Capítulo cinquenta e três

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Playhard POV.

Dois dias depois, Belo horizonte — 17:33.

Os últimos dias estão sendo bem corridos, assim que cheguei em BH passei a maior parte do tempo na casa da minha mãe trabalhando, assinando documentos, fazendo meus vídeos e terminando todos os assuntos necessários para os próximos campeonatos. Hoje é meu quase último dia na minha cidade, sinceramente vim para BH, mais por insistência dos meus pais e por minha tia ter insistido que eu precisava vir para seu aniversário e como eu amo demais minha família, não poderia negar esse pedido deles já que vivemos tão longe um dos outros e raramente nos vemos a não ser por chamadas de vídeo.

O caminho até o salão de festa está calmo e tranquilo, as ruas estão bem silenciosas e com pouco movimento, o que é de se estranhar em uma noite de sábado. Diferente das ruas da casa dos meus pais, a rua do salão de festa está extremamente movimentada, diversos carros em duas fileiras que são possíveis de ser vista a quilômetros mostram a quantidade de gente que deve ter. Já sabia que minha tia tinha bastante amigos e conhecidos, mas não imaginava que fosse tantos assim.

Estaciono o carro em uma vaga que achei depois de um bom tempo, desço do mesmo pegando a pequena sacola de papel e tranco o veículo guardando as chaves no bolso da calça, caminho para dentro do espaço e entrego o convite aos seguranças que estão na porta, sou liberado ganhado passagem. Ao entrar no salão sinto o cheiro de flores, o espaço é todo decorado por rosas do campo, algo que minha tia e minha mãe são apaixonadas, as mesas espalhadas com pequenos arranjos, os garçons distribuídos servindo salgados e bebidas, a música calma tocava e várias pessoas comiam e bebiam enquanto riam de algo em suas mesas.

Caminho até o meio do salão, vendo minha tia recepcionar alguns de seus convidados, me aproximo da mulher que está de costa e toco em seu ombro fazendo a mesma se virar para mim e ao me ver abrir um sorriso de orelha a orelha.

— Bruno? — Tia Amélia, me encara surpresa. — Meu bebê você veio, nem posso acreditar. — Ela me abraça apertado e retribuo seu carinho.

— Já estou um pouco grande demais para ser um bebê tia, já serei pai. — Abro um sorriso me soltando dela.

— Meu Deus, sua mãe não me disse nada. A Laís, vai me dar um sobrinho lindo! — A mulher de cabelos loiros diz sem acreditar.

— A senhora sabe que não estou mais com a Laís tia, ela me traiu, nós terminamos a muito tempo. — Vejo seu sorriso morrer.

— É verdade, você está com aquela mocinha sem sal. — Ouço ela dizer baixinho o final e encaro a mesma um pouco bravo.

— A Bia, não é sem sal dona Amélia, é ela quem eu amo. A Laís não me merecia, não depois do que ela fez.

— Há Bruno, não devia ter terminado com a Laís ela é uma garota perfeita, a garota dos sonhos de qualquer homem, uma mulher formada, trabalhadora, honesta, adorável e linda. Tudo nessa vida há perdão meu filho.

— A Bia, também é tudo isso e muito mais. E será ela que me dará dois filhos lindos, a Laís não faz mais parte da minha vida. — Dou de ombros e entrego a sacola da joalheira a ela.

Tia Amélia, fica em silêncio por alguns minutos, em seguida abre a pequena sacola de papel retirando dela uma caixinha vermelha, assim que ela abre a caixinha a mesma revela um colar dourado com o pingente de coração com uma pequena pedra de rubi.

— É o melhor presente dessa noite meu filho. — Ela me abraça mais uma vez. — Ainda não gosto da ideia de você não ter ficado com a Laís, mas caso você repensa nos seus conceitos ela está linda no vestido vermelho ali no canto. — Ela diz a mim encarado o canto atrás de mim.

𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒈𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝑳𝒐𝒖𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora