Capítulo quarenta e um

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Bia POV.

— EU VOU MATAR VOCÊ, BRUNO! — Surto assim que o moreno sai do banho.

Em seu corpo ele usa apenas uma toalha amarrada na cintura, os cabelos escuros molhados lhe dão um ar sexy e o sorriso debochado faz meu ódio fica maior do que já está.

— Amorinha, eu já pedi perdão pela demora. Mas fiquei preso dentro de uma sala de escritório a tarde inteira! — Ele se aproxima de mim.

— Você me deixou hibernar dentro desse apartamento o dia inteiro. — Bufo. — Não sei como ainda não matei você. — O encaro surpresa comigo mesma.

— Bia, se a gente continuar nessa discussão, vamos chegar muito mais atrasados do que já estamos.

Bruno, caminha para o closet e me deixando sozinha no quarto, encaro diversas vezes a porta em que o moreno entrou e balanço a cabeça em negativo. Respiro fundo e caminho para a sala, meus saltos batem fortemente contra o chão fazendo um enorme barulho agudo.

Pego minha bolsa e meu celular sobre o sofá, envio uma mensagem a Babi, avisando que Bruno e eu iremos nos atrasar. Volto para o quarto do moreno e vejo o mesmo terminando de calçar os sapatos e com o smoking e a gravata sobre a cama.

— Vou descer para o estacionamento, espero que não demore. — Aviso já saindo.

— Bia, por favor você está sendo infantil. — Bruno, me diz e paro no caminho querendo xinga-lo de todos os idiomas possíveis.

— Não demore ou irei de Uber! — Saio pisando mais forte contra o piso, estou imaginando se esse chão quebrar.

Saio do apartamento e caminho pelo mínimo corredor até o elevador, entro no cubículo de ferro e aperto o botão da garagem. Eu sei que posso estar sendo infantil e imatura demais, só que por mais que eu ame o Bruno e acredite que ele não sente nada pela ex eu ainda tenho dúvidas que me rondam, mas não me machucam, não é paranoia, mas tudo o que aconteceu foi e ainda é recente.

Pode sim ser possível que ele tenha passado dez horas dentro de um escritório, mas como também ele pode ter feito algo que eu não saiba, mas a questão é que não tenho motivos concretos demais para desconfiar dele, nós dois passamos pelos mesmos problemas. Isso só pode ser delírio e raiva.

Assim que o elevador chega ao meu destino, saio do mesmo sentindo um vento gelado bater contra minhas costas e um arrepio passar por minha espinha. Caminho até o carro preto e me encosto na porta sentindo o metal gelado, aproveito para atualizar minhas redes sociais.

— Ual, não tenho palavras para dizer o quão perfeita está amorinha! — Acho que agora descobri o porque do arrepio na espinha.

— Eu já disse que para você é Beatriz, não temos intimidade alguma para me chamar pelo meu apelido.

Me viro encarando o garoto loiro, o mesmo rosto, o mesmo sorriso debochado, as mesmas roupas, tudo é o mesmo nele, o mesmo garoto de três anos atrás.

— Tudo bem Beatriz, achei que minha recepção na volta seria muito melhor. — O loiro sorri de lado.

— A única recepção que irei fazer questão de festejar é quando você, estiver queimando no fogo do inferno. — Sinto meu peito subir e descer, a raiva está me consumindo a cada minuto que passa.

— Há Bia, nunca perde o jeito durona e pecadora. Essa é uma das suas melhores qualidades. — Felipe, começa se aproximar, mas o paro antes que de mais um passo.

— Fica aonde está! — O encaro com raiva. — O que está fazendo aqui? Começou a me perseguir? Sabe que posso abrir um processo contra você por isso? — O ameaço.

𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒈𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝑳𝒐𝒖𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora