Capítulo vinte e nove

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Manhã seguinte — 10:37 A.M.

Acordo com o barulho da porta se fechando, abro lentamente meus olhos lembrando e sinto ainda um pouco de dor no meu corpo, mas nada demais. Tento me sentar na cama sozinha e finalmente consigo olho para a porta e minha mãe passa pela mesma com uma bolsa minha grande.

— Já está acordada amorinha? — Ela se próxima e dá um beijo em minha testa.

— Acordei com o barulho da porta! — Sorrio fraco. — O que é isso? — Aponto para a bolsa que ela coloca sobre a poltrona.

— Roupas limpas para você poder sair do hospital. — Ela me diz e alguém bate na porta.

— Licença! — A médica ruiva diz entrando. — Bom dia Bia, Tina. — Ela cumprimenta minha mãe e eu.

— Bom dia doutora! — Falamos em uníssono.

— Então como está minha melhor paciente? — Ela pergunta com um enorme sorriso.

— Me senti importante agora! — Brinco e rimos.

— Você é muito importante Bia, digo isso porque nas últimas quarenta e oito horas a sala de espera estava cheia de pessoas para ver você. — Ela caminha até mim. — Agora vou fazer os processos de sempre e você, vai fazer mais alguns exames ok?

— Eu podendo ir embora ainda hoje e me entupir de chocolates tá tudo certo. — Rio e ela me acompanha.

— Dessa vez vai ficar sem se entupir de doces mocinhas, tem que se alimentar bem para melhorar logo. — Minha mãe, diz e faço cara de gatos de bota. — Não vai me convencer com essa cara, você tem milhões de pessoas querendo saber o que aconteceu com você. — Me explica.

— Ainda não falaram para eles, o que aconteceu?

— Preferimos esperar você melhorar, nosso desespero com você foi muito grande! — Minha mãe me explica.

— Não querendo cortar a conversa, mas está tudo bem com você pelo o que vejo, daqui a pouco uma enfermeira vai vir aqui te preparar para os últimos exames! — A doutora me avisa.

— Obrigada, doutora. — Agradeço a ela e sorrio.

— Clara, posso conversar com você rapidinho? — Minha mãe, pergunta a ruiva e agora descobri seu nome.

— Sim! — Ela sai.

— Já volto filha. — Minha mãe avisa e sai junto com a doutora.

Fico ali, deitada sem nada para fazer já que não tenho mais celular até o presente momento. Fico perdida em pensamentos e não demora muito para minha mãe entrar novamente no quarto.

— Eu espero que seu sorriso seja porque eu vou ser liberada o mais rápido possível! — Sorrio.

— Quase isso. Estava falando com a doutora e para uma pessoa que sofreu um acidente grave como o seu, você está melhor possível. — Me explica.

— Ela tem uma força de ferro. — Uma outra voz diz, encaro a porta e vejo Sophia com um enorme sorriso e um copo de café.

— Você não deveria estar na escola? — Pergunto surpresa.

— Deveria, mas convenci a mamãe me deixar vir ver você e cá estou eu. — Ela me abraça apertado.

— Aii. — Gemo de dor. — Ainda não tô nesse pique todo não. — Brinco.

— Foi mal. — Ela me solta. — Às vezes esqueço que você está em um hospital.

— Tudo bem! — Sorrio. — Mas uma dúvida. Como soube do acidente?

𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒈𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝑳𝒐𝒖𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora