Deixei que a água gelada caísse intensamente sobre meu corpo, e quando saí do banho já me sentia bem melhor. O mal estar havia passado e aquela sensação de embriaguez já não era tão intensa.
Quando fui para o quarto vi que Poncho me esperava com um pedaço de bolo na mão.Anahí: O que é isso?
Alfonso: Bolo de chocolate! Vai dizer que nunca comeu um? - Brincou.
Anahí: Onde arrumou isso a essa hora?
Alfonso: Liguei para o serviço de quarto. Acho que eles quiseram me matar, mas ainda assim trouxeram um pedaço de bolo. - Eu o olhava num misto de perplexidade e encantamento - Você precisa de um pouco de glicose. - Esticou-me o prato que estava em sua mão - Consegue comer?
Anahí: Consigo. - Sorri, sentando-me à mesa que havia no quarto. - Eu estou te dando muito trabalho né?
Alfonso: Só um pouquinho. - Respondeu divertido.
Anahí: Hm! Isso está delicioso! Quer? - Ele aceitou com um sorriso no rosto. Um sorriso que me encantava.
Terminei de comer praticamente em silêncio, ora ou outra trocávamos algumas palavras, mas nada muito relevante ou que gerasse uma conversa. Durante todo o tempo estive pensando no que teria acontecido caso aquelas pessoas não tivessem chegado no bar, ou caso Zuria não tivesse engravidado, ou talvez, caso Alfonso não fosse casado, ou quem sabe, caso nós dois tivéssemos nos conhecido aos 17 anos. E quanto mais tempo eu perdia olhando para ele, mais eu tinha a certeza de que era ele e ninguém mais. Dizem que é difícil encontrar o amor, e vejam só, eu o encontrei e teria que deixá-lo partir.
Anahí: Acho que agora eu já posso ir para o meu quarto e te deixar dormir. - Disse, me levantando. Ele não respondeu, apenas sorriu e se levantou também. - Então... Boa noite. - Me aproximei dando-lhe um leve e tímido abraço. Ele retribuiu da mesma forma.
Alfonso: Durma bem, Any. - Acompanhou-me até a porta. Pude olhar uma última vez em seus olhos confusos antes que ele fechasse a estrutura de madeira. Então a passos lentos caminhei para o meu quarto.
Fitando o chão, minha mente ainda estava confusa e com aquela sensação de que eu havia perdido o homem da minha vida. Quando toquei a maçaneta de meu quarto, senti uma mão quente segurar-me os ombros. Assim que me virei me deparei com os olhos verdes de Alfonso, tão confusos e intensos quanto antes.
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Sugestão de música para a cena: Levi Kreis - I Should Go
(http://www.youtube.com/watch?v=jIECEAETDFk)
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"Here we are, isn't it familiar?
Aqui estamos nós, isso não é familiar?"
Alfonso: Any... - Encarava-me e eu estremecia ao sentir suas mãos deslizando dos ombros para meus braços - Eu preciso de você - Murmurou. No mesmo instante em que eu o ouvi dizer aquilo, uma onda de fragilidade invadiu meu corpo. Deus, eu também precisava dele. Precisava muito. Envolvendo meus braços em seu pescoço, eu aproximei nossos corpos, fitando-o, enquanto sentia sua respiração pesada batendo-me à face.
"And it's strange all we have in common
E é estranho tudo o que temos em comum
And your company was just the thing I needed tonight
E a sua companhia era tudo o que eu precisava essa noite"
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Palavras, apenas palavras
FanfictionPalavras podem ferir, ou podem te fazer a pessoa mais feliz do mundo. Uma simples palavra é capaz de te levar ao céu, ou te atirar sem piedade ao inferno. Elas podem ser motivo de alegria, ou do mais doloroso choro. Palavras prometem, aliviam, engan...