Capítulo vinte e cinco

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Narradora POV.

Dizem que no momento em que estamos à beira da morte vemos toda a nossa vida passar como flashes, como se fosse um filme. Dizem também que essa é uma das piores experiências da morte já que você lembra de tudo o que quer e não quer. Bem, Bia viu um filme da sua vida completamente, dos melhores aos seus piores momentos, ali ela reviveu tudo o que passou, lembrou dos melhores momentos com as melhores pessoas, como dos piores momentos com as piores pessoas.

Alguns minutos depois do carro capotar, outras pessoas começou a se aglomerar em volta do barranco onde o carro rolou, todos os curiosos tiravam fotos e perguntavam uns aos outros se sabiam quem era o ou a motorista. Ninguém fez nada por um longo tempo até um desconhecido pedir para ligar aos bombeiros já que começava a subir um forte cheiro de gasolina e precisariam tirar o mais rápido possível a pessoa de dentro do carro. Duas boas almas se ofereceram para descer o barranco e ajudar a pessoa que está no carro mesmo sem saber quem é, enquanto uma moça ligava desesperada para a ambulância.

Os dois homens que se ofereceram para ajudar Bia, desceram o barranco e foram até o carro que antes bonito agora todo amassado e sem vida. Eles se abaixam deitando seus corpos no chão e veem a garota de longos cabelos presa de cabeça para baixo com o rosto sagrando e todo machucado.

— Jesus, se essa garota sobreviver ela vai ser um milagre. — Um dos rapazes diz com pena da morena que tem o rosto pálido.

— A gente tem que tirar ela agora, esse carro vai explodir a qualquer momento. — O outro rapaz diz e tenta abrir a porta mais a mesma está emperrada.

Os dois tentam de todas as formas tirar Bia, do carro enquanto a ambulância não chega, tentam mais uma vez abrir as portas, mas sem sucesso já que as mesmas estão emperradas pela batida, principalmente a de Bia. A única forma deles tirá-la do carro é pela janela quebrada e assim fizeram, um dos rapazes conseguiu um canivete onde cortou o cinto de Bia, os dois rapazes se juntaram e puxaram o corpo da garota para fora com uma certa dificuldade, ao tirarem o corpo da morena do carro palmas foram dirigidas a ele.

Minutos depois o barulho alto da sirene foi ouvido por toda a rua, o carro da ambulância rapidamente parou próximo ao barranco e de dentro do mesmo desceu três paramédicos, que rapidamente conseguiram uma forma de descer com a prancha médica em seguida, ao descerem com cuidado imediatamente imobilizaram a garota, fazendo todos os primeiros procedimentos necessários. Verificaram seus batimentos vendo os mesmos fracos e rapidamente entubaram a garota já pensando na forma de subir a prancha com Bia, sobre ela.

— Esse cheiro de gasolina está tão forte! — Um dos paramédicos diz.

— CUIDADO, O CARRO VAI EXPLODIR. — Alguém grita do alto e todos se viram encontrando o carro começando a aparece algumas chamas, rapidamente todos os paramédicos dobram seus corpos sobre a garota protegendo-os e da explosão.

BUM...

— Paciente sem identificação, mulher por volta dos vinte anos

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— Paciente sem identificação, mulher por volta dos vinte anos. Acidente de carro sem causas prováveis, pulso dez por sete, pressão oito por seis, sistólica em setenta, entubada desde o momento em que foi imobilizada, fratura exposta no braço e perna esquerda, uma fratura na cabeça e lacerações. — Uma paramédica diz enquanto corre para dentro com a maca. — O lado esquerdo dela foi o mais afetado no acidente.

— Trauma um! — A médica ruiva ordena. — Quero um raio-x do tórax e bacia, ultrassonografia do abdômen total, tomografia do crânio e cervical! — A médica pede aos outros e todos começam a se movimentar na sala.

— Doutora pulso fraco, a pressão está caindo de pressa. — Um dos residentes avisa.

— Comecem com vinte e cinco miligramas de atenol. — A médica ordena.

Segundos após a injeção ser injetada os aparelhos ligados ao corpo de Bia, disparam em um barulho agonizante.

— Ela está fibrilando. — Uma enfermeira diz, encarando o monitor.

— Desfibrilador! — A médica ruiva pede e rapidamente o carrinho é empurrado até ela. — Carrega em duzentos. Afasta! — Todos dão um passo e o choque é jogado ao corpo da morena.

— Sem pulso. — Um dos médicos diz.

— Carrega em trezentos. — A doutora pede mais uma vez. — Afasta. — Outra onda de choque é dirigida ao corpo de Bia.

Todos os olharem se voltam para o monitor na esperança de algum sinal de batimento. Ao estarem a ponto de perder a esperança um fio passa pelo monitor e o ritmo cardíaco da garota volta.

— Meu Deus! — A doutora ruiva diz e sente o corpo um pouco mais aliviado. — Chamem a ortopedia, façam um eletro.

Assim começam mais uma vez todos os processos necessário, o pulso da Bia volta a cair a cada momento que se passa e dessa vez para os médicos ela não teria chance alguma de voltar a vida, pupilas dilatadas, corpo pálido, ela está à beira da morte, neste momento ela necessita de um milagre.  

Capítulo revisado!

𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒈𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝑳𝒐𝒖𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora