Capítulo onze

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Bia POV.

Acordo sentindo fortes pontadas na minha cabeça, parece que uma bomba está dentro do meu crânio sendo martelada para ser destruída em poucos segundos. Tento abrir meus olhos, mas o peso em minha cabeça não deixa, tento mais uma vez abri-los e aos poucos vejo uma luz forte entrar em contato com eles me fazendo rapidamente enfiar a cabeça em baixo dos travesseiros.

— A princesa aí deveria levantar logo, temos duas horas até irmos embora! — Ouço uma voz falar, mas parece que ela está mais gritando do que falando.

— Pelo amor de Deus, fala baixo. — Tiro minha cabeça dos travesseiros e encaro minha irmã, que está sentando em uma poltrona ao lado da minha cama, lendo um livro. — Eu acho que ainda estou dormindo, você lendo é um milagre. — Pisco diversas vezes.

— Gosto de livros fictícios, você que nunca prestou atenção na minha prateleira. — A morena dá de ombros e fecha o livro.

— Minha cabeça está a um fio de explodir, sabe o que aconteceu? — Me sento na cama e percebo que ainda estou com as roupas do dia anterior.

— Não sei, vim embora com as meninas. Mas hoje pela manhã seu chefe me pediu para te entregar isso assim que você acordasse. — Ela me entrega uma sacolinha de farmácia. — Aspirina, água e dipirona.

— Não sei o motivo do Ph ter mandado isso, mas sei que vai ajudar muito.

Viro as coisas da sacola na cama e pego dois comprimidos de cada cartela de remédio, viro na boca, abro a garrafinha de água e tomo um gole engolindo os comprimidos.

— Está de bom humor hoje? — Sophia, pergunta rindo.

— Por que? — Pergunto sem entender e em levanto da cama.

Rapidamente sinto uma tontura e vários flashes como filmes passam por minha cabeça e as cenas do dia anterior me rondam rapidamente, a ligação, as bebidas, o estresse, o strip tesse e eu bêbada falando com o Bruno, principalmente sobre o chifre.

— PUTA MERDA! — Grito e minha cabeça lateja.

— Vai gritar no inferno desgraça. — Minha irmã, murmura.

— Eu que sou a bêbada aqui ta? — Brinco e rimos. — Ai meu Deus! Eu vou ser demitida. — Olho para Sophia desesperada, que fica sem entender nada.

— Bebeu mais do que devia e falou o que não devia? — A morena me encara com a sobrancelha arqueada.

— Se eu perder meu emprego por favor, prepara os ombros para me consolar. — Rio fraco e caminho até o banheiro encarando meu estado de decadência no espelho.

— Se quiser fazer a disputa de quem fez a pior merda ontem, eu to dentro. — Minha ri.

— Eu ganho com certeza. — Fecho a porta do banheiro.

Abro a torneiro do banheiro e lavo meu rosto tentando tirar aquela cara de morta, tiro a roupa que estava vestindo antes a deixando em cima da pia. Adentro no box e ligo o chuveiro na água fria para ver se essa dor de cabeça passa.

[...]

— E então, ainda vai querer disputar de quem fez a maior merda? — Pergunto a minha irmã, fechando a mala.

— Óbvio! — Ela ri e lembro de quando disputamos da primeira vez, para ver quem já tinha feito a maior cagada na vida e eu ganhei.

— Eu recebi uma ligação do Felipe ontem, bebi todas que pude para descontar a raiva e depois que vocês voltaram eu falei umas coisas pro Ph que envolve muito as nossas vidas pessoais. — Rio nasalmente e minha irmã me encara abismada.

𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒈𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝑳𝒐𝒖𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora