Capítulo 75 - Anahí's POV

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Sugestão de música para o capítulo: Ne-Yo - Hate That I Love You

http://www.youtube.com/watch?v=iyGRL5OhlKQ&feature=player_embedded


- Senhorita Portilla? - Ouvi-o repetir no interfone. Meu Deus, eu não conseguia responder. Não era possível que ele estivesse ali. O que ele poderia querer comigo? - Posso deixá-lo subir?


Anahí: P-pode. - Respondi hesitante. Na verdade eu nem sei porque o deixara subir. Tinha medo do que eu pudesse sentir quando o visse. Não queria constatar que ainda o amava, que ainda o que queria mais que tudo. Mas se ele fora até mim era porque tinha alguma coisa importante para falar, certo? Convencia-me disso para justificar a verdade inegável: eu queria vê-lo, eu sentia saudades, e aquilo era inaceitável!


Por Deus, minha vida estava finalmente voltando ao normal e antes mesmo de revê-lo eu já sentia falta da tempestade que ele causava em mim e nos meus dias. Não é nada justo existir alguém que tenha tamanho poder sobre você!

Ridiculamente, ele ainda me causava toda aquela ansiedade e aquele frio na barriga.


Quando a campainha tocou, meu coração acelerou ainda mais, se é que era possível.


Anahí: Alfonso - Disse quando abri a porta - O que você quer aq... - Fui interrompida.


Alfonso: Que porra é essa, Anahí? - Mostrou-me a foto minha que Ian tirara pela manhã. Eu fiquei muda, encarando-o. Alfonso arfava. As veias de seu pescoço estavam saltadas e era quase possível ver o sangue pulsando acelerado ali. - Só amigos? SÓ AMIGOS? - Repetiu quase gritando.


Eu demorei um tempo para assimilar direito o que estava acontecendo ali. Aquilo era tão... Inacreditável. Arregalei os olhos, perplexa. Ele estava me exigindo explicações? Era isso? Estava transtornado por eu ter conseguido seguir em frente? Quanto egoísmo! Que coisa mais mesquinha. Será que eu não tinha o miserável direito de tentar ser feliz? Ele não podia achar que era dono da minha vida.


"And I hate how much I love you boy

E eu odeio o quanto te amo, menino

I can't stand how much I need you

Eu não suporto o quanto preciso de você"


Respirei o mais fundo que pude, sentindo a raiva começando a correr como veneno em minhas veias, acabando com todo o torpor de segundos atrás. E não, eu não iria tentar me controlar. Se ele tinha ido até ali, agora ele teria que ouvir tudo o que estava entalado em minha garganta. Se era uma ceninha que ele queria, ele havia conseguido.


Anahí: Quem você pensa que é para se meter na minha vida desse jeito? - Disse no mesmo tom que ele, quase aos berros.


Alfonso: Você e o meu irmão! Merda, estava na minha cara e eu me recusava a acreditar. - Passou as mãos no rosto, transtornado.


Anahí: Alfonso, como você é ridículo! Dane-se com quem eu estou ou não! Isso não é da sua conta!

Palavras, apenas palavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora