Capítulo setenta e seis

1.1K 41 17
                                    

Bia POV.

— Bia, você já imaginou que seu futuro seria tão bom assim? — Mari, pergunta olhando em volta a procura de Lívia.

— Se a um ano atrás uma pessoa me dissesse que meu futuro seria tão fantástico assim, eu com certeza, mandaria essa pessoa se internar. — Rio pensando em tudo o que passei para chegar até aqui.

— Acho que nenhum de nós acreditaríamos que em um ano, nossas vidas mudariam tanto. — Sinto as mãos de Bruno no meu ombro.

Jogo minha cabeça para trás e sorrio para meu marido, que agora posso chamar de meu.

— Estou pagando com a língua, já que disse a um tempo atrás que casamento estava fora de cogitação na minha vida. — Abaixo minha cabeça e Bruno beija o topo da minha cabeça, em seguida se afasta.

— Quem nunca fez isso, que atire a primeira pedra. — Mari, brinca me fazendo rir.

— Minha mãe sempre diz que tudo nessa vida tem um propósito, então eu espero que o meu propósito seja muito bom!

Digo a ela por fim e me levanto da cadeira. Saio passeando pelo jardim, sempre recepcionando todas as mesas e convidados novamente, tem muita gente aqui e todos são pessoas importantes na minha vida e na vida do Bruno, nem consigo acreditar que tudo isso realmente está acontecendo, não posso acreditar que estou casada, grávida e que tenho pessoas maravilhosas ao meu redor.

— Bia? — Ouço alguém me chamar e me viro encontrando minha sogra parada com um sorriso fraco no rosto.

— Dona Luiza! — Sorrio largamente para ela.

Dizem que nem toda nora se dá bem com a sogra. Eu não tenho o que reclamar da Luiza, óbvio que sei que ela andou falando algumas coisas sobre mim na época em que estava em Paris e que Bruno, estava mal. Não a culpo por isso, ela é mãe, tem total direito de ficar brava, minha mãe também não gostou da minha viagem, mas eu precisava daquele tempo, de um tempo só para mim.

— Só Luiza menina, sou oficialmente sua sogra agora, não precisamos mais de formalidade! — Seu olhar demonstra carinho.

— Claro, é o costume de sempre ser formal. — Rio fraco. — Precisa de ajuda com alguma coisa? Se quiser falar com o Bruno, ele está na mesa com os meninos.

— Na verdade não, queria apenas falar com você, podemos ir para um lugar mais calmo? — Ela me pergunta já me deixando curiosa.

— Podemos, vamos entrar. — Aponto para a entrada da casa e caminhamos para lá.

Entramos na casa novamente e vamos até a sala, nos acomodamos no sofá maior, ficando uma ao lado da outra, mas quase viradas uma de frente para a outra.

— Olha Bia, sei que muita coisa já aconteceu na sua vida e na do meu filho, vocês já tiveram erros e acertos, momentos bons e ruins, entre milhares de coisas. Um ano não é um dia, muita coisa aconteceu e nessas coisas eu quero te agradecer e me desculpar. Agradecer por ser essa pessoa especial que mudou a vida do Bruno, que iluminou novamente o caminho dele e que deu outro ar a ele, agradecer por estar me dando dois netinhos lindos e por estar fazendo parte da família agora.

— Luiza, acho que eu que tenho que agradecer a você por ter um filho como o Bruno, eu nunca imaginei que pudesse encontrar alguém que iria mudar minha vida em tão pouco tempo, mesmo com todas as barreiras e desavenças que enfrentamos. — Digo a ela segurando suas mãos.

— Vocês foram fortes demais para aguentar tudo o que passaram, muita gente teria desistido no começo. Mas eu também quero me desculpar por te julgar e te culpar todas as vezes que você se afastou do meu filho, principalmente dessa última vez, eu fui cruel demais com você e sua mãe, as julgando por algo que ninguém poderia mudar. As vezes paro para pensar que esse afastamento seu com meu filho foi uma melhora e aprendizado para os dois. Me desculpe por tudo Bia.

𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒈𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝑳𝒐𝒖𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora