Capítulo 12

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“Lábios pecaminosos, língua quente... Beijos ardentes! Vou te devorar”.


Christopher


Normalmente eu sou atraído para mulheres descomplicadas e dóceis. Dizer que a que está em meus braços é um furacão seria o eufemismo do século. A mulher fazia uma bagunça completa em minha cabeça. Eu parecia uma porra de um cachorrinho babão.


Não gostava dessa minha faceta, porém não podia evitar ficar louco por mais um gosto dela.


Sorri, amplamente. Ela me deixava duro só pelo fato de respirar. Quando entrou em minha sala gritando e esbravejando, tive uma vontade doida de jogá-la no sofá e fodê-la ao esquecimento.


Dulce espalmou as duas mãos em meu peito e logo fui ficando animado. Só que, ao invés de responder meu pedido ou acariciar-me, ela me empurrou com força. Pego de surpresa, tropecei para trás, e ela veio em minha direção com o rosto em pura fúria.


— O que você pensa que está fazendo, seu idiota, pretensioso e arrogante? É um babaca, sabia? Não acredito que eu ainda cogitava a possibilidade de ter mais algumas horas de sexo suado e quente com você — gritava com o dedo em riste. — Quer saber? Não vale a pena. Vou trabalhar que é mais produtivo do que perder meu tempo com um palhaço.


Meu pai dizia que quando uma mulher pisa em você, a tendência é querer mais. 


E ele não podia estar mais certo. A maldita gritava e eu só pensava em beijá-la. E foi o que fiz.


Antes que ela se virasse, enlacei-a pela cintura com um braço e colei nossos corpos. Assaltei sua boca com força, nada de gentileza. Pra que gentileza se aquela mulher mexia com o meu pior lado?


E a safada gostava. Minha língua invadiu sua boca com pressa e quase gemi por quão bom era seu sabor. Suguei, mordi e enlouqueci. E ela não estava muito diferente.


Agarrava-se a mim com as duas mãos. Já sentia o gosto da vitória, teria essa mulher mais uma vez. Satisfaria minha vontade perturbadora de tê-la, e teria minha paz de volta.


Só que quem disse que Dulce era previsível? Só um doido como eu para achar isso. Do nada, a maluca mordeu minha boca com força, que doeu, e afastou-se, respirando rapidamente.


— Coloque uma coisa em sua cabeça, Christopher. Depois que me dispensou a primeira vez, só vai me ter novamente quando e onde eu bem entender. Você não dita mais as regras.


— Caralho! Machucou minha boca, Dulce. Eu tenho uma reunião em duas horas. Como vou aparecer com o lábio sangrando?


Ela teve a audácia de rir.


— Problema seu. Não mandei dar uma de macho alfa.


Amaldiçoei todas as gerações daquela mulher. E sabe o que é o pior? Tive uma vontade maluca de rir, pois eu tinha gostado da violência e adorava o humor ácido da Dulce.


Acho que seria bom procurar um psiquiatra. Ou quem sabe me internar de uma vez?


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Vou postar mais um hoje e amanhã tem maratona ☺️

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