Capítulo 11

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De noite senti um enformigar lá em baixo. Comecei a rir sozinha na cama. Larissa roncava. A televisão continuava ligada na galinha pintadinha e o galo carijó. Juro que mesmo com aquelas músicas repetitivas e enjoativas sentia uma excitação crescendo dentro de mim.
Toda vez que lembrava do que tinha feito com Eros, minha buceta literalmente piscava. E eu ficava tão eufórica que ficava com as bochecas vermelhas e me faltava ar. Meus olhos se arregalavam. Eu os revirara. E um sorriso rasgava meu rosto.
Minha mãe perguntou se estava tudo bem durante o jantar. Eu apenas disse que tudo normal.
Animada, dormi pouco. Acordei mais cedo e corri para debaixo do chuveiro. Minha duxa elétrica, que ano passado pegou fogo, pequena, o branco do plástico amarelado, me fazia lembrar do chuveiro do Eros. Bati a gilete no box. Raspei tudo. Fiquei lisinha. Às vezes tinha que me controlar para não cantar mais alto.
Eros me prometeu uma sessão de cinema especial. Só nós dois. Eu iria chupar o seu pauzão. Queria ele na minha boca. Queria chupar a cabeça até ela ficar roxa. Eu ria sozinha. Como uma abestada. Fazia anos que não lembrava como era estar apaixonada.
Coloquei uma lingerie vermelha. Eu gosto de vermelho. Acho perigoso. Gosto do perigo. Por mais que eu seja meio medrosa. Gosto de me sentir uma mulher fatal. Ensaiei caminhando pelo corredor do banheiro.
- Eros. - falei tão baixinho que quase nem ouvi a minha voz, apenas um ronronar que reverberou no azulejo. - tem uma sujeirinha aqui no chão. - me abaixei fingindo ajuntar algo só para empinar a minha bunda. Seria nessa hora que ele veria minha calcinha. Hoje eu vou trabalhar de saia. Quero minhas pernas à vista.
Então imaginei Eros falando. Tentei reproduzir a sua voz. Fingindo uma rouquidão bem máscula.
- Ó Tatiana. Não é só o capô desse fusca que é uma beleza. A traseira também é maravilhosa.
Então voltei para minha voz de piranha.
- Ó Eros. Assim você me deixa encabulada. Será que posso chupar a sua rola?
E gargalhei.
Tapei a boca para tentar não acordar ninguém.
Como é divertido estar apaixonado.
Depois de levar Larissa na creche fui para o trabalho. Carmém disse pelo whats que tinha mais dois dias de atestado.
Ao chegar perto da mansão ví uma ambulância saindo. Comecei a correr.
Invadi a propriedade pelo portão aberto. Eros estava de roupão e pantufas. Parecia aqueles mafiosos de filmes antigos. Um gostosão.
- Que que houve.
- Carmém. Ela teve um ataque cardíaco.
- Por quê? Como assim?
- Ela tinha me avisado sobre o atestado médico de três dias. Então houve um mal entendido.
- Como assim?
O portão eletrônico começou a fechar. O sol despontava no horizonte, iluminando as nuvens. Dando brilho as arvores. Batendo nos olhos de Eros e intensificando a cor.
- Eu queria fazer uma surpresa para você. Acordei mais cedo e fui para o cinema. Fiquei te esperando sentado na poltrona.
- Tá? E aí? - não estava entendendo como isso causaria um infarte em Carmém.
- Carmém chegou. Eu ouvi a porta da sala abrindo. Eu dei um grito avisando que eu estava lá em cima no cinema. Ela chegou, me viu e teve um treco.
- Não estou entendendo.
- É que tem mais um detalhe. Eu achei que era você que adentrára na residência. Eu estava te esperando... - Eros puxou o roupão na altura da virilha para o lado. O pau duro de vinte e sete centímetros apareceu.
- Meu Deus do Céu!
- Ela me viu totalmente pelado. - Eros ficou vermelho de vergonha. Nunca o tinha visto deste jeito. - Ela deu um grito e caiu dura no chão. Foi muito tenso.
Comecei a gargalhar. Não conseguia parar.
- Você acha engraçado agora. Mas foi horrível. Sabe o que é chamar uma ambulância de pau duro?
- Meu Deus! Ela deve ter se emocionado demais. Talvez faça anos que não veja algo assim. - eu limpei as lágrimas que escorriam dos olhos de tanto gargalhar.
- Quando o pronto socorrista percebeu que eu estava de pau duro deve ter pensado que eu tentei atacá-la.
Ao imagina a cena me doía a barriga. Quanto mais eu tentava não rir, pior ficava.
Eros começou a rir junto. Ao perceber o quão ridículo foi. O quão esquesito e engraçado.
- Agora toda vez que a Carmém olhar para você. Você terá que fingir que ela não está se lembrando de você pelado.
- E você acha engraçado isso?
- Acho.
Eros se aproximou de mim e colocou as suas mãos sobre as minhas nádegas. Eu dei um pequeno pulo de surpresa.
- E agora, você acha engraçado?
Engoli a saliva. Cerrei as pálpebras e fiz um biquinho com os lábios.
- Só um pouquinho. - sentia seu pau duro roçando na minha perna. Coloquei meus braços envolta do seu pescoço.
Eros me deu um beijo. Bem ali no meio do pátio. Se alguém nos visse, provavelmente acharia que fôssemos um casal.
- Eu sonhei com você ontem de noite. - Eros confessou.
- Eu também.
- E eu estava pelado nesse sonho?
- Não. - Eros franziu os lábios decepcionado. - Só no final. - Eros abriu um sorriso.
- Você daria o prazer de assistir um filme comigo na minha sala de cinema?
- Daria todo prazer. - Eros franziu as sobrancelhas. Ele adorava ser testado. Ser desafiado.
- Quem saiba eu faça uma piroca, digo pipoca para lhe acompanhar. - Eros estava bem saidinho.
- Quem saiba eu lhe sirva uma xícara de chá de buceta para começar bem o dia.
Nos beijamos. E então ele me pegou de jeito. Me colocou nos seus braços. Empurrou a porta com um chute e me carregou escadas acima.
O mundo balançava a cada passada. Dando uma leve tontura. Eu apenas ria. E rir assim, sem motivo me extasiava de vida.
Ao chegar na sala de cinema. Eros me colocou no chão. Sentamos nas poltronas da frente. A sala ficou escura e a tela se iluminou.
O filme começou. O som gigantesco fazia meus ouvidos zumbirem.
- Que filme que é? - Eu estava muito animada.
- Anaconda!
Eros abriu o hobby e seu pau duro saltou para fora. Estirado na poltrona, eu me inclinei e abaixei a cabeça até a sua virilha. Abri a boca bem grande e engoli a serpente.

ErosOnde histórias criam vida. Descubra agora