Anahí: Obrigada pelo jantar. – Agradeci.
Alfonso: Nos vemos amanhã. – Disse para em seguida dar-me um beijo demorado na bochecha. Meus olhos se fecharam no exato momento em que os lábios dele tocaram o meu rosto. E por pouco, mas por muito pouco, eu não soltei um daqueles suspiros apaixonados. Oh meu Deus, devo estar com febre. – Até mais. – Completou. Eu me despedi com um sorriso e dei-lhe as costas antes que a Anahí descontrolada que morava dentro de mim dissesse ‘Olá bonitão, eu estou aqui’ e o atacasse.
Quando cheguei ao escritório na quinta pela manhã, todos pareciam estar em festa. Havia um grupo de pessoas paradas na recepção, conversando alta e alegremente.
Anahí: Bom dia. – Disse e vi Dulce saindo do meio daquele bolo de pessoas e vindo até mim.
Dulce: Bom dia, Anahí! – Sorriu, e uma moça de cabelos negros e olhos claros se aproximou de nós duas. – Essa é Anahí, Angel. – Anunciou. – Ah sim, Angelique, havia esquecido que ela voltaria hoje.
Angelique: Bem-vinda a essa loucura, Anahí! – Disse simpática.
Dulce: Ela está voltando de Paris. Ah meu Deus, trouxe tantas coisas. – Tagarelou empolgada. E aí eu entendi o motivo de tanto alvoroço.
Alfonso: Bom dia, garotas. – A voz incrivelmente sexy entrou pelos meus ouvidos. Ele largou a pasta sobre o balcão e quando eu pensei que ele vinha até mim, ele agarrou Angelique, levantando-a num abraço super apertado. Meu peito se rasgou. Quem eu deveria estrangular? Ela ou ele? Ou quem sabe eu devesse enfiar a minha cabeça no vaso, porque aquele ciúme descabido não fazia o menor sentido
Angelique: Poncho! Meu Deus, tudo isso é saudade? – Epa, Poncho, é?
Alfonso: Claro que sim, minha flor. – Minha flor? Ele a colocou no chão, mas suas mãos continuaram em volta da cintura dela. Argh. Eu juro que nunca senti nada parecido com aquilo que eu estava sentindo. Nem quando uma das minhas amigas da faculdade roubara o meu sapato vermelho favorito. – Almoça comigo hoje? – Eu não podia suportar aquilo. Ele estava chamando a tal para almoçar. E o pior é que ela aceitou. Aquilo foi o bastante para mim. Fui para a minha sala controlando-me para não sair xingando e batendo os pés. Sei que devem estar me achando dramática, infantil ou o que seja, mas entendam, eu estava criando certas expectativas a respeito de Alfonso. Infelizmente, eu estava.
Durante a tarde toda não vi mais Alfonso, e a tal Angelique também não apareceu na sala que era nossa. E foi até melhor que não aparecesse, não tenho certeza se eu conseguiria ser assim, simpática com ela.
Anahí: Tchau, Dulce. – Despedi-me. Logo saí por aquela porta e tomei o elevador.
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Palavras, apenas palavras
FanfictionPalavras podem ferir, ou podem te fazer a pessoa mais feliz do mundo. Uma simples palavra é capaz de te levar ao céu, ou te atirar sem piedade ao inferno. Elas podem ser motivo de alegria, ou do mais doloroso choro. Palavras prometem, aliviam, engan...