Eros demorou bem mais para gozar dentro da banheira. Mudamos de posição diversas vezes.
- Você vai deixar meu pau todo esfolado.
- Isso é porque você não sabe como está a minha buceta. Vermelhinha.
- Será que vai ser sempre assim?
- Eu não sei. Só sei que eu vou ter que ter alguns dias de folga durante a semana para me recuperar. Todo dia minha buceta vai ficar uma sanfona.
- Eu tive uma ideia. Para resolver esse problema. Você podia me dar o cuzinho.
- Está doido, Eros? Na buceta já me deixa meio descaderada. No cú eu vou precisar de um andador. Eu nunca entendi porquê os homens querem tanto comer o cú da gente.
- É que é mais apertadinho. E mais proibido.
- Fizemos um acordo. Você deixa eu comer o seu cú. Eu compro um pepino chinês, coloco uma camisinha, passo lubrificante e enfio no seu cú. O que acha?
- Acho, ótimo. - Eros se virou na banheira e me mostrou sua bunda.
- Você está tirando com a minha cara, Eros? - ele gargalhava. - Agora você me fez lembrar do policial. Será que vocês não fizeram nada no matinho.
- Ele queria tanto. Não é mesmo? - Eros estava quase morrendo de tanto gargalhar.
- Te firma gelatina! - eu comecei a rir também.
- Você ficou com inveja. Amo te deixar com inveja. Um pouquinho pelo menos.
- Você acaba com meus cabelos assim.
Agora estávamos os dois sentados um de cada lado. De frente um para o outro. As pernas entrelaçadas. A água já não era tão quente.
- Você está com sono? - eu via no seu rosto as pálpebras pesando.
- Um bocado.
- Espero que você não ronque muito.
- Eu ronco um bocado. Só lamento. Ainda mais depois de um dia tão agitado. Você vai me deixar se eu roncar muito?
- Não sei. Vou testar antes. - eu levantei da banheira e peguei uma toalha.
- Esta vai ser a primeira noite que dormimos juntos. - ele disse essa frase de forma tão pausada com um tom de voz tão delicado que eu senti uma alegria especial na sua voz.
- É mesmo. - parei de me secar para reflitir o que ele havia dito.
- Poderia ser assim para sempre. Você não gostaria?
- Gostaria de quê? - eu escolhi uma calcinha e um sutiã bem básicos. Queria conforto. Deitar na cama e dormir.
- Dormir juntos. - Eros já estava seco. Colocou uma cueca e ergueu o cobertor para deitar na cama. Deu um tapinha do lado vazio. Um sinal para que eu fosse me deitar também.
- Poderia mesmo. - deitei do seu lado e me cobri.
Nossas cabeças sobre os travesseiros, nossos corpos virados para o meio da cama. Ele acariciando meu rosto.
- Você quer dormir de conchinha?
- Quero. - fazia anos que nem lembrava da sensação.
Eros se virou de costas para mim.
- Pode me abraçar então.
- Ahahaha. Eu pensei que era você que iria me abraçar. - coloquei minhas mãos ao redor da sua cintura. Que homem gigante. Encostei minha cabeça nas suas costas. - Até que é gostoso te abraçar assim.
- Está bem. Agora vire-se você que eu vou te abraçar.
Rápida virei meu corpo para o outro lado e Eros também deu meia volta. A cama balançou.
- Tenho que mandar arrumar essa cama. Nós quebramos as pernas dela.
- Eu não me importo. A minha em casa tem um tijolo em baixo.
- Sério, isso?
Fiquei em silêncio. Não queria deixá-lo chocado. Se visse as portas do meu guarda-roupas caídas iria pensar que eu sou doida.
- Eu queria saber se você tem algum compromisso semana que vem.
- Eu acredito que não. Você quer me convidar para o quê? Um xícara de chá de buceta? Uma volta nesse capôzinho de fusca?
- Nem tudo é sobre sexo. É que não sei se eu te falei, ou se você se lembra. Mas meus colegas da escola vão fazer uma festa para reencontrar colegas e professores. E eu queria ir. Embora tenha vontade de dar na cara de alguns deles. Mas eu gostaria de ir mesmo. E eu pensei que talvez você possa ir, se quiser é claro, junto comigo. Mas não se sinta pressionado.
- Hummmm. - Eros estava pensativo. - Eu vou sim. Você vai levar a Larissa junto. Acho que ela iria gostar.
- Eu adoraria levá-la junto. Fiquei meio assim porque não sabia se você iria gostar de levá-la.
- Eu adoraria que ela fosse junto. Mas eu quero uma coisa em troca.
- Aí, meu Deus! E o que seria isto?
- Quero oficializar nosso namoro para a minha família.
- Sua mãe vai surtar.
- Eu sei. Mas eu não me importo com o que Dona Shirley pensa. E então vamos contar para eles do nosso amor.
Eu respirei fundo e balancei a cabeça concordando. Estava na hora mesmo.
- E essa festa vai ser aonde?
- No salão ao lado da escola. Faz anos que não entro lá. E provavelmente o Marcus também vai.
- Então vamos ter que se arrumar a beça. Vamos causar. Essa semana nem vou matar academia nenhum dia. Vou até marcar cabelereiro para nós dois.
- Você acha que precisa disso tudo?
- Acho sim. Quero mostrar para todos teus ex-colegas o que perderam. A mulher mais incrível desse mundo.
- Você não existe. Eu estou vivendo um sonho?
- Eu não sei. Acho que estamos os dois sonhando juntos, então. E a roupa, você já tem?
- Eu ainda tenho que ver. É festa à fantasia. Vou dar um pulinho no centro ver quanto custa para alugar uma roupa. E se tem alguma que fica legal.
- Pera aí. A festa é à fantasia? Já estou tendo umas ideias aqui. Você pensou em alguma fantasia? Alguma ideia?
- Eu pensei em ir de família Adams. Ou todos de Chapolin. Não sei. Tenho que ver quais opções têm. Talvez de frozen.
- E eu seria a Elsa? Não sei se cabelo platinado combina comigo.
- A Larissa iria de Elsa. Eu seria a irmã dela e você poderia ser o boneco de neve ou o burro.
- Primeiro que não é um burro. É um alce. E segundo que eu de boneco de neve iria parecer o pé grande com meus um metro e noventa.
- Eu não sei.
- Fazemos assim. Deixa comigo. Eu darei um jeito. Deixa que eu acho fantasias para nós. A festa é quando?
- É na sexta de noite.
- Então você sai mais cedo ou eu peço para alguém buscar a Larissa na escolinha e nós se arrumamos lá em casa.
- Mas e os seus pais?
- Que tem eles. Até lá eles já saberão de nós mesmos.
- Meu Deus, Eros! Eu não sei se vou aguentar tantas emoções. Você tem tanta certeza que vai querer fazer isto? Me assumir para o mundo?
- Tati, poucas vezes eu tive tanta certeza na vida. - Eros deitou seu rosto sobre meu cabelo. Seus dedos acariciavam minha barriga. Suas pernas encaixadas nas minhas. Seu corpo grande esquentando o meu. - Eu te amo.
- Eu também te amo. - e agora no escuro esperei a noite nos engolir. No fundo uma alegria imensa e com ela um medo de perdê-lo. Eu apenas sorria. A paixão me levava aos céus e me largava sem paraquedas. Eros, você é a minha salvação ou a minha ruína? Alguém poderia me dizer qual era o meu futuro. E então eu me sentia uma boba por duvidar. Aproveite o momento. Eu repetia mentalmente para mim. Ou como os poetas dizem: Que seja eterno enquanto dure.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eros
RomansDepois de um casamento fracassado e uma gravidez não planejada, agora Tatiana aceita qualquer emprego para sustentar a sua filha. Ela é só mais alguém no mundo tentando neste momento sobreviver e seguir em frente. Depois de ser traída pelo pai de su...