Capítulo vinte e três

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Ainda na festa...
Bruno e eu finalmente nos resolvemos, passamos ainda uma parte do nosso tempo no jardim, apenas como um casal. Ao voltarmos para o interior do salão conheci o pai do Bruno, que é um senhor muito educado, calmo e gentil, me elogiou a maior parte da noite. Conheci também, os avós, primos (as) e alguns outros parentes de Bruno, todos muito educados e atenciosos, já sei de onde Bruno, puxou toda essa educação.

— Acho que já está na hora de irmos, embora! — Bruno, me diz e tiro minha cabeça de seu ombro.

— Eu vou no banheiro, bebi champanhe demais — Rio.

— Bebeu praticamente todas as taças que o garçom servia.

Gargalhamos juntos e saio da mesa que estamos caminhando até o banheiro, adentro no mesmo e que banheiro lindo, meu quarto cabe aqui. Vou até uma das cabines que tem ali e faço meu xixi, se não minha bexiga iria estourar. Saio da cabine, após dar descarga e caminho até a pia, pegando um pouco de sabão líquido e molho minhas mãos a esfregando. Pego os papéis secando a mesma e depois os jogos no lixo, me encaro no espelho e sorrio, não demora muito para uma das cabines se abrir e ali revelar meu maior pesadelo, a loira sai da cabine com uma expressão fria, que me causa arrepios, Laís se aproxima da pia e molha suas mãos.

Contínuo imóvel em meu lugar, mas tomo um reflexo para poder sair dali, pois sentia que não iria acabar bem nós duas no mesmo lugar.

— Você é uma pessoa que gosta de desafiar o perigo né? — Pergunta, me encarando pelo espelho.

— O que? — Pergunto sem entender.

— Não se faça de burra garota, eu avisei o que aconteceria caso não deixasse o Bruno. — Vira para mim com o olhar do capeta. — E eu não sou uma pessoa de avisar duas vezes.

— Você está nos seguindo? — Me viro para ela e sinto minha respiração descontrolada.

— Fui convidada para estar aqui, mas não lhe devo explicações. — Ela sorri fria.

— Que eu saiba, ninguém da família do Bruno gosta de você! — Aponto para ela com um sorriso debochado.

— Você não conheceu toda a família, a tia dela me convidou e eu aceitei. Ela sorri. — Mas apenas lhe digo para ter cuidado, não vai demorar muito para eu cumprir com minha promessa. — A loira diz se virando para sair.

— Que promessa? — Pergunto aprofundando o assunto e ela para no meio do caminho.

— Logo você saberá. — Fala de costa.

— Isso é uma ameaça? — Tento me manter firme.

— Considere como quiser! — Diz por fim e sai o banheiro.

Solto todo o ar que estava preso e sinto um calafrio no meu corpo, rapidamente saio do banheiro e volto para a mesa, no caminho visualizo a loira com um longo vestido preto próxima a saída ela me encara pela última vez e some do meu campo de visão. Volto para a mesa e Bruno, sorri ao me ver.

— Já podemos ir? — Pergunto nervosa.

— Já podemos sim. — Ele se levanta e sorrio fraco. — Bia, está tudo bem? Você está pálida, tá estranha. — Ele me pergunta e sinto mais uma vez o arrepio infernal.

— Eu estou cansada, vamos? — Pergunto pela última vez e ele se levanta balançando a cabeça em positivo.

— Vamos, só vou me despedir dos meus pais! — Ele avisa e me leva até seus pais.

Nos despedimos dos pais de Bruno e de alguns outros parentes seus, de longe percebi duas mulheres que se não me engano são tias dele, elas cochicham algo enquanto me encaram. Por fim Bruno e eu demos as mãos e caminhamos para fora do salão, não demora muito e o manobrista trás o carro, adentro nele sem dar uma palavra e Bruno também não me questiona em nada, passo o cinto no corpo e encosto a cabeça no vidro lembrando das palavras de Laís.

𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒈𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝑳𝒐𝒖𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora