Alfonso: Segura pra mim. – Pedi, e ela pareceu soltar-me um olhar que eu interpretei como descaso e não moveu sequer um dedo. Por sorte eu enfiei a mão para dentro do elevador antes que a porta fechasse. – Obrigado. – Agradeci debochado.
Anahí: Não há de que. – Respondeu-me da maneira mais seca que eu já a ouvira falar.
Alfonso: Algum problema? – Perguntei. Ela pareceria bem estressada.
Anahí: Nenhum.
Alfonso: E por que essa cara então?
Anahí: Não tem cara nenhuma, Alfonso. Eu só estou cansada. – Disse irritada. Era óbvio que ela estava irritada, só me restava saber se era comigo.
Alfonso: Ah vamos lá. Pode se abrir comigo. – Ela rolou os olhos – O que aconteceu? – Ela não respondeu. O elevador chegou ao térreo e ela saiu sem nem se dar ao trabalho de despedir-se. Claro que eu não a deixaria ir assim – Hey, Any. – A chamei.
Anahí: Não me chame assim! – Esbravejou, virando-se para encarar-me.
Alfonso: Okay! – Levantei as mãos em defesa – Não precisa morder. Agora me diga, o que houve?
Anahí: Por que quer saber? – Cruzou os braços parando no meio da calçada.
Alfonso: Porque me preocupo com você. – Disse apenas.
Anahí: Tá bom! – Soltou enquanto gargalhava. Uma gargalhada cheia de ironia.
Alfonso: Falo sério. – Rebati.
Anahí: Me deixe em paz. – Pediu com um bico engraçado no rosto, e então voltou a dar-me as costas. Mas dessa vez eu me adiantei e parei à sua frente, impedindo que continuasse andando. – Alfonso! – Bufou, e eu me dei conta de como ela ficava especialmente bonita quando estava nervosa.
Alfonso: Anahí, eu só quero saber o que houve.
Anahí: Mas caramba! Por que quer tanto saber? Eu não vou te contar. – Suspendi a sobrancelha encarando-a. Se ela não queria me contar de duas uma, ou era algo muito sério, ou era algo relacionado a mim. Arrisquei na segunda opção.
Alfonso: O que foi que eu fiz?
Anahí: Nasceu. – Respondeu amarga.
Alfonso: E só o fato de eu ter nascido já te deixa assim? Okay, me desculpe. Vou repreender meus pais por isso.
Anahí: Não seja ridículo.
Alfonso: Então me fale o que está te incomodando. Além do fato de eu ter nascido, é claro.
Anahí: Alfonso por que se preocupa? Por que insiste tanto? Por que não volta para as suas amiguinhas e me deixa em paz? – Mas como você é burro, Alfonso. É claro, a minha doce Anahí estava com ciúmes. Que adorável.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Palavras, apenas palavras
FanfictionPalavras podem ferir, ou podem te fazer a pessoa mais feliz do mundo. Uma simples palavra é capaz de te levar ao céu, ou te atirar sem piedade ao inferno. Elas podem ser motivo de alegria, ou do mais doloroso choro. Palavras prometem, aliviam, engan...