Capítulo 62

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Gatilho: traumas passados, pensamentos e falas depreciativas, estupro (passado)

Taehyung sabia que Namjoon iria pedir para voltarem para Seul assim que disse sobre Yoongi e Seokjin nem discutiu, somente começou a preparar as coisas para a viagem de volta.

Era estranho para o mais novo perceber como tudo estava silencioso, mas a realidade era tensão, pois Yoongi estava sumido já há mais de quinze horas e havia poucas pistas para seguirem. Não tinham mais clima para comemorar nada.

— Fomos dormir muito tarde ontem — comentou Taehyung, suspirando fundo. — Talvez dirigir agora seja ruim. Não é melhor almoçarmos primeiro?

— Podemos comer as sobras de ontem — ponderou Seokjin, suspirando fundo. — Ou podemos colocar em vasilhas e comermos no carro. Posso pedir ajuda para o caseiro.

— E talvez seja bom levar algum tipo de ceia, né? — Namjoon perguntou, suspirando pesadamente. — Não imagino que Jungkook ou Hoseok estejam comendo bem, talvez um pouco do gostinho do Natal... Não sei.

— Tudo bem, vou pedir para me ajudarem — disse Seokjin, sorrindo. — Vou chamá-los. Vocês não esqueçam de pegar os casacos que chegamos a pendurar e os guarda-chuvas.

— Pode deixar, mãe — brincou o mais novo.

— Moleque!

Seokjin ameaçou bater o namorado, mas por fim somente o segurou pela cintura e beijou com carinho nos lábios. Então, antes de sair em busca do caseiro, ele também beijou o mais alto. Não por obrigação, somente por querer.

O mais novo então focou em pegar as coisas que Seokjin tinha dito, porém não pode deixar de observar como Namjoon parecia triste. Ele entendia, claro que entendia, mas acreditava que não ainda deveriam perder a esperança.

— Joonie, você quer conversar? — perguntou o fotógrafo, andando vagarosamente para a cama. Ele sentia um pouco de desconforto do dia anterior. — Quer dividir como se sente?

Namjoon suspirou fundo e deixou de dobrar algumas roupas, massageando o próprio ombro, cansado.

— É a segunda vez que Yoongi precisa de mim e eu não estou lá para ajudá-lo.

— Você vai estar lá, Joon. — Taehyung garantiu. — Tenho certeza que Yoongi vai precisar que você segure a mão dele por horas quando tudo isso acabar e você vai estar lá para fazer isso.

— Ele está bem, né?

— 'Tá sim. — Taehyung sorriu, levando os dedos ao cabelo do namorado e fazendo um carinho. — Ele deve estar assustado, mas está bem. Eu tenho certeza. Somos de Daegu, lá só sai gente foda e forte.

— Se você diz eu acredito — Namjoon proferiu, suspirando fundo para que as palavras de Taehyung realmente adentrassem seu coração aflito. Yoongi estava bem e logo ele estaria em casa. — Obrigada, amor.

— Não foi nada, meu anjo — Taehyung disse, sorrindo. — Agora vamos terminar de arrumar essas coisas antes que Jin tire o nosso couro?

Namjoon era agradecido ao mais novo por tentar fazê-lo sorrir com brincadeiras e até conseguiu com algumas coisas, mas o silêncio foi o que mais prevaleceu na casa até eles colocarem tudo no carro e partirem.

**

Mais ou menos com meia hora de viagem, o trio teve que fazer uma parada em um posto de gasolina para abastecer.

— Ah... Está muito frio! — Taehyung reclamou, agarrando-se a Namjoon que o envolvera em um abraço apertado enquanto esperavam Seokjin abastecer o veículo.

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