Não posso negar que haviam segundas, terceiras e quartas intenções na minha atitude. Essa era a Anahí instintiva tomando conta. Aquela que por pouco não atacou Alfonso numa das primeiras vezes que nos vimos.
Quando ele falou que tinha um apartamento ali eu não imaginei que fosse a cobertura. Era imenso, bem decorado, e acompanhando o visual de todo o prédio os móveis eram robustos e imponentes, nada muito contemporâneo.
Alfonso: Juro que te ofereceria algo para comer se a geladeira não estivesse vazia.
Anahí: Por que mantém um apartamento tão lindo fechado? Por que não se muda pra cá?
Alfonso: É longe demais do trabalho. E aqui é como se fosse o lugar aonde eu fujo da realidade.
Anahí: Percebe-se. Parece um daqueles lugares que só existem na imaginação. – Comentei – Você tem um indiscutível bom gosto.
Alfonso: Obrigado, milady. – Disse divertido – Quero te mostrar algo. – Continuou puxando-me pela mão. Mas eu não fui com ele, me mantive imóvel. – O que? – Perguntou-me confuso.
Anahí: Agora não. – Falei para depois estreitar meu corpo ao dele, roçando nossos lábios. Ele esperou sem mover um só músculo – Pensei em fazermos outra coisa agora. – Realmente a Anahí instintiva e descontrolada estava me dominando. Mas a essa altura a Anahí não tão descontrolada assim queria exatamente o mesmo que a outra.
Alfonso me olhou desconfiado, deixando um sorriso de canto extremamente sedutor aparecer em seus lábios. Então antes que ele falasse qualquer coisa eu me adiantei invadindo sua boca. E ele obviamente entendendo a minha clara intenção, envolveu seus braços em minha cintura, segurando-me com força e dando àquele beijo um ritmo quase frenético.
O beijo dele era como um vício para mim, não conseguia descolar-me de seus lábios e quanto mais tempo durava, menos eu queria interrompê-lo. Senti as mãos de Alfonso se arrastarem por minhas costas, adentrando os meus cabelos e só quando ele os puxou meus lábios se afastaram dos dele. Ele encarou-me, levemente ofegante. Via em seus olhos o mesmo desejo que eu sentia. Naquele segundo tudo o que precisávamos era um do outro.
Alfonso: Tem certeza? – Perguntou num gesto claro de cavalheirismo, enquanto seus lábios tocavam levemente a minha maxilar. Se eu não tivesse certeza, aquilo certamente me convenceria. Minha resposta, todavia não veio em palavras. Simplesmente arrastei minhas mãos por seu peito, migrando para o seu ombro e tirando o seu paletó. E enquanto o sentia morder meu pescoço, desabotoei vagarosamente os botões da camisa branca que usava. Com aquela peça aberta afastei-me um pouco para presentear meus olhos com seus músculos bem definidos. Aquilo era capaz de roubar-me a respiração, por Deus, podia mesmo existir um homem tão perfeito? – Também tenho direito de me divertir um pouco, não? – Disse-me com um sorriso no canto dos lábios, provavelmente se referindo ao olhar repleto de luxúria que eu punha sobre ele. Sendo assim, ele abriu tão violentamente a camisa que eu usava que alguns botões saltaram, rolando pelo chão. Seus braços envolveram-me por baixo de minha roupa e sua boca buscou a minha.
Enquanto nossas línguas se saboreavam num beijo intenso o senti deslizar as mãos por minhas costas, subindo gradativamente pela lateral do meu corpo e enfim, alcançando meus seios. Arfei quando ele tocou meus mamilos, introduzindo dois dedos em meu sutiã.
A boca quente e macia de Alfonso separou-se da minha para apoderar-se de meu pescoço, detendo-se em meu colo. Nessa altura suas mãos já estavam no meu quadril, pressionando meu corpo ao dele, fazendo com que eu sentisse o quanto me queria. Logo, elas desceram por minhas coxas, e voltaram a subir pelo meu corpo levando minha saia consigo. Num impulso, ele me induziu a enlaçar as pernas em sua cintura, e aí o senti ainda mais próximo. E aquilo me enlouquecia, jamais fora tomada por um desejo tão grande. Era como se precisasse senti-lo mais do que preciso do ar em meus pulmões. E daquela maneira ele nos conduziu a um cômodo que provavelmente era uns dos quartos daquele apartamento.
Ele deixou-me deitada na cama e antes que eu pudesse cogitar qualquer coisa tirou os próprios sapatos e a calça e deitou-se sobre mim. Agarrei-me a ele quando senti seu peso sobre meu corpo. Inebriada e complemente ensandecida, eu cravei minhas unhas nas costas dele e ele passou a mover-se, instigando-me, e ainda que a sensação fosse maravilhosa, já não era o suficiente. Pelo visto para ele também não, considerando a velocidade que ele se afastou, abrindo a minha saia e a arremessando longe. E então aquela perfeição de homem me puxou para o seu colo, e um baixo gemido inevitavelmente saiu de minha boca ao sentir sua intimidade em contato com a minha. Minhas pernas envolveram o corpo dele, trazendo-o ainda mais para mim a medida que seus lábios ameaçavam tocar meus seios.
Com grande maestria ele se livrou de meu sutiã, e seus olhos pararam sobre meu corpo. Provavelmente ver algum homem me olhar da maneira que Alfonso estava me olhando me deixaria constrangida, mas eu estava tão envolvida em tudo o que acontecia entre nós dois, que o máximo que aquele olhar me causava era ainda mais desejo.
Alfonso: Você é perfeita. – Disse-me trazendo as mãos que estavam em minhas costas para o meu rosto. Eu até iria responder algo como ‘Você que é’, mas não consegui, considerando a sensação extremamente prazerosa que tomou conta de meu corpo quando ele abocanhou meu seio direito. Eu afundei minha mão em seus cabelos, pressionando seu rosto contra o meu corpo, enquanto o sentia sugar levemente o meu mamilo. E com o tempo aquilo se tornou mais intenso. E eu já não queria esperar para ser dele, inteiramente dele.
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Palavras, apenas palavras
FanfictionPalavras podem ferir, ou podem te fazer a pessoa mais feliz do mundo. Uma simples palavra é capaz de te levar ao céu, ou te atirar sem piedade ao inferno. Elas podem ser motivo de alegria, ou do mais doloroso choro. Palavras prometem, aliviam, engan...