Uma nova Cinderela (parte 47)

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Eros teria que esperar eu me recuperar. Meu corpo estava esgotado. Só me restava continuar esparramada pelo chão da lancha olhando para o céu. O sol forte agora começa a forçar minhas pálpebras a ficarem cerradas.
- Você está bem? - Eros segurou a minha mão deitado ao meu lado.
- Estou ótima. Só cansada. - virei meu rosto para lhe observar. Seus olhos verdes e carinhosos sorriam para mim. - Só preciso de alguns minutos. - levei as mãos até a testa para tentar arrumar os cabelos. - Foi bom para você? - eu não me contive e fiz a pergunta.
- Oooo! - Eros ergueu as sobrancelhas. - Chegou a dar câimbras na bunda. Estou ainda sentindo algum espasmo.
- Se você quiser eu te faço uma massagem.
- Olha que eu cobro depois.
- Pode deixar para mim. - o céu azul imenso parecia uma pintura. - Eu posso saber quais são os planos para o resto do dia e amanhã.
- Eu planejei voltar até a cidade e dar uma volta. Talvez um shopping ou não sei. Posso te levar numa casa de swing se você preferir. - Eros ficou em silêncio esperando a minha resposta.
- Você está falando sério? - não acreditava que Eros estava sugerindo ir numa casa de suruba onde os casais se trocam. - É sério, Eros?
Ele gargalhou e eu bati no seu peito.
- Você me assusta toda vez que fala essas coisas. Vai saber se você não é um psicopata doido para me arrastar para uma ilha, me abusar e depois me deixar em pedaços para os tubarões me comerem.
- E eu posso saber de onde sai tanta criatividade? - Eros virou seu corpo para me olhar, colocou a palma embaixo do seu rosto como apoio da cabeça. Ele sorria.
- Você tem um quarto do sexo. Tem dinheiro. É bonito. Inteligente. Um cavalheiro e um pirocudo tesão na cama. Então algum defeito você deve ter.
- Confesso! Eu tenho um defeito, Tati. - ele se aproximou do meu corpo. E começou a percorrer com os dedos pelo meu corpo. O sol aquecendo nossos corpos era tão gostoso. - Sou tarado. Não posso te olhar assim. Toda gostosa. Toda peladinha. Esses peitinhos e essa bucetinha! Uí! Que delícia! Olha como está ficando meu brinquedinho!
Abaixei o rosto para ver seu pênis.
- Eu não acredito que você já está de pau duro. Credo! Não cansa? Isso é doença.
Ele começou a roçar o seu pênis na minha coxa.
- Pode ir para lá. Se vira. Vá bater uma punheta. Tomar um banho gelado. Eu to toda arrombada aqui. Se continuar fodendo assim minha xereca vai ficar toda estripada. Eu ainda não consigo que você já esteja de pau duro. É sério, mesmo?
- O que eu posso fazer se você faz isso comigo. - Eros gargalhava. - Mas sem problema. Depois eu bato uma punhetinha em sua homenagem.
- Quantas punhetas você bate por dia, Eros?
- Algumas! - ele gargalha.
- Umas 3? - encaro seu rosto debochado. Ele franze a testa. Atravessa um sorriso nos seus lábios. Revira os olhos e levanta o rosto.
- Eu diria que mais. - ele ainda se exibe.
- Isso deve ser doença. - ele mordisca meu pescoço. Sinto cócegas.
- É a idade! Ou talvez seja o seu cheiro.
- Que cheiro? - Eros coloca uma mão sobre a minha barriga e uma perna sobre a minha. É pesada, mas eu gosto. - Acho que eu cheiro a produto de limpeza. No máximo alvejante e cloro. Algum cheirinho do campo e sabão em pó.
- Acho que você cheira super bem
Às vezes quando está suadinha teus pés parecem um bicho morto, mas nada que te levar para um banho não resolva.
- Você tem coragem de falar uma coisa dessas na minha cara. Saiba que eu posso colocar estricnina no seu café.
- Eu sou muito desaforado, mesmo! - Eros tirava sarro de si mesmo.
- Aposto que quando você era novo devia ser terrível.
- Eu? - Eros dissimula surpresa. - Eu era um anjinho! - ele gargalha e me enxe de beijos na bochecha. - E então decidiu o que vamos fazer hoje?
- Eu preferia ficar com você. Sozinhos. Te aproveitar. Sem ninguém olhando, sem o risco de você gozar para um policial te ver ou fugir da polícia pelado no meio de uma multidão.
- Nossa! Eu gozei litros com o policial olhando. Cada jato!
- Não tem nenhuma ilha deserta aqui perto? Poderíamos ficar a sós esta noite.
- Olha. Ilha não recordo. Acho que só meio longe. Tipo. Algumas horas de viagem. Mas tem uma praia meio deserta mais para cima
- E é muito difícil de chegar nessa praia.
- Não.
- Então podemos ir até lá.
- Ok. - Eros se levantou e começou a recolher nossas roupas. Eu fiquei deitada o admirando. Olhando de baixo ele tem umas balotas lindas. E que bunda meu pai. Vontade de morder. Cheia. Redonda. Empinada.
- Está fazendo o que, Eros?
- Venha! Vou nos levar até a praia isolada. Vai ter uma surpresinha lá.
- Aí, meu Deus! Eros, o que é a surpresinha.
- Nada demais. Prometo. - ele cruzou os dedos e os beijou. - Agora me ajude a te levar para a cama.
- E quem disse que eu estou com sono?
- Você com sono? Imagina! Parece um panda de tanta olheiras.
- Você disse enquanto trepava comigo que eu era linda! - retruquei. - Agora diz que eu pareço um panda.
- Com certeza o panda mais lindo que eu já conheci. Agora me dê sua mão e vamos para a cama.
Eros segurou minha mão e me acompanhou até a cama.
- Se deite. Vou te cobrir. - Ele já segurava um cobertor.
- Não estou com muito sono. Posso ficar acordada com você. Se você quiser. - Mentira! Eu estava podre. Já puxava o travesseiro para baixo da cabeça.
- Durma. - Eros estendeu a coberta sobre o meu corpo. O tecido gostoso em contato com meu corpo era delicioso. - Quando você acordar já estaremos na praia.
Eu apenas fechei os olhos e apaguei. Quando acordei, Eros estava sentado ao meu lado me observando e lendo.
- Quantas horas eu dormi? - resmunguei.
- Quase tanto quanto a bela adormecida.
Me levantei e sentei na cama. Espreguicei meu corpo esticando os braços e as pernas. Bocejando e esfregando os olhos.
- Eu precisava disto.
- Eu percebi.
- Já estamos na praia?
- Sim. - Eros fechou o livro e o colocou na estante. - Já podemos ir lá.
- Mas eu ainda estou pelada. Me dê algo para vestir.
- Está ótima assim. Não precisa vestir nada. Na verdade vai até facilitar.
Eu virei meu rosto para encarar Eros. Eros estava sorrindo. Seu sorriso mais debochado e bonito.
- Como assim, Eros?
- Esta é a surpresinha.
Eu fiquei intrigada. Do que ele estava falando. Então a ficha caiu.
- Não! Não! Não! Eu não acredito nisso! Você deve estar tirando com a minha cara.
Eros apenas sorria e balançava a cabeça positivamente repetidas vezes.
- Esta é a surpresinha, Tati. Estamos atracados numa praia de nudismo.

ErosOnde histórias criam vida. Descubra agora