Uma nova Cinderela (parte 23)

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Fícamos vendo meus pais e Larissa subindo na montanha russa. Lá para o alto. Pareciam 3 crianças se divertindo.
- Olha para mim, mãe! - Larissa acenava.
- Estou vendo, amor! Cuidado ali em cima! - senti as mãos de Eros tocando minhas costas.
- Vamos nós, agora? - senti seu hálito quente no meu pescoço. Senti aquele frio na espinha. Meus pelos se eriçando. A fraqueza nas pernas.
Eros abriu a portinha e entramos. Sentamos lado à lado. Sua perna encostando na minha. Seu braço em volta do meu ombro. Não era preciso dizer nada. A gente sentia. Sentia dentro da barriga. Sentia no coração. Sentia olhando um dentro dos olhos do outro.
Ele pegou na minha mão e vimos a cidade ficando pequena lá em cima. Não nos beijamos. Ele sabia que a Larissa ou meus pais poderiam nos ver. Sabia que eu ainda não estava confortável. E respeitava minha necessidade de tempo.
Muitas vezes durante a noite eu tive aquele pânico subito. Aquele medo de perdê-lo.
- Isso é tão maravilhoso que não tenho palavras para lhe agradecer. - eu queria lhe contar o que eu sentia. - Muitas vezes eu achei que não fosse digna de ter alguém legal ou que o mundo era assim e eu só precisava me adaptar a ele. E então eu te vi. Lindo. Gostosooooo - eu ri. - Quase infartei ao ver sua piroca. - ri novamente.
- 27 centímetros! - Eros se gabou.
- 27 centímetros! - repeti. - E eu te desejei. E você me desejou. E como nós fodemos gostoso, meu pai! Nós dois juntos somos como fogo e gasolina. - Eros apenas sorria. Seus dedos apertavam os meus. - Eu fiquei meio assim. Você tão rico e eu tão, eu.
- Se você se visse com meus olhos entenderia a mulher maravilhosa que você é. - Eros mexeu a bunda no banco. A cestinha deu uma balançada. A roda parou. E fícamos lá no alto olhando as estrelas.
- Eu acho que você tem catarata ou astigamitismo, Eros. - não me contive e segurei seu rosto com meus dedos. Apertando seu queixo enquanto ele fazia um biquinho. - Você vai rir do que eu vou falar agora. Mas eu quero compartilhar isso com você. Nos meus pesadelos você apenas diz que não quer mais me ver. Me manda embora e simplesmente some. E eu choro, me descabelo e sofro.
Fícamos em silêncio por alguns segundos.
- E nos seus sonhos? - Eros falou com uma vozinha tão fofa.
Respirei fundo.
- Nos meus sonhos... - engoli a saliva. Levantei as sobrancelhas. Tinha medo de parecer idiota. Mas já que estávamos conversando, me senti relaxada a contar. - Nos meus sonhos você aparece de limosine.
- Que interessante!
- Com muitas flores na mão. Todo bonitão como sempre. E grita do teto solar me pedindo em casamento.
- Hummmmmm. Que interessante.
- Você deve me achar uma idiota, mesmo. Não sei por que continuo deixando você brincar com meu capô de fusca.
- Adoro esse fusquinha. Tão redondinho. Uma preciosidade.
- Você trasforma qualquer papo sério em brincadeira sempre? - ele me abraçou.
- Só quando eu amo alguém.
Então aconteceu. Ele foi o primeiro a confessar. E eu não sabia se era assim que eu havia sonhado. Mas era maravilhoso.
- Você devia falar isso para todas.
- Você sabe que não, Tati. - Eros estava sério. - Eu te amo. Eu te amo! EU TE AMOOO! - Eros gritou. Eu tapei a sua boca.
- Já ouvi.
- E a resposta?
- Qual? - me fiz de doida. Ele ficou me fitando. - Eu também te amo, Eros. - sussurrei.
Não nos contivemos e nos beijamos. A roda parou de girar e estávamos no chão.
Meus pais e a minha filha nos observavam de olhos arregalados.
- Aram! - minha mãe pigarreou. - Acho que já está na hora de ir para casa. Larissa está com sono.
- Vamos então.
E foi mágico sair do parque. Tanta alegria dentro de mim. Peguei Larissa no colo. Ela me abraçou e fehou os olhinhos.
Entramos no carro e fomos para casa, o som tocando bem baixinho.
Ao chegar na frente de casa meus pais agradeceram pela noite.
- E desculpa qualquer coisa, aí! - meu pai acenou de longe e correu para a porta da frente.
- Me dê ela no colo. - minha mãe esticou os braços para pegar Larissa. - Eu coloco ela na cama. Vou dar alguns minutinhos para vocês conversar. E Eros!
- Sim?
- Juízo!
Fícamos observando eles entrarem dentro de casa.
Eros me beijou, com calor. Com paixão.
- Eu nem sei como agradecer por tudo.
- Já falei que não precisa.
- Tem certeza que isto não é apenas um sonho?
- Tenho.
- Juro que eu queria agora colocar meu peito para fora para você chupar.
- Eu adoraria chupar o seu peitinho agora.
- Mas é que eu estou tão cansada.
- Eu entendo. Eu posso chupar esse peitinho outra hora. O importante é que eu te fiz feliz hoje.
- Obrigada. Obrigada mesmo.
- Eu te amo, Tati.
- Eu também te amo, Eros.
Nos beijamos pela última vez.
Não era preciso mais dizer nada. Abri a porta do carro.
- Até amanhã 27 centímetros.
- Até meu amor.
E eu fiquei vendo o carro se afastando.
Antes de dormir peguei o celular da minha mãe e mandei a foto de nós cinco no parque para o meu.
Dormi abraçada ao celular. Olhando a nossa foto.
Na manhã seguinte Eros me esperava na porta de entrada da mansão.
- Entre. Estão todos dormindo ainda.
Ele caminhou até o escritório e eu fui atrás.
Me abraçou e me beijou.
- Estava com saudades de você.
- Eu também.
Abriu a passagem secreta na estante e entramos no quarto vermelho.
- Vamos agora aproveitar o nosso parque. E hoje eu conduzo.
- Ok.
- Qualquer coisa é só falar.
- Ok.
- Agora tire sua roupa. Fique apenas de calcinha e sutiã.
Eu obedeci. O ambiente com ar condicionado estava tão gostoso. Adoraria ficar pelada de uma vez. Eros já estava de pau duro. Dava para ver reparando na sua calça.
Ele pegou numa das gavetas um lenço.
- Não tenha medo. Eu aposto que você vai gostar.
Eros me vendou.
- Agora me dê a mão.
Ele me conduziu pelo quarto.
- Erga os braços.
Eu levantei e senti as costas da minhas mãos encostando em algo.
Um barulhos de couro. Meus braços estavam presos.
- Afaste seus pés.
E ele também prendeu meus pés. Meu coração começou a acelerar.
Sinti minha bunda também encostando em algo.
- Você sabe onde está?
- Não tenho mínima ideia, Eros.
- Você está presa no "x". E agora você terá os melhores orgasmos da sua vida.

ErosOnde histórias criam vida. Descubra agora