Capítulo 16

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Mordi os lábios. Por que, gente, vamos combinar, quem resistiria a isso? Mas ceder não queria dizer que eu iria me entregar. Ou me apaixonar. Sexo é só isso. Um encontro de corpos, gostoso e prazeroso. E cafajeste como eu sabia que Christopher era, só ficaríamos em encontros carnais mesmo.


Virei-me e encarei seus olhos verdes, que estavam quase fechados.


— Na sua casa ou na minha?


A surpresa tomou seu rosto. Acho que ele pensou que eu iria negar. Mas pra quê, se eu estava morrendo de vontade de tê-lo de novo. Enlaçou-me pela cintura e me beijou. Sua língua se moveu pela minha, com vontade. Christopher fazia amor com minha boca. Sugava com força me deixando sem fôlego. Seus lábios eram implacáveis. E, então, ele me soltou. Engoli em seco e o observei.


— Eu vou na frente. Te espero na garagem. — Sorriu, se afastando.


Entrou no carro e deu partida. Obriguei-me a me mover, porque meus pés se recusaram. Estava tremendo com a expectativa. Segui-o ansiosa. Tentei me acalmar para ele não perceber, não queria que seu ego inflasse mais.


Quando entrei na garagem escura e desci do carro, não o vi em lugar nenhum.


Até que senti seus braços fortes me segurarem por trás.


— Achou que eu tinha te deixado sozinha? Devia fazer isso mesmo... Por ser tão insolente.


E minha língua coçava para rebater. E quer saber? Nunca fui contra minha natureza.


— E você é um babaca arrogante, eu devia deixá-lo com tesão e ir embora. Sim, é isso que vou fazer. — Dei um passo à frente, mas ele me segurou mais forte. E, claro, eu estava blefando.


— Ah, mas não vai mesmo. Nem que eu tenha que te carregar pelo ombro, querida. Eu vou te foder hoje.


— Você não teria essa audácia.


Christopher se abaixou até minha orelha e sussurrou:


— Provocadora.


Virou-me, subitamente, e sorriu. Ai, meu Deus, aquele olhar... Ele me pegou e jogou-me em seu ombro. Eu esperneei e o soquei. Contudo, me diz se adiantou? Ele só gargalhava da minha vã tentativa de me soltar.


Mas bem, eu gostei dessa atitude. Christopher era testosterona pura. E se ele fosse um gatinho manso, eu não estaria interessada. Nunca fui de gostar de caras passivos. Eu mesma não sou. Então, quero que exploda junto comigo. E tinha impressão que teria muito disso.


Continuei fingindo que estava odiando aquilo tudo até que entramos em seu apartamento. Agora, se você me perguntar como era o local eu, sinceramente, não saberia responder.


Ele me jogou deitada no sofá e pairou em cima de mim. Christopher tinha um brilho predador nos olhos. Então, eu percebi que ele realmente era isso, estava à procura de caça e eu tinha despertado o lado mais obscuro de sua personalidade. Sorri amplamente. ADOREI!


— Agora me diz, pequena Dul. Acha que a nossa foda no escritório foi boa? — Aproximou-se e levou as mãos na minha saia retirando-a completamente. Fiquei apenas de blusa, calcinha e scarpin.


— Acho que você não precisa ser mais arrogante.


— Não, você não entendeu. Aquilo, como disse, não foi perto do que vou fazer com você agora. Eu sinto fome do seu corpo há uma semana. E engraçado, acho que as sextas são nossas. Quero ouvir você gritar desesperada querendo gozar, e só vai quando eu deixar.


Peguei-o pelos cabelos e aproximei nossos rostos.


— Querido, digo o mesmo. Você nunca ficou com uma mulher como eu. Tenha isso em mente, nunca na sua vida, você vai encontrar alguém igual a mim. Depois dessa noite, estará estragado para todas as outras. E eu vou gozar quando eu quiser, ninguém manda em minhas sensações.


Ele riu e beijou minha boca levemente, somente um toque e meu corpo contorcia-se de vontade.


— Eu já estou estragado, querida. E digo o mesmo. Nenhum corpo, nenhum cara será capaz de despertar em você o que vou te fazer sentir. E não adianta negar. Somos os melhores juntos.


Ok, quem fala o que quer ouve o que não quer. Ele pegou minha blusa e desabotoou cada botão como se me venerasse. Nunca fui despida tão sensualmente. Normalmente, eu provoco tanto os caras que eles ficam loucos e quase rasgam minhas roupas fora. Mas eu estava contra um adversário à altura. Quer dizer, perdida da silva!

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