Capítulo 76

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Aviso de gatilho: termos pejorativos, ansiedade

A chegada em Daegu foi mais rápida do que Hoseok imaginou. Tudo bem que eram somente duas horas, contudo ainda assim imaginou que ficaria cansado ou algo do gênero, porém ao sair do avião, sentia que ainda podia fazer muitas coisas, inclusiva correr uma maratona. Okay, não tanto, mas estava bastante animado.

— Ah, não — murmurou Yoongi.

— Que foi, amor? — questionou o ruivo, seguindo o olhar do namorado, que logo desviou para algo mais interessante a ele. — O que você viu, baby?

— Meu padrasto que veio nos buscar.

O ruivo não poderia falar que não estava curioso, assim procurou com o olhar quem quer que fosse o homem, porém haviam bastante pessoas e ele não fazia ideia do rosto do padrasto do namorado, então somente focou em segurar com força a mão de Min, mostrando que estava ali e tudo daria certo.

Assim que desceram as escadas rolantes, Yoongi colocou o fone de ouvido e somente continuou andando, fazendo Hoseok o seguir, pois realmente não tinha ideia de quem era o padrasto do namorado. Porém, sua curiosidade foi saciada ao ver o homem pela primeira vez de perto assim que Min fez uma rápida reverência ao mais velho.

— Olá, você deve ser Jung Hoseok. — O homem sorriu. — Eu sou Jeon Chul. Prazer em conhecê-lo. Yoongi falou coisas maravilhosas de você.

— Oh! — Hoseok não pode deixar de se surpreender, mas seu namorado não viu sua expressão, pois não prestava conta na conversa por conta dos fones de ouvido. — Hm... Eu não sabia que ele falava de mim, senhor Jeon.

— Claro que ele fala, são mensagens e mais mensagens para a mãe. — O Jeon fitou o enteado, mas Yoongi olhava para outra coisa. — E pode me chamar de Chul, por favor.

— Tudo bem, senhor... Quer dizer, Chul.

Yoongi fitou o namorado e segurou em sua mão fitando a porta. Chul e Hoseok entenderam logo o que ele queria, assim começaram a se movimentar para fora do lugar. O senhor Jeon ofereceu pegar alguma bolsa, portanto os mais novos recusaram e assim somente seguiram para onde o carro do homem estava estacionado.

Jung então aproveitou para observar o homem e percebeu que tinha muito de Jungkook nele. Era óbvio que ele tinha passado dos cinquenta anos, portanto a estatura alta, a fisionomia malhada e os ombros largos o deixavam aparentando na casa dos trinta. Hoseok agora entendia de onde a beleza do cunhado tinha saído.

O carro não estava longe, então em pouco tempo Hoseok estava no banco de trás com Yoongi, o que o deixou um pouco sem graça pelo padrasto, mas para disfarçar o homem colocou uma das bolsas no banco da frente, como se a falta de espaço fosse a desculpa para a tal arrumação de pessoas dentro do automóvel.

— O clima está bom lá em Seul? — Chul perguntou, apertando os dedos no volante para a própria questão. — Quer dizer... Fez frio há um tempo, né?

— Aqui também fez — falou Yoongi, fitando a janela. — Não é muito diferente, são somente duas horas de distância.

— Ah, é. — Chul suspirou fundo. — Eu sempre falando besteiras.

— Que isso, Chul! — disparou Hoseok, mordendo o lábio inferior. — O clima está bom, o outono está bastante quente esse ano.

— Oh, é verdade. Eu concordo — disse o mais velho. — Eu até tive que comprar camisas novas.

— Eu também! — Hoseok riu. — Estações do ano nos transformando em capitalistas.

Chul sorriu abertamente pelo retrovisor e Hoseok ficou contente em estar se dando bem com o padrasto do namorado, mesmo que Yoongi parecesse fechado a aquela conversa. Jung pensava se tinha acontecido algo entre eles, alguma discussão ou problemas, pois até o momento o senhor Jeon estava se mostrando muito simpático e receptivo. O ruivo tentava não ser curioso ou se enfiar em assuntos familiares, mas sabia que aquela maneira do loiro de agi não era comum, por isso ficava um pouco preocupado.

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