Anahí: Muito. – Encarei as mãos por um momento, meneando a cabeça – Me diga uma coisa, essas cantadas costumam funcionar pra você? – E eu sabia que sim, elas deviam funcionar com a maioria das mulheres. E embora eu estivesse embasbacada com aquele homem, elas não funcionariam comigo.
Alfonso: Me diga você. Elas estão funcionando?
Anahí: Não.
Alfonso: Você seria uma exceção então?
Anahí: E você uma regra.
Alfonso: Uma regra? – Repetiu arqueando a sobrancelha.
Anahí: Sim, a maioria dos homen é exatamente como você.
Alfonso: Ah é? – Pareceu-me ultrajado – E como você acha que eu sou?
Anahí: Esqueça. – Disse voltando a encarar as mãos.
Alfonso: Vamos, Anahí. Fale.
Anahí: Por que quer saber?
Alfonso: Porque não gosto de coisas pela metade. Você começou, agora termine. – Eu arregalei os olhos. Eu não terminaria coisa nenhuma. – Vamos, Anahí. – Insistiu.
Anahí: Desses que só porque são bonitos acham que meia dúzia de palavras galantes podem fazer qualquer mulher se derreter. – Soltei de uma só vez. Devo confessar que quando estava nervosa, e esse era o caso, eu falava coisas impensadas.
Alfonso: Então você me acha bonito? – Virou-se para mim, encarando-me, enquanto esperava o semáforo abrir.
Anahí: Eu não disse isso. Disse que você acha que é bonito.
Alfonso: Então você me acha feio? – Perguntou com uma pequena careta.
Anahí: Eu também não disse isso. Ah, por Deus. – Disse esbaforida. Sentia meu rosto queimar. Isso era ridículo. Me portava como uma adolescente apaixonada perto dele, e eu definitivamente não era assim.
Alfonso: Eu acho que você gosta de mim. – Cantarolou num tom convencido.
Anahí: Está louco, ou o que? – Revirei os olhos – Eu mal te conheço, Sr Herrera.
Alfonso: Pode conhecer se quiser. – E para a minha sorte ele parou o carro naquele estacionamento. Eu praticamente saltei para fora do veículo, e percebi que ele vinha andando apressado até mim. – E aí? O que me diz? – Eu não respondi, apenas bufei enquanto apertava cada vez mais o passo até o elevador. – Hey! – Segurou-me pelo braço e me virou para ele. – Eu estava só brincando, okay? Não precisa ficar braba! – Acontece que eu não estava braba com ele, apesar de achar suas atitudes ridículas, estava braba comigo, por eu ser tão suscetível à ele.
Anahí: Eu não estou braba.
Alfonso: Parece estar. – Disse e seus olhos estavam fixos nos meus.
Anahí: Mas não estou. Só que, por favor, se foque mais no trabalho e menos nas suas brincadeiras.
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PS: Editei o capítulo anterior. Tem uns parágrafos a mais. Desculpem a demora!
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Palavras, apenas palavras
FanficPalavras podem ferir, ou podem te fazer a pessoa mais feliz do mundo. Uma simples palavra é capaz de te levar ao céu, ou te atirar sem piedade ao inferno. Elas podem ser motivo de alegria, ou do mais doloroso choro. Palavras prometem, aliviam, engan...