Capítulo vinte e sete

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— Como você está flor do dia? — Pergunto encarando seu rosto com alguns pontos e curativos.

— Eu estou dolorida, mas bem! — Ela sorri fraco e tentar se sentar na cama. — Aí. — Geme de dor e me levanto rapidamente.

— Não faz esforço, você acabou de sair de uma cirurgia. — Ajudo ela, colocando os travesseiros em suas costas.

— Obrigada! — Ela sorri fraco.

— Por favor amorinha, não nos de, mais um susto desses. Eu não tenho mais idade para essas coisas. — Brinco e ela ri.

— Como se você fosse muito velho né? — Ela sorri e esse sorriso me conforta por dentro.

— Estou chegando na casa dos trinta já, tenho mais coração para sustos não. — Brinco arrancando cada vez mais risos dela.

— Cala boca Bruno, você nem chegou nos vinte e sete ainda. — Ela me fala. — Mas pode deixar que esse susto eu não vou dar nem em mim. — Vejo seu rosto ficar triste.

— Você sabe o que aconteceu, naquela hora? Como que esse acidente aconteceu? — Seguro em suas mãos e seus olhos claros me encaram.

— Eu não sei, na hora que eu saí de casa tudo estava normal, tudo estava bem, eu parei em semáforos, estacionei no shopping. Mas tudo aconteceu na hora que eu saí, eu fui tentar parar o carro, mas não conseguia o freio não pegava. — Seus olhos começam a marejar. — Eu não sei, eu fiquei desesperada, do nada apareceu um caminhão e... — Ela não consegue terminar de falar e lágrimas descem por seus olhos.

— Eii! — Abraço ela desajeitado e ela chora em meu peito. — Tudo bem, já passou, você tá bem agora, já passou. — Passo a mãos em suas costas na forma de acalmá-la.

— Eu... eu não sei como, mas eu vi uma pessoa antes de tudo apagar! — Ela me fala a base de soluços.

— Quem meu amor? — Pergunto baixo a acalmando.

— A Laís! — Me espanto com sua afirmação, mas tento não demonstrar. — Antes que você diga que é ilusão, no shopping ela me ameaçou, mas também me ameaçou na festa dos seus pais, na hora que fui no banheiro ela estava lá e me falou que iria cumprir com a promessa dela por eu não ter me afastado de você. Eu acho que essas duas coisas estão ligadas. — Ela me explica e fico surpreso, mas por que a Laís quer tanto me afastar da Bia?

— Eu confio em você, mas não quero mais falar desse acidente, muitas coisas aconteceram, esse dia já foi muito cansativo. — Sorrio para ela.

— Verdade, onde está o pessoal? Já até imagino o desespero das meninas. — Ela ri.

— Eu e as meninas quase tivemos um infarto quando confirmamos que era você, mas estamos melhor agora e está todos lá em baixo esperando para te ver. — Acaricio seus cabelos.

— Minha mãe surtou quando soube do acidente né?

— Sua mãe ficou preocupada é normal isso! — Digo a ela e me sento na poltrona novamente.

Ficamos ali conversando por um longo tempo e nem percebi a hora passar, conversamos sobre nós e como ficamos quando soubemos da notícia do acidente. Depois de muito assunto, fico mais um pouco com Bia no quarto e ela acaba por pegar no sono, vejo ela dormir e está tão linda, mesmo cheia de curativos ela continua linda e continua sendo minha amorinha. Sorrio com meus pensamentos e continuamos com nossas mãos entrelaçadas enquanto ela dorme, me levanto da poltrona e solto nossas mãos, ela se meche um pouco, mas volta a dormir, me inclino dando um beijo demorado em sua testa e em seguida saio do quarto encontrando Luiz no corredor.

𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒈𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝑳𝒐𝒖𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora