pendente. Muito pendente  mesmo!

CAP 73 - Eu deveria te dizer uma coisa antes, só que...

*ISA*

O som da campainha faz meu irmão descer as escadas em desespero. Só há duas pessoas nesse mundo capazes de deixa-lo com essa ânsia louca de atender o portão: minha cunhada; Luna, e o carinha da entrega de encomendas.

Mantenho meus olhos grudados nos cadernos e livros sobre a mesinha de centro da sala, assim que Gabriel passa varado por mim. Finjo estar concentrada para que não veja o sorriso enorme que carrego. Acho que quem está no portão não é nenhuma das pessoas que ele possivelmente espera.

Não demora muito para eu ouvir barulho de passos retornando para dentro de casa. E antes mesmo que o recém chegado surja na porta, sei que minha suspeita estava correta. Simplesmente porque Gabriel acaba de entrar marchando, ao invés de andando, e com uma enorme tromba na cara.

Carol acabou de chegar!

Não é novidade para ninguém que meu irmão não gosta nem um pouco da nossa prima.  Só que, por gostar muito da madrinha, ainda que não disfarce muito bem o seu desprazer em ter que respirar o mesmo ar que a filha dela , Gabriel normalmente costuma controlar a língua.  Mas talvez por estarmos sozinhos em casa, dessa vez é diferente.

Sem se importar com a discrição, ele coloca a língua para fora, e depois de sacudi-la
como a de uma cobra, murmura para mim:

Cuidado

Tenho certeza que não fui a única na sala a ouvi-lo. E acho que essa era a intenção. Provavelmente ao dar de cara com Carol, com os cabelos agora um pouco mais cumpridos depois da mudança de visual, e também presos em um traça embutida bem semelhante a que costumo usar, agravou a sua eterna desconfiança de que ela está aprontando alguma.

Seu humor está mais azedo do que o normal. Surpreendo-me ao ver que não impediu a entrada dela, já que nossos pais não estão em casa para lhe dar uma bronca, como na última vez em que etentou barra-la.

Resmungos e alguns palavrões podem ser ouvidos da sala, mesmo com Gabriel já no topo da escada. Fico impressionada ao notar que Carol não parece se incomodar com a situação.  Pelo contrário! Acho que ela se diverte sabendo que o irrita tanto.

—Eu queria entender a razão dessa implicância toda. — Confesso assim que ficamos sozinhas.

Carol encolhe os ombros, mostrando que também não tem muito ideia do motivo, enquanto descansa a mochila sobre o sofá menor da sala.  Acomodando-se em uma das pontas da mesinha onde uma parte do meu material da escola está, sem pressa, tenta organizar a bagunça que fiz, para só então levantar a hipótese:

— Acho que talvez ele aja assim, por ainda estar ressentido comigo.

— E por que ele estaria ressentido com você? — Pergunto confusa.

Eu me recordo do tempo em que Gabriel não nutria nenhuma aversão por ela. Porém não me lembro do que aconteceu depois que o fez mudar assim, tão drasticamente.

Amor à última vista Onde histórias criam vida. Descubra agora