Capítulo 38

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Aviso de Gatilho: pensamentos autodepreciativos

Taehyung não falou muito no caminho para o psiquiatra, todavia sentia-se culpado por Seokjin não ir trabalhar naquele dia por sua culpa. Ele estava sempre atrapalhando a vida do namorado.

Seu coração estava pesado, assim como nos últimos dias e nada parecia ter cor ou gosto, simplesmente sabia que estava depressivo e queria melhorar, contudo era tão difícil quando se alcançava o fundo do poço pela décima vez. Na realidade, não sabia o porquê ainda tentava quando o inevitável resultado seria a falha.

— Seu horário é meio dia — disse o mais velho, buscando a mão do namorado quando começaram a andar. — Tivemos sorte do médico ser compreensivo... mas provavelmente será uma consulta mais rápida, pois tem um outro encaixe — explicou Seokjin, suspirando fundo. — Mas dará tudo certo, meu anjo. Ele deve mudar o remédio e se a divindade for boa, você se sentirá melhor.

— Okay.

Seokjin sabia que o namorado estava desanimado, isso tudo sem contar depressivo, mas ele não desistiria de ser a força entre os dois, conseguiria aguentar, tinha que aguentar!

— Depois teremos o dia livre para fazermos o que quisermos — afirmou o confeiteiro, apertando um pouco mais os dedos do namorado contra os seus. — Você escolhe o que quer fazer.

— Cinema?

O confeiteiro não esperava que o namorado respondesse, então ficou animado com a possibilidade de terem um encontro como há tanto tempo não tinham, talvez animasse o rapaz e por isso iria aproveitar a oportunidade para novamente buscar um sorriso no rostinho do rapaz.

— Ah, cinema é uma ótima ideia! — Seokjin disse, sorrindo. — Podemos pedir um potão de pipoca e nos enchermos de refrigerante.

— Parece bom...

O loiro sentia que Taehyung queria falar mais alguma coisa, porém desistira e deixara a frase somente morrer enquanto entravam no prédio onde era o consultório do psiquiatra.

O elevador não demorou a chegar e por isso logo entraram nele, clicando no botão de número sete que era o andar onde o médico trabalhava, porém escutaram uma voz feminina pedindo para segurarem o ascensor; as portas estavam quase fechadas, então Seokjin teve que colocar a mão para que voltassem a abrir e para a sua surpresa a voz pertencia a Amber e quem estava ao seu lado era Namjoon, com o rosto fitando o chão.

A chinesa pareceu surpresa com a coincidência, mas logo entrou no elevador, puxando Namjoon, que pela primeira vez levantou o olhar para cumprimentar as outras pessoas e se surpreendeu com os namorados.

— Oh, meu amor... — Seokjin foi o primeiro a fala, buscando a mão de Namjoon que imediatamente foi até a sua. — Senti tanta a sua falta.

Namjoon nem pensou muito no que fazia, somente abraçou Seokjin ao mesmo tempo que puxava Taehyung para o mesmo, assim ficando durante longos segundos, somente abraçados enquanto o mais velho murmurava que tudo ficaria bem e que superariam juntos aquelas dificuldades.

— Ei, vocês parem de nojeira que eu estou aqui — implicou Amber, por mais que ela estivesse sorrindo para a cena. Os namorados faziam bem para Namjoon e ela ficava bem por isso — E já chegamos aqui no andar... Espera, vocês também vão para o sétimo andar?

— Doutor Lee — comentou Seokjin, com um sorriso no rosto, pois ainda estava com a cabeça de Namjoon no seu ombro.

— Ei, o meu também — murmurou o mais alto, quase rindo. — Não acredito que vamos no mesmo psiquiatra há todo esse tempo e nunca nos encontramos...

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