Capítulo 13

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Não me importei de não ter gozado. O importante era que Eros tinha chehado lá. E rápido. Isso quer dizer muito dos homens. Quanto mais excitados, mais tesão eles têm em você. Então logo gozam.
A sensação da porra na garganta logo sumiu depois de um copo de água. Lavei o rosto na pia. E pelada caminhei pela casa até o banheiro mais próximo. Ao voltar Eros estava estirado na poltrona da sala de cinema. Eu ajuntei a roupa no chão e me vesti. Desengonçada.
- Adoro seu corpo. Ele é tão bonito.
Fiquei encabulada com o elogio. Eros sempre souve elogiar. Estava na cara que conseguiria conquistar muitas mulheres. E rapidamente.
Soltei o ar pelo nariz, quase num espirro, como se ele tivesse feito uma piada. Meu corpo não era nada além do normal.
- Não acho o meu corpo tão bonito assim. Na verdade, acho, que está bem fora de forma. Quilos à mais do que precisava.
- Para mim parece perfeito.
Não consegui esconder a alegria em ouvir essas palavras.
- E agora eu posso começar o meu serviço?
- Você tem sérios problemas com faxina. Sente-se aqui do meu lado.
Às minhas costas a luz do telão explodia sobre mim.
- Não sei se é uma boa eu sentar aí do seu lado. Vai que você não resista e queira me chupar ou me comer de quatro aqui no carpete?
Eros deu um risinho bem safadinho.
- Prometo me controlar. - ele fechou os olhos e fez um biquinho. Como uma criança mimada.
A cada nova expressão que eu descobria no rosto de Eros, uma explosão de alegria me inchava por dentro. Me sentia sem chão. Aquele enformigar por dentro. Quando a gente já tem certeza que já se fodeu. Que está caída de amor.
Sentei na poltrona ao lado. Eros ajeitou o seu roupão, cruzou as pernas. E me estendeu o braço.
A mão espalmada no braço da poltrona esperando a minha mão.
Não me contive e peguei na sua mão. É tão gostoso sentir o calor humano. O carinho do toque. Quase tão gostoso como dar para uma pica de vinte e sete centímetros.
- Cara! - eu balançei a cabeça de uma lado para o outro. - Eu tenho medo de que você vá se apaixonar por mim.
Soltei as palavras atropelando umas as outras. Tão rápido que a frase parecia ser uma palavra só. Eu queria oficializar de vez nosso relacionamento. Mas tinha muito medo que fracassasse eu eu passasse dias, ou meses, me sentindo culpada.
Fiquei quieta esperando qualquer sinal de resposta de Eros. Não precisava ser em palavras. Poderia ser na forma de respirar. Mais rápido se estivesse assustado. Profundo se não tivesse gostado. Nada se não queria algo sério.
- E se eu disser que eu posso estar apaixonado já?
Aquele monte de borboletas dentro da minha barriga bateram as asas numa explosão.
- Eu diria que você está fodido.
Nós dois rimos.
- Você quer ser minha namorada, Tatiana?
Minha pressão caiu. Foi como se meu chão sumisse.
- Quero. - sussurrei. Tinha medo de que parecesse uma idiota iludida. Mais uma vez a garota burra que se deixa levar pela emoção. Da última vez acabei grávida e sozinha.
Eros me beijou. Sua língua quente dentro da minha boca. Nossa salova trocada. Meu nariz pressionado contra sua bochecha. Seus lábios fechando e abrindo. Nossos olhos fechados. Os pelos do meu corpo se eriçando.
Fícamos no mínimo 5 minutos maravilhosos nos beijando. Beijo com paixão. Beijo com pegada. As mãos de Eros apalpando meu corpo. Meus peitos. Minha cintura. Minhas pernas. Querendo entrar na minha calcinha.
- Ei. Espera um pouquinho.
Eros tirou a mão de dentro da minha calcinha. Aposto que ele já estava de pau duro de novo.
- Eu quero estabelecer um acordo.
- Eu preferia trepar agora com você. - Eros falou ao pé do meu ouvido. Seu bafo quente fez meu corpo tremer. - Me deixa te chupar um pouquinho? Quero sua buceta na minha cara.
- Quero deixar as coisas mais claras.
Eros se reposicionou na sua poltrona.
- O.k. - ele pigarreou. - E quais são as cláusulas do nosso contrato.
- Primeiro não quero deixar de fazer o meu trabalho.
- Está bem. - Eros não parecia muito animado com isso.
- Não quero depender de homem nenhum. E caso você me pressione a não trabalhar eu arranjo outro emprego.
- Está bem. O que mais?
- Segundo. - engoli minha saliva. - Não quero que ninguém saiba do nosso relacionamento.
Eros virou o rosto assustado. Ele franzia a testa. Tentava entender.
- Não por enquanto.
- E eu posso saber porquê?
- É que eu acho mais saudável não ir tão rápido. Da última vez que eu fui rápida eu me fodi bonito.
- Está bem. Mas eu quero lhe lembrar que eu não sou qualquer um. Não sou desses rapazes idiotas que não sabem valorizar uma mulher. E que aceito se isso lhe deixa mais confortável. Acho estranho. Mas te entendo. Eu só queria saber por quanto tempo.
- Um mês. Acho que se durar por um mês.
- Vai durar. - Eros me cortou.
- Aí podemos oficializar.
- O.k.
Fícamos em silêncio. Fiquei com medo que Eros me achasse uma doida.
- Você tem algo a dizer?
- Não. - Eros estava tão calmo. - Na verdade. Eu tenho.
- Que medo! Pode falar. - eu estava tremendo de medo por dentro.
- Eu te admiro muito, Tatiana. Conheci tanta gente na vida pré-disposta a aproveitar da situação. Sabe quantas pessoas se aproximam de mim pelo que tenho? E você não quer nem deixar de ser minha empregada. Você é mãe solteira. Trabalhadora. Bonita. Tem personalidade. Fala o que pensa. Te admiro muito.
- Eu sei. Eu sou fodona. - fui sarcástica.
- Eu sei. - Eros gargalhou.
- É que você não sabe. Mas tudo isso faz parte um plano maior. - adoro sarcasmo, brincar com mentirinhas e deboche. - Eu finjo que sou uma menina indefesa só para dar o golpe no patrão rico.
Me levantei e caminhei até o meio do carpete. Tirei a minha roupa mais uma vez. Bem devagar. Eros não piscava.
- E como você vai fazer para esse patrão rico e provavelmente inocente se apaixonar por você?
- Vou dar uma poção mágica. - eu já estava nua de novo.
- E que poção é essa?
- Uma poção muito especial. - coloquei minhas mãos no meio das minhas pernas. - Chá de buceta.
Eros não se controlou. Levantou voando da poltrona e caiu de boca no meio das minhas coxas.

ErosOnde histórias criam vida. Descubra agora