Por mais que estivesse com raiva dele, ouvir aquilo fez-me estremecer. Eu não sabia se devia acreditar nele, ou melhor, eu sabia que não devia. Mas por mais que eu quisesse dizer alguma coisa eu não conseguia.
Alfonso: E isso jamais tinha acontecido comigo. Eu não sei lidar com isso, Anahí.
Anahí: Aposto que traindo a sua mulher e me enganando não é a maneira correta de lidar com essa situação. – Disse amarga, contrariando a vontade absurda que eu tinha de dizer para ele o quanto eu também estava apaixonada. Se posso definir meu coração em uma palavra eu diria burro. Mas, por sorte, minha razão se fazia muito mais presente naquele momento.
Alfonso: Eu não tive a intenção de enganar você. – Sua voz estava fraca, mas não o suficiente para que eu sentisse pena.
Anahí: Mas enganou.
Alfonso: Eu sei. E te devo desculpas.
Anahí: Desculpas não aceitas. Agora podemos encerrar essa conversa. – Passei por ele ameaçando sair da sala, mas ele segurou meu braço, obrigando-me a ficar. E pior, obrigando-me a sentir o toque quente dele sobre minha pele.
Alfonso: Eu sinto a sua falta. – Disse olhando-me nos olhos. E, por Deus, eu também sentia.
Anahí: Lamento, mas você vai precisar aprender a conviver com isso.
Alfonso: Eu não quero perder você. – Continuou, ignorando o que eu falara. E suas mãos traziam-me cada vez para mais perto de si, mais um pouco e nossos corpos estariam colados. Tudo o que ele falava, todo aquele contato fazia meu coração disparar consideravelmente, mas eu não podia vacilar diante dele, deveria ser forte o suficiente para colocar um ponto final naquilo.
Anahí: Você já me perdeu, Alfonso. – Disse, tentando parecer convincente – Ou você pensou que eu me sentiria confortável no papel de amante?
Alfonso: Se eu deixasse Zuria, você ficaria comigo? – Perguntou, e aquilo sim me pegou desprevenida.
Anahí: Você não faria isso.
Alfonso: E se eu fizesse? – Insistiu.
Anahí: Não vou me ater a suposições, quando você fizer, nós voltamos a conversar. – Disse liberando-me de suas mãos e saindo daquela sala antes que eu me atirasse em seus braços.
Naquele dia descobri um autocontrole que nem eu mesma sabia que tinha.
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Palavras, apenas palavras
FanfictionPalavras podem ferir, ou podem te fazer a pessoa mais feliz do mundo. Uma simples palavra é capaz de te levar ao céu, ou te atirar sem piedade ao inferno. Elas podem ser motivo de alegria, ou do mais doloroso choro. Palavras prometem, aliviam, engan...