Anahí fora bastante clara, se eu quisesse tê-la, deveria ser inteiramente dela, sem Zuria, sem ninguém mais. Era uma decisão difícil a ser tomada, mas a verdade é que cada dia sem Anahí era um tormento. Precisava dos beijos dela, do toque suave da sua pele, dos sorrisos espontâneos, das palavras de afeto. Sentia falta de sentir-me vivo como eu me sentia quando estava ao lado dela e, sinceramente, eu não conseguia mais conviver com a sua ausência.
Restava-me agora saber exatamente como faria. Não podia simplesmente chegar para a minha esposa e dizer ‘Olha, amor, estou apaixonado por outra e por isso quero o divórcio’, não quando ela acreditava que o nosso casamento era perfeito. Tinha que agir com calma para magoá-la o mínimo possível.
Zuria: Poncho... – Chamou-me entrando em minha sala.
Alfonso: Sim?
Zuria: Não me sinto muito bem, acho que vou pra casa, se importa?
Alfonso: O que você tem? O que sente? – Levantei-me caminhando até ela.
Zuria: Acho que minha pressão caiu, só isso.
Alfonso: Quer que eu te leve ao médico?
Zuria: Não precisa, tenho uma consulta marcada para sexta-feira, então não vejo porque ir ao médico hoje.
Alfonso: Tem certeza?
Zuria: Sim, não se preocupe. Eu só preciso descansar.
Alfonso: Quer que eu te leve pra casa?
Zuria: Não, eu já chamei um táxi. Não se preocupe.
Alfonso: Tá legal, mas qualquer coisa me ligue. – Ela se aproximou dando-me um demorado selinho.
Zuria: Nos vemos mais tarde.
Vejamos, Zuria não estava muito bem, ou seja, aquele seria um mau dia para que eu falasse com ela. Era fato, teria que esperar.
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Palavras, apenas palavras
FanfictionPalavras podem ferir, ou podem te fazer a pessoa mais feliz do mundo. Uma simples palavra é capaz de te levar ao céu, ou te atirar sem piedade ao inferno. Elas podem ser motivo de alegria, ou do mais doloroso choro. Palavras prometem, aliviam, engan...