Droga, Anahí! E mais uma vez você e a sua boca grande falaram mais do que deviam.
Anahí: Mas eu não sinto. Foi só um comentário.
Alfonso: Um comentário derivado do ciúme exacerbado que sente. – Disse, e tinha certeza que naquele momento ele devia estar se achando a última coca-cola do deserto.
Anahí: Eu não sinto ciúmes, e muito mesmo exacerbado. – Retruquei, e vi que ele procurava algum lugar para estacionar o carro.
Alfonso: Adiantaria se eu dissesse que ultimamente não tenho olhos para nenhuma outra que não seja você.
Anahí: Você não sente nenhuma espécie de peso na consciência quando mente assim? – Perguntei divertida. E então o carro parou. Alfonso desceu, e em seguida abriu-me a porta. A minha pergunta não teve qualquer resposta, e eu achei que não teria, considerando que ficamos em silêncio enquanto andávamos as duas quadras que nos separavam do tal prédio.
Alfonso: Por mais que não acredite, eu gosto mesmo de você. – Disse, me pegando completamente desprevenida. Eu estaquei, parando na porta daquele apartamento. Alfonso tirou a chave do bolso e a abriu, colocando-se à minha frente. – E eu queria que você, por pelo menos um dia, baixasse um pouco a guarda e me deixasse mostrar isso. – Prendi a minha respiração. O que eu estava sentindo? Aquele homem estava me deixando completa e absurdamente apaixonada. Diante da minha mudez, ele se aproximou, ficando a poucos centímetros de mim. Estava perto demais, e eu confusa demais. Sua boca vinha na direção da minha, seus olhos prendiam-se aos meus como se me hipnotizassem.
Anahí: Alfonso – Consegui finalmente falar – Nos conhecemos a menos de uma semana. – Meneei a cabeça.
Alfonso: Quando eu coloquei os olhos em você senti que era especial.
Anahí: Não diga mentiras. – Insisti. Tinha medo daquilo que sentia. Era algo tão forte. Algo que eu desconhecia.
Alfonso: Isso parece mentira pra você? – Perguntou levando uma de minhas mãos até o seu peito. Pude sentir que o coração dele batia rápido, talvez tanto quanto o meu.
Diante daquilo eu apenas meneei a cabeça em um não mudo. Alfonso sorriu, levando a mão que tinha livre até o meu rosto e eu fechei meus olhos, sentindo o hálito quente dele tocando-me a face.
Meu coração pulava sob meu peito, e eu começava a dar vazão àquilo que sentia, mandando a razão ao inferno e permitindo-me apenas sentir.
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Palavras, apenas palavras
FanficPalavras podem ferir, ou podem te fazer a pessoa mais feliz do mundo. Uma simples palavra é capaz de te levar ao céu, ou te atirar sem piedade ao inferno. Elas podem ser motivo de alegria, ou do mais doloroso choro. Palavras prometem, aliviam, engan...