Eram seis horas quando o despertador tocou, pulei da cama. Aquela segunda-feira seria o começo de uma nova etapa da minha vida.
Me formara há um ano, e, finalmente, conseguira um emprego numa das maiores empresas de arquitetura da cidade, U&H. Era um sonho.
Vesti uma camisa meia manga branca e uma calça social preta, apesar do imenso calor que fazia. Deveria parecer uma pessoa séria e respeitável no meu primeiro dia, não?
Depois de meia hora presa no congestionamento e naquele carro recém comprado e sem muito conforto, finalmente cheguei à U&H.
O escritório ocupava todo o 21º andar de um prédio enorme em Manhattan.
Respirei fundo e dei uma última ajeitada em meu cabelo enquanto o elevador subia até o trabalho dos sonhos.
Dulce: Bom dia, Anahí! – Cumprimentou-me da recepção – O Sr. Uckermann já está te esperando na sala dele. Venha comigo, por favor. – E eu fui com ela pelos corredores espelhados, até pararmos em frente a uma porta de marfim.
A ruiva simpática, que incrivelmente lembrava o meu nome, era algo como uma secretária/faz tudo, e Uckermann era um dos sócios da empresa.
Christopher: Pode entrar. – Anunciou a voz grave quando Dulce deu uma leve batida na porta.
Dulce: Boa sorte com o seu primeiro dia. – Sorriu-me, e então voltou para a sua mesa na recepção.
Não vou mentir, estava nervosa. Ele era um dos mais renomados arquitetos, e eu uma mera iniciante.
Anahí: Com licença. – Pedi, entrando na sala. O vi sentado à sua mesa, observando alguns papéis. A sala era ampla, clara, e a decoração de um bom gosto incrível.
Christopher: Anahí Portilla. – Disse levantando o rosto para encarar-me – Como está?
Anahí: Estou bem, obrigada. É realmente uma honra trabalhar aqui na U&H. – Disse sincera. Ele sorriu, simples.
Christopher: Espero que construa uma longa carreira aqui. – Apontou-me a cadeira em frente à mesa – Sente-se. – Pediu-me – Maite já acertou tudo com você, certo?
Anahí: Sim. – Assenti. Maite era do RH. Fora ela quem me ligara avisando da contratação. Havíamos nos encontrado algumas vezes, já lhe entregara todos os documentos necessários e o contrato já estava fechado.
Christopher: Certo. Pedi para que viesse até a minha sala porque gosto de conhecer meus funcionários. Quero que se sinta a vontade para me perguntar o que quiser.
Anahí: Assim que forem surgindo dúvidas eu perguntarei. Acredito que tenho muito a aprender com o senhor, Sr. Uckermann.
Christopher: Christopher, por favor.
Anahí: Claro, Christopher.
Alfonso: Que calor infernal! – Reclamou a voz ecoando pela sala. Christopher rolou os olhos.
Christopher: Estou ocupado, Alfonso.
Alfonso: Percebi. – Disse sem me dar qualquer atenção. Alfonso Herrera Rodríguez, o outro sócio da U&H, um arquiteto tão bom quanto Christopher, mas pelo visto, muito mais antipático que ele. – Mas eu quero falar com você. – Christopher bufou, olhando-me com certo constrangimento.
Christopher: Anahí, vou pedir que Dulce te acompanhe até a sua mesa. – Até a minha mesa. Óbvio, seria muita pretensão pensar em ter uma sala.
Alfonso: Então você é a nova funcionária? – Perguntou-me sem muito interesse enquanto Christopher falava com Dulce pelo telefone. Senti que estava parado logo atrás de mim. Virei-me da cadeira para respondê-lo, no entanto, não pude.
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Palavras, apenas palavras
FanfictionPalavras podem ferir, ou podem te fazer a pessoa mais feliz do mundo. Uma simples palavra é capaz de te levar ao céu, ou te atirar sem piedade ao inferno. Elas podem ser motivo de alegria, ou do mais doloroso choro. Palavras prometem, aliviam, engan...