Capítulo cinquenta e nove

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Cristina POV.

Uma semana pode parecer muito para alguns e pouco para outros. Sete dias longe de quem amamos é algo que pode nos machucar de uma forma sem igual, principalmente se o nosso sentimento por aquele pessoa é possível de ser visto aos olhos de qualquer um e, é isso que vejo no Bruno e na Bia, esse dois mesmo separados se conectam e essa distância no momento está machucando os dois de uma forma sem igual.

Depois de um tempo a mãe de Bruno volta para onde nós estamos, em seu rosto é possível ver a felicidade estampada, o ar de preocupação sumiu dela e a felicidade tomou lugar. Assim que ela se aproxima do pessoal Babi, diz algo a ela que balança a cabeça em positivo, vejo que Bárbara se prepara para sair e rapidamente me levanto da cadeira desconfortável enquanto seguro um copo de café.

- Babi? - Chamo a garota que se aproxima de mim. - Você vai ver o Bruno? - Ela balança a cabeça em positivo.

- Sim, depois os meninos e aí vamos embora.

- Posso ir primeiro? Preciso falar com ele. - Peço a ela. - Prometo não demorar, também preciso ir embora.

- Tudo bem tia, pode ir. O quarto é o 201. - Ela me dá passagem e volta a se sentar ao lado dos meninos.

Caminho até o elevador e entro no espaço vazio apertando o botão do quarto andar. Sinto o elevador subir, em segundos já estou no andar desejado, saio do elevador e caminho pelo corredor silencioso a procura do quarto de Bruno, assim que encontro, abro a porta do quarto o moreno olha em direção a porta e me encara por alguns segundos e depois vira sua cabeça de volta para o lado oposto.

- Acho que não necessito de mais sermão, já estou um pouco velho para isso. - Ele diz um pouco baixo e solto uma risada fraca.

- Não estaria em uma cama de hospital se não precisasse. - Entro no quarto e fecho a porta me aproximo de sua cama e sento na poltrona branca ao seu lado.

- Pode ir Tina, eu estou bem. Só o sermão da minha mãe já valeu por todos os meus anos de vida. - Ele se vira para mim.

- Não você não está, e não adianta dizer que não quer receber sermão porque você vai. Eu também sou mãe e sei muito bem o que Luiza, sentiu quando viu você sendo trazido a um hospital por desnutrição e desidratação. Você tem noção do desespero que todos ficaram por você hoje? Eu tenho certeza que sua glicose deve estar baixíssima e sua pressão ainda mais. - Jogo as palavras sobre ele.

- Posso até imaginar. - Ele abaixa a cabeça.

- Não imagina não, todos nós estamos sofrendo Bruno, todos nós queremos que a Bia volte trazendo a alegria contagiante dela, todos nós estamos tentando lidar com tudo isso o mais rápido possível. Nós não estamos nos entregando ao desespero, eu não falo isso por mim. Eu falo isso pela Loud, pelos seus filhos e pela Bia.

- Eu não queria preocupar ninguém, só não queria me esquecer dela. Tudo dói, mas a dor emocional é muito pior que a física. - Algumas lágrimas caem de seu rosto. - Eu não sei o que aconteceu naquela noite, eu queria tanto poder provar ao contrário e ter ela de novo aqui, ter meus filhos aqui, eu juro Tina, eu não traí a Bia, nunca a trairia. - Ele segura em minhas mãos e desaba ainda mais em lágrimas.

- Eu sei disso, mas a Bia é como você, cabeça dura, difícil de convencer. Só que ela vai voltar, eu conheço minha filha e também sei que se ela estivesse aqui ela já teria lhe dado uma tapas por não estar se cuidando. - Brinco e ele solta uma pequena risada. - Todos nós queremos que ela volte, mas ela precisa de um espaço próprio.

- Isso é verdade, ela já teria feito um escândalo para me entupirem de comida. - Ele ri alto. - Ela faz muita falta. - Seu sorriso morre.

- Vocês já brigaram uma vez e se resolveram, dessa vez não vai ser diferente, mostre arrependimento e se você realmente não a traiu, prove isso a ela. - O aconselho.

𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒈𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝑳𝒐𝒖𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora