Capítulo trinta e sete

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— Eu acho que a pessoa vista nas câmeras é a Laís Danielle. — Digo de uma só vez e encaro Bruno, que sorri fraco.

— O QUE? — Um grito vem de alguma parte da sala e todos nós ficamos à procura da voz até pararmos em Babi, próxima a porta que liga para a escada.

— Detetive Andrade, pode me dar licença um minuto por favor? — Peço ao detetive me levantando.

— Claro, fique à vontade! — Balança a cabeça em positivo.

Saio dali e caminho até Babi, a puxando para a cozinha, assim que entro fecho as portas de madeira e Babi, me encara como se fosse o fim do mundo.

— Eu não ouvi o que eu ouvi, ouvi? — A morena me pergunta chocada.

— Ouviu, mas não posso dar explicações agora até provar que realmente era a Danielle, que provocou o acidente. — Suspiro. — Por favor, não comenta nada com mais ninguém, até tudo ser realmente confirmado! — Peço a ela.

— Prometo não falar nada, mas promete me contar tudo para mim quando as coisas tiverem realmente certas?

— Eu prometo, mas enquanto isso boquinha fechada. — Brinco e ela confirma.

Caminho de volta para fora da cozinha e volto até o sofá onde o detetive conversa com Bruno.

— Voltei! — Digo me aproximando.

— Bem, a senhorita estava me dizendo que a suspeita do acidente era Laís Danielle, certo? — O delegado pergunta novamente.

— Sim!

— A senhorita teria o nome dela completo? — Ele me pede pegando um bloquinho e uma caneta.

— Laís Danielle Castanho Mendes. — Bruno, responde por mim e o delegado anota.

— Quais seria os motivos da senhorita Mendes de tentar matá-la? — O senhor arque-a a sobrancelha.

— Vários. — Rio nasalmente.

— Mas o principal é a mesma não aceitar o fim do meu relacionamento com ela. — Bruno, responde por mim e o detetive nos encara surpreso.

— Isso tudo seria por vingança então? — Balanço a cabeça em positivo. — Bia, você já sofreu algum tipo de ameaça da senhorita Mendes?

— Sim, duas vezes! — Afirmo.

— Pode me falar quais foram essas ameaças e onde foram? — Detetive Andrade, me pede.

— A primeira foi em uma discussão nossa no shopping, acabei por esbarrar nela sem perceber quem era e ela me ameaçou dizendo que se eu não me afastasse do Bruno, ela não mediria esforços para acabar comigo e me xingou de inúmeros nomes! — Explico. — Vários vídeos postados na internet podem provar isso.

— E quando foi a segunda vez? — O senhor me pergunta.

— Quando Bruno e eu fomos em uma festa dos pais dele, sai da mesa e fui ao banheiro enquanto Bruno, ficou para se despedir da família. Assim que estava saindo ela saiu de dentro de uma das cabines, ela me disse que iria cumprir com a promessa dela e que eu iria pagar por não me afastar do Bruno.

— Nunca pensou em procurar a polícia pelas ameaças?

— Sinceramente? Nunca achei que ela realmente faria algo de mal para mim. — Dou de ombros. — Nunca imaginei que ela pudesse ser uma, ex psicopata!

— Seu breve depoimento poderá nos ajudar a concluir o caso do seu acidente, mas ainda sim preciso que compareça à delegacia para fazer um depoimento oficial. — O detetive guarda suas coisas e se levanta. — Obrigado por ter contribuído com a polícia para a continuidade do caso.

𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒈𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝑳𝒐𝒖𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora