Capítulo 25

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"Arrogante e estúpido, não resisto a esse sorriso pecaminoso."


Dulce

Eu não sou uma pessoa que se assusta fácil. Tive minha cota de valentões e loucos em minha cola. Mas ver Christopher daquela maneira, com os olhos vidrados e o sorriso diabólico em seu rosto, vou te dizer, me deixou de pernas bambas. Bom, foi sexy também, porque o homem é uma delícia, porém um frio na barriga se instalou e meu coração bateu frenético contra meu peito.


Sério, podia sentir o sangue circulando mais rápido em minhas veias e a adrenalina subiu. Não contive minha língua afiada que estava louca para rebater. Sim, às vezes eu não consigo me controlar, mesmo que o meu adversário estivesse com uma expressão que gritava: SELVAGEM.


Soltei minha bomba e saí logo dali. Precisava me distanciar, eu tinha uma atração por perigo e estava a ponto de jogar o cachorro no chão e montar nele como uma cowgirl enlouquecida. E ainda não era o momento, queria fazer o palhaço suar.


Vocês devem estar me perguntando se eu achei o Alfonso lindo, gostoso e tudo de bom? Claro que sim, só se eu fosse louca ou cega que não acharia. Mas percebi que eles tinham uma amizade de longa data, não seria eu a quebrar esse elo. Sou doidinha, mas nunca causaria uma confusão entre pessoas que se gostam. Isso, para mim, é inaceitável.


Além do mais, meu corpo pedia aos gritos por Christopher, podia ficar balançada por outro homem, mas somente ele causava aquela tempestade em mim. Não que fosse ficar sabendo disso. Ainda iria irritar muito o filho da mãe usando esse bônus do ciúme com o amigo. Flertar não dói, né?


Peguei em cima da mesa alguns papéis para fazer cópias e virei o corredor em direção à máquina copiadora, mas fui imprensada contra a parede. Arregalei os olhos e encarei o rosto enfurecido do Christopher, que tinha os lábios presos numa linha fina e seu olhar parecia soltar faíscas.


— Você não me escutou, Dulce? Não brinca comigo, você não tem ideia com o que está lidando.


Engoli em seco, meu corpo todo formigou. Estava hipnotizada pelo brilho dos olhos verdes de íris escuras, de raiva e desejo.


— Então me diz, senhor Uckermann, com o que estou lidando?


Christopher respirou fundo e aproximou o nariz do meu pescoço. Seus lábios quentes e macios deslizaram por minha pele fazendo-me arrepiar, era tudo muito intenso, minha cabeça estava uma bagunça. Ele fazia isso comigo, me consumia completamente. Perdia totalmente a noção de mim mesma e odiava essa coisa de querê-lo cada vez que o via. Christopher prendeu minha orelha entre os dentes e puxou sensualmente. Eu gemi sem conseguir me controlar. Minhas mãos se levantaram por vontade própria e contornei os músculos do seu peitoral definido.


— Não se esqueça de que foi você quem pediu, provocadora.


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