Capítulo 41 - Anahí's POV

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Por mais que estivesse com raiva dele, ouvir aquilo fez-me estremecer. Eu não sabia se devia acreditar nele, ou melhor, eu sabia que não devia. Mas por mais que eu quisesse dizer alguma coisa eu não conseguia.

Alfonso: E isso jamais tinha acontecido comigo. Eu não sei lidar com isso, Anahí.

Anahí: Aposto que traindo a sua mulher e me enganando não é a maneira correta de lidar com essa situação. – Disse amarga, contrariando a vontade absurda que eu tinha de dizer para ele o quanto eu também estava apaixonada. Se posso definir meu coração em uma palavra eu diria burro. Mas, por sorte, minha razão se fazia muito mais presente naquele momento.

Alfonso: Eu não tive a intenção de enganar você. – Sua voz estava fraca, mas não o suficiente para que eu sentisse pena.

Anahí: Mas enganou.

Alfonso: Eu sei. E te devo desculpas.

Anahí: Desculpas não aceitas. Agora podemos encerrar essa conversa. – Passei por ele ameaçando sair da sala, mas ele segurou meu braço, obrigando-me a ficar. E pior, obrigando-me a sentir o toque quente dele sobre minha pele. 

Alfonso: Eu sinto a sua falta. – Disse olhando-me nos olhos. E, por Deus, eu também sentia.

Anahí: Lamento, mas você vai precisar aprender a conviver com isso.

Alfonso: Eu não quero perder você. – Continuou, ignorando o que eu falara. E suas mãos traziam-me cada vez para mais perto de si, mais um pouco e nossos corpos estariam colados. Tudo o que ele falava, todo aquele contato fazia meu coração disparar consideravelmente, mas eu não podia vacilar diante dele, deveria ser forte o suficiente para colocar um ponto final naquilo. 

Anahí: Você já me perdeu, Alfonso. – Disse, tentando parecer convincente – Ou você pensou que eu me sentiria confortável no papel de amante?

Alfonso: Se eu deixasse Zuria, você ficaria comigo? – Perguntou, e aquilo sim me pegou desprevenida.

Anahí: Você não faria isso. 

Alfonso: E se eu fizesse? – Insistiu.

Anahí: Não vou me ater a suposições, quando você fizer, nós voltamos a conversar. – Disse liberando-me de suas mãos e saindo daquela sala antes que eu me atirasse em seus braços.

Naquele dia descobri um autocontrole que nem eu mesma sabia que tinha.

Palavras, apenas palavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora