Capítulo 13

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AVISO DE GATILHO: Homofobia, bullying, ataque de pânico


Namjoon acordou animado. Ele não sabia explicar, mas sentia que o dia seria bom, então assim que tomou o café e conferiu que tudo estava na sua bolsa, foi até o quarto de Amber, afastando as cortinas e abrindo as janelas.

— Vai embora! — a moça gritou, jogando a primeira coisa que conseguiu alcançar na direção do amigo, no caso, um travesseiro. — Me deixa dormir!

Nananinanão — disse o mais alto, devolvendo o travesseiro na direção da amiga. — Está na hora de você levantar. O café já está servido e daqui duas horas você tem aula.

— Para! Eu não quero!

O moreno sorriu, sentando-se na beirada da cama da moça e levando os dedos ao cabelo dela.

— Tem que acordar, dorminhoca.

— Não quero — reclamou a loira, empurrado Namjoon e se virando na cama. — Sai do meu quarto!

Kim riu e percebeu que estava no momento de medidas drásticas, então antes de falar mais alguma coisa, jogou-se por cima do corpo da amiga, que gritou alto e começou a tentar estapear o moreno.

— Ou você sai por bem ou por mal! — avisou Namjoon, rindo para os gritos de Amber. — Vamos, vamos! É para o seu bem!

— Ah, 'tá bom, 'tá bom! — Amber falou, empurrando o outro. — Eu te odeio!

O mais alto saiu de cima da amiga e correu, pois, conhecia muito bem a loira para saber como ela gritaria e tentaria o bater por interromper seu sono.

— Você me paga, desgraçado!

Aquela frase foi a última que Namjoon escutou antes de fechar a porta do apartamento e seguir para o elevador. Definitivamente, estava animado naquele dia.

Mesmo depois de receber a herança — por vezes Namjoon ainda pensava que o pai colocara seu nome por engano no testamento ou que redigira o documento antes dele sair do armário e ter um surto psicótico e depois esquecera de mudar —, ele ainda continuava com os mesmos hábitos e isso incluía pegar o ônibus para o trabalho.

Por vezes, reconhecia alguns indivíduos de tantos vê-los e depois de todo aquele tempo, já tinha criado histórias em sua mente para cada um deles. Para Namjoon, a senhora que hoje estava de vestido vermelho, sentada a duas cadeiras dele, tivera um grande emprego e ganhava muito bem, porém desistira de tudo para viver um grande amor e agora sempre parecia amargurada, pois tudo deu errado no final. O homem sentado na frente dele, já teve o cabelo grande e tinha perseguido o sonho de ser idol, mas no final encontrou sua felicidade em uma outra coisa e agora vivia bem. E, a senhora que entrava com uma menininha todos os dias, era a avó dela para todos, porém na realidade roubara a criança de um orfanato.

Namjoon sacudiu a cabeça e voltou a olhar o celular; inventava as piores histórias possíveis quando estava entediado e nervoso e no caso estava os dois, pois iria ver Seokjin. A verdade, é que não esperava muito, porém o confeiteiro falou que iriam conversar então se sentia ansioso.

Quando chegou em seu ponto, Namjoon caminhou vagarosamente para a confeitaria, sentindo a boca ficar seca. Era tão bobo, por que ficar tão nervoso?

A sineta fez Namjoon morder o lábio inferior, contudo foi a visão de Seokjin que o fez prender o ar. O loiro estava tão lindo naquela manhã e praticamente brilhava naquele balcão. O analista suspirou fundo com a visão.

— Joonie... — Seokjin sorriu abertamente, saindo de trás do balcão. — Eu senti muito a sua falta...

— Para com isso que eu acredito — brincou o mais alto.

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